terça-feira, novembro 30, 2010


Com um dramático discurso do presidente mexicano Felipe Calderón começou ontem (29/11), em Cancun, a 16ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16). O chefe de estado afirmou que “quem os recebe é um país que, como todos os da região, é um dos que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas”. A COP-16 também foi aberta num clima de expectativas modestas e tratada como reunião intermediária.

Mas se espera que, em seus trabalhos, a rodada de negociação para definir um novo acordo global que complemente o Protocolo de Kyoto tenha a missão de evitar o fracasso da reunião anterior, em Copenhague, a COP-15. Mas quase todos os representantes de 132 países presentes acreditam que o encontro de Cancún não deve resultar em grandes decisões. Outra frase dramática do presidente Calderón: “as mudanças climáticas já são para nós uma realidade e estão tendo gravíssimas consequências para o planeta. São fenômenos que afetam mais os mais pobres e os tornam ainda mais pobres”.

publicado por André Lazaroni em 30.11.10 |



segunda-feira, novembro 29, 2010


A reafirmação do poder do Estado de Direito em áreas há muitos anos ocupadas por traficantes e bandidos de toda ordem, tornada evidente com a ocupação do Complexo do Alemão, se deve, indiscutivelmente à liderança do governador Sérgio Cabral. Desde o primeiro dia de seu mandato, ele deixou claros os rumos da política de segurança pública no estado do Rio de Janeiro. Não haveria – como nunca houve – o menor espaço para a bandidagem.

Como deputado e vice-líder do governo na Alerj, acompanhei bem de perto a ação governamental que ontem (28/11) atingiu um grande momento. Para Sérgio Cabral, como para todos nós, ainda há muito por fazer. A seguir, reproduzo as declarações do governador, que falou com muita propriedade e lucidez sobre esses últimos dias históricos no Rio. Disse ele:

“A reconquista do território do Complexo do Alemão pelo Estado é um passo fundamental e decisivo na política de segurança pública que traçamos para o Rio de Janeiro. Mas o trabalho para garantir, de uma vez por todas, o direito de ir e vir dos cidadãos de bem apenas começou. Ele é de médio e longo prazos e tem como principal objetivo recuperar 30 anos de abandono das comunidades carentes.

Por trás desse abandono, havia uma falsa dicotomia entre lei e ordem e direitos humanos, quando, na verdade, essas questões devem sempre andar juntas, como agora. Os direitos humanos só podem ser verdadeiramente garantidos se houver ordem e segurança pública.
Estamos recuperando o Rio de Janeiro de uma situação de décadas de mazelas, de crise econômica, social, de falência política. E a principal marca desse trabalho é a união, a parceria, a presença do governo federal, junto com o governo estadual, com a prefeitura, com a participação e o apoio da sociedade.

Durante esses últimos quatro anos, temos feito, em conjunto com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um grande investimento no Complexo do Alemão. Entregamos habitações novas para a população, estamos concluindo o sistema de transporte por teleférico, que é o maior da América Latina, levando saneamento básico e investindo em saúde. Estamos investindo, enfim, no resgate dessa população, dando dignidade aos trabalhadores que ali vivem com as suas famílias, que ali criam os seus filhos e sonham com um futuro sem medo, sem violência.

Sempre afirmamos que esse resgate não seria completo enquanto não levássemos segurança pública e paz à população do Complexo do Alemão. Com essa reconquista territorial, demos um passo extraordinário e sem volta. As nossas polícias, Civil e Militar, continuarão trabalhando articuladas com as Forças Armadas e a Polícia Federal para que possamos reconquistar mais territórios.

Mais uma vez, faço um agradecimento emocionado a toda a população do Rio de Janeiro, que nos apoia de maneira irrestrita nesse trabalho de reconquista das comunidades. Agradeço também aos nossos policiais militares, civis, aos policiais federais, aos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, e à Prefeitura do Rio de Janeiro. Agradeço, ainda, ao presidente Lula e a toda a sua equipe, em especial ao ministro da Defesa e ao ministro da Justiça, que têm nos dado todo o apoio nessa batalha em que o bem vencerá o mal. Não tenho dúvida nenhuma de que, juntos, nós estamos virando uma página na história do nosso estado.”

Sérgio Cabral
Governador do estado do Rio de Janeiro

publicado por André Lazaroni em 29.11.10 |



domingo, novembro 28, 2010


O Parque Estadual da Serra da Tiririca, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), está em festa! É a comemoração de seu 19º aniversário de criação com a renovação do seu Conselho Consultivo e festejando novas conquistas. A programação, que começou sexta-feira (26/11), será encerrada hoje, domingo.

Durante todo o sábado (27/11), das 9h às 18h, aconteceram eventos no Rancho das Tochas, incluindo a abertura da exposição de trabalhos de instituições parceiras, como o DRM, o Instituto Vital Brazil, o Museu de Arqueologia de Itaipu, o Clube Niteroiense de Montanhismo, a Neltur e a Casa da Ciência. O diretor de Biodiversidade do Inea, André Ilha, recebeu o credenciamento dos novos conselheiros do Conselho Consultivo do Peset, com a apresentação do regimento interno.

Ainda ontem, às 17h30, foi lançada a Campanha Abrace o Parque e Ciclovia do Abraço, que fazem parte da programação comemorativa dos 20 anos de criação da unidade, que irão acontecer ao longo do ano que vem. Eventos como o Limpa Lagoa de Itaipu e a Tenda Verde, exposição itinerante das instituições do Conselho Consultivo, também estão previstos para o ano que vem.

Hoje, domingo (28/11) são feitas atividades de escalada e cicloturismo e exposições ao longo do dia. A comemoração do aniversário do parque começou no dia 21, com uma agenda de visitas e palestras para estudante sobre a importância da unidade, criada em 1991 como parte de uma mobilização comunitária.

O Parque Estadual da Serra da Tiririca recebeu novo impulso nos últimos quatro anos: sua área foi ampliada e o quadro de pessoal recebeu o reforço de 13 guarda-parques, que atuam como apoio na orientação aos visitantes e fiscalização. Novos equipamentos foram adquiridos e o conselho consultivo foi reestruturado, ampliando a participação comunitária.

Uma de suas atrações, o Caminho Darwin, no trecho entre Niterói e Maricá, que foi percorrido pelo famoso cientista inglês em 1832, será remodelado com a construção de dois pórticos, cuJustificarjos projetos foram escolhidos num concurso entre os alunos da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O Inea começou a regularização fundiária da unidade com a desapropriação das propriedades existentes ao longo do Caminho Darwin, para implantação, no futuro próximo, de uma estrutura de lazer para a população. Além disso, foi intensificada a fiscalização contra construções irregulares no interior do parque.

Uma importante vitória para a preservação do ecossistema da região foi a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em favor do governo estadual, que havia incluído no parque, por decreto, toda a área do entorno da Laguna de Itaipu. Outro acréscimo previsto para a unidade é a incorporação das ilhas do Pai, da Mãe e da Filha.

Com 2,26 mil hectares, o Parque da Serra da Tiririca abrange áreas dos municípios de Niterói e Maricá e reúne vegetação típica de Mata Atlântica, incluindo espécies raras e em risco de extinção. Vamos visitá-lo e curtir sua extrema beleza? Vamos lá!

publicado por André Lazaroni em 28.11.10 |



sábado, novembro 27, 2010


Desde a tarde de ontem (26/11), as autoridades têm uma estratégia comum e bem definida de combate ao tráfico e à bandidagem em geral no Rio de Janeiro. Tropas do Exército, agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal uniram-se às Polícias Militar e Civil no cerco e ocupação de áreas no Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro, na Penha. A Aeronáutica vai enviar helicópteros para novas operações a partir deste sábado.

É isso. Um cerco de ferro e aço aperta cada vez mais os traficantes e outros bandidos que tentam escapar ou ainda disparam contra as forças da segurança pública. Ontem, no Palácio Guanabara, o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, mantiveram reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes das três forças, para acordar a estratégia integrada de combate ao tráfico.

O governador destacou a dimensão histórica do momento e do processo de retomada do estado de direito democrático que o Rio de Janeiro vive e, cujo objetivo, nada mais é do que a paz e a libertação de comunidades dominadas pelo tráfico e pelas milícias. Disse Sérgio Cabral: “o que está em jogo é uma política de segurança pública fundamentada, articulada, que permitirá à nossa população a paz e a tranquilidade tão esperadas. E a população do Rio tem demonstrado essa confiança”.

Destacou mais o governador, como mostra o relato do repórter Rafael Masgrau, da Secom do Palácio Guanabara: “nesse momento, ter a demonstração do governo federal, por intermédio do Ministério da Defesa, de apoio a esta política e às ações que demandamos, é absolutamente fundamental. O que estamos demonstrando àqueles que não respeitam a lei, àqueles que acreditam na vida marginal, é que o estado de direito democrático se uniu e está se fazendo plenamente presente, em uma integração, um suporte e apoio recíprocos”.

Há mais de 48 horas, o Rio de Janeiro vive um outro momento. É a cidadania escrevendo mais uma página da nossa história. (Foto: Carlos Magno)

publicado por André Lazaroni em 27.11.10 |



sexta-feira, novembro 26, 2010


Por ser histórico e definitivo – tenho a certeza disso – o momento que vivemos é doloroso, de muita tensão, mas de unidade de todos. A cidadania se mantém coesa, ao lado das instituições que devem zelar pela ordem pública e pela paz social. Como cidadão e como advogado, venho me solidarizar com a nota oficial que a OAB/RJ divulgou ontem (25/11), a respeito dos últimos acontecimentos. Eis a declaração da entidade tão respeitada e querida pela sociedade do Rio de Janeiro.

“Diante da grave situação de violência por que passa o Rio de Janeiro, a OAB/RJ tem a declarar o seguinte:

Os atos de vandalismo são inaceitáveis numa sociedade civilizada. Devem ser reprimidos e os seus responsáveis, punidos de forma severa, em conformidade com a lei.

Os dirigentes da área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro - em particular o secretário de Segurança - têm demonstrado seriedade e espírito público eJustificar contam com a solidariedade e o voto de confiança da OAB/RJ neste momento difícil.

A possibilidade de um pedido de ajuda federal, com a mobilização da Força Nacional, não deve ser descartada. A utilização desse recurso, porém, deve ficar a critério das autoridades responsáveis pela segurança pública.

Os atos de violência com que nos deparamos nos últimos dias não devem justificar um retrocesso na atual política de segurança, assentada em modelo de polícia comunitária e cidadã, da qual as UPPs são parte fundamental. O retorno à política de extermínio, que fazia de cada comunidade carente uma praça de guerra, inevitavelmente trará como consequência mais violência e mais mortes de inocentes.

Por fim, conclamamos a população a que mantenha a calma e evite multiplicar e dar ouvidos a boatos que só contribuem para trazer mais intranquilidade e insegurança. É exatamente o que esses criminosos desejam."

Wadih Damous
Presidente da OAB/RJ

publicado por André Lazaroni em 26.11.10 |



quinta-feira, novembro 25, 2010


Os lastimáveis acontecimentos dos últimos dias no Rio de Janeiro trazem, além de seus inúmeros resultados negativos, o aumento do sentimento de união, solidariedade e paz entre cariocas e fluminenses. Estamos cada vez mais certos de que o Estado leva a política de segurança pública no caminho certo e que as reações dos bandidos são sinais inequívocos de um fim bem próximo.

Nada se conquista sem esforço, sem suor e – no caso presente – sem luta contra uma bestial marginalidade. O Rio de Janeiro, não tenho dúvida nenhuma, avança mais uns passos no caminho da igualdade social, da garantia da ordem social e da paz social. Em entrevista à Rádio CBN, ontem (25/11) pela manhã, o governador Sérgio Cabral disse que os atos de violência são sinais do desespero dos marginais diante da política de segurança pública que vem sendo executada pelo governo desde 2007.

Afirmou Sérgio Cabral, com a concordância de todos nós: “a minha palavra é de compromisso com a luta pela paz. Nós assumimos o governo sob intenso vandalismo daqueles que percebiam que o nosso governo ia mudar a política de segurança. E o que nós estamos fazendo desde então, é mudar a rota desta política, dando a direção que a população tanto deseja, que é exatamente uma política de segurança que dê paz e tranquilidade a todos os habitantes do nosso estado”.

Garantiu o governador: “não vão nos inibir. Semana que vem vamos dar posse à UPP do Morro dos Macacos. Vamos seguir com o nosso trabalho de pacificação de diversas comunidades, e durante o ano de 2011, 2012, 2013 e 2014 nós vamos pacificar todas as comunidades conforme eu me comprometi com a minha população”.

Ele repetiu um apelo, que também é meu a todas as companheiras e companheiros de ideais e luta política: “essa é uma situação de desespero dos marginais. E nós não vamos nos desesperar. É esse apelo que eu faço à população: mantenham a calma, mantenham a rotina. É a melhor resposta. O que eles querem é o pânico”.

publicado por André Lazaroni em 25.11.10 |



quarta-feira, novembro 24, 2010


Um fato que merece a melhor divulgação: a Associação Brasileira de Resgate escolheu, por unanimidade, a Defesa Civil de São Pedro da Aldeia como a melhor coordenadoria municipal do estado do Rio. O município foi agraciado com o Diploma de Honra ao Mérito pelo trabalho realizado na área de prevenção, destacando projetos como o Defesinha. Nota 10!

A Associação Brasileira de Resgate, Busca e Salvamento fez o reconhecimento após ter recebido o relatório anual da Força Tarefa Brasileiro (FTB), com a apresentação das atividades realizadas nesse ano junto às comunidades de diversas coordenadorias do Estado do Rio de Janeiro.

O município mereceu elogios de Galeno Rosa, coordenador-geral da FTB. Disse ele: “a prevenção e preparação dos munícipes tão bem realizados pela Defesa Civil de São Pedro da Aldeia são os dois pilares básicos e os mais importantes nas ações desenvolvidas”. Galeno Rosa indicou o município de São Pedro da Aldeia para ser agraciado com o Diploma de Honra ao Mérito, de acordo com o previsto no capítulo 12 do artigo 237 do Estatuto Social da Associação Brasileira de Resgate, Busca e Salvamento.

E Galeno Rosa afirmou mais: “sem dúvida alguma, a Defesa Civil de São Pedro da Aldeia se tornou uma referência nacional por sua dedicação, competência e seriedade. Esse diploma só é concedido a instituições que se destacam pela prestação de serviços relevantes à comunidade, assim como no trabalho de enfrentamento aos desastres ocorridos em várias partes do Brasil”.

Feliz com o diploma, o coordenador-geral da Defesa Civil de São Pedro da Aldeia, Marcus Dothavio, destacou que esse reconhecimento faz com que ele e sua equipe desejem potencializar as atividades desenvolvidas no município.
Destacou ele: “estou muito satisfeito com essa homenagem. Isso é prova de nossa dedicação. No entanto, não fazemos mais do que o nosso dever de atender a população”.

A Defesa Civil de São Pedro da Aldeia está pronta para assistir a população. Os interessados devem procurar o órgão, que fica na subsede da prefeitura, na Rua Teixeira Brandão, 19, no bairro Estação. Quem preferir pode ligar para o telefone 2627 2243 ou para o número 199, de emergência.

publicado por André Lazaroni em 24.11.10 |



segunda-feira, novembro 22, 2010


A Embrapa informa que a soja brasileira está praticamente toda semeada, nas principais regiões produtoras. Mas, a instituição científica e de pesquisa adverte: depois do plantio, os produtores devem se preocupar com o manejo e a condução adequada das lavouras. O controle das plantas daninhas na pós-emergência está na lista de prioridades dessa fase de desenvolvimento. Como primeiro passo, o pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas, ressalta a necessidade de se analisar o resultado do controle das plantas daninhas na pré-semeadura.

Em entrevista à jornalista Lebna Landgraf, também da Embrapa, Fernando Adegas lembra que isso é importante porque se o controle não foi adequado, provavelmente as plantas remanescentes logo estarão em estágio avançado de desenvolvimento, o que amplia seu potencial de competição por nutrientes com a soja. Segundo ele, nesta situação os produtores devem antecipar o planejamento do controle químico com herbicidas ou mesmo providenciar a capina/catação das plantas remanescentes.

Por outro lado, se o controle das plantas daninhas foi satisfatório, o monitoramento deve focar as plantas que germinarão depois da semeadura da soja. O monitoramento vai verificar as espécies predominantes na área, qual o nível de infestação que apresentam e como está a sua distribuição na área que geralmente não é uniforme. A partir da análise, Fernando Adegas orienta o produtor a dividir a propriedade por talhões homogêneos e fazer o planejamento de controle com os herbicidas mais indicados para cada situação de infestação.

Os produtores devem cuidar com a mato-competição que é mais prejudicial no período aproximado entre o 14º e o 45º dia após a emergência da soja (V2 a V9). Isso porque nesta fase as plantas daninhas podem prejudicar com mais intensidade a produtividade da soja. Outro aspecto apontado pelo pesquisador da Embrapa Soja é a necessidade de avaliação da fase de desenvolvimento das plantas daninhas para aplicação de herbicidas.

É importante controlar as folhas largas com até quatro folhas e as folhas estreitas até no início do perfilhamento. Além disso, os produtores devem estar atentos para as condições climáticas para ter sucesso na aplicação dos herbicidas. A temperatura não deve ser muito alta (maior que 30º), a umidade não deve estar abaixo de 60% e os ventos não podem ultrapassar 5km/h.

O monitoramento não deve acabar na primeira intervenção de controle, pois além de avaliar o resultado dessa aplicação. Os produtores devem estar atentos a possíveis reinfestações de plantas daninhas, o que implicaria na necessidade de novas aplicações.

O texto acima, que publiquei com satisfação neste meu espaço na Internet, mostra bem o grande potencial de pesquisa técnica e científica e de informações de uma grande empresa bem brasileira como a Embrapa. Ao lado da Petrobras, Inpe, Inpa – só para citar algumas poucas entidades governamentais – a Embrapa e suas extensões estão permanentemente a serviço da cidadania. É isso aí! Bola pra frente, Embrapa!

publicado por André Lazaroni em 22.11.10 |



domingo, novembro 21, 2010


O sábado, 20 de novembro, já é uma data especial no calendário da História. Comemorou-se, em todo o Brasil, o Dia Nacional da Consciência Negra. No Rio, o monumento de Zumbi dos Palmares foi reinaugurado, na Praça XI, no Centro do Rio, após passar por restauração e uma lamentável pichação. Segundo o preciso relato da assessoria de imprensa do governo do estado, com foto de Salvador Scofano, num sábado de sol, grupos religiosos e de dança, músicos e escolas de samba reforçaram a importância da raça negra na cultura nacional.

A cerimônia começou bem cedo, com a lavagem do monumento por baianas, que representavam as antigas donas dos terreiros de samba da região, como Mãe Ciata. O evento Rio Zumbi 2010 celebrou também os 100 anos da Revolta da Chibata, quando a determinação de João Cândido pôs fim ao castigo sofrido pelos marinheiros negros. Foram oferecidas diversas atrações ao público, como seminários sobre as políticas públicas, shows com diversos grupos de origem africana, apresentação de capoeiristas e da Companhia de Teatro Nossa Sem Hora.

Como lembrou alguém, durante todo o dia a população pode contar com o que há de melhor na cultura nacional de forma gratuita. O ministro da Igualdade Racial e Direitos humanos, Elói Ferreira, compareceu ao evento e destacou a importância do dia, como uma forma de reconhecimento da contribuição da cultura negra para o Brasil. Também estiveram presentes ao Rio Zumbi 2010 o presidente do Conselho Estadual dos Direitos dos Negros, Paulo Roberto dos Santos, o secretário de Conservação e Serviços Públicos da Prefeitura, Carlos Osório, e a ex-secretária de Direitos Humanos e deputada eleita Benedita da Silva.

publicado por André Lazaroni em 21.11.10 |



sexta-feira, novembro 19, 2010


Nota 10! O tradicional e popular Mercadão de Madureira, tão conhecido de tantas gerações de cariocas e fluminenses, se afirma agora na defesa do meio ambiente. Ele vai ganhar um ecoponto de coleta de óleo de vegetal. A boa nova será inaugurada terça-feira (23/11), às 10h, pela secretária do Ambiente, Marilene Ramos. O Mercadão de Madureira concentra 580 lojas de diversos segmentos e recebe aproximadamente 80 mil pessoas por dia.

A expectativa, de acordo com a Secretaria do Ambiente, é que o ecoponto, que faz parte do Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais (Prove), colete 10 mil litros por mês. O óleo será utilizado como matéria-prima para fabricação de sabões. Criado pela secretaria, o Prove implantou quatro ecopontos no estado: em Marapendi, Volta Redonda, Barra Mansa e Santa Cruz.

Além de contribuir para a preservação ambiental, o ecoponto colabora para a geração de trabalho e renda, já que o programa é totalmente atendido por pelo menos 40 cooperativas de catadores. Segundo lembra a Secretaria do Ambiente, o óleo de fritura é um resíduo que provoca grande impacto ao meio ambiente. Cada litro despejado no sistema de esgotos, por exemplo, tem a capacidade de poluir cerca de um milhão de litros de água. Esta quantidade é equivalente ao consumo de uma pessoa por aproximadamente 20 anos.

Os prejuízos não são só ambientais, mas também para a sociedade, de forma que o óleo descartado irregularmente em aterros ou no sistema de esgoto acaba contribuindo para enchentes e problemas de saneamento. O Mercadão fica na Avenida Ministro Edgard Romero, 239, em Madureira.

publicado por André Lazaroni em 19.11.10 |



quinta-feira, novembro 18, 2010


Vem aí o Dia Nacional da Consciência Negra! Uma data muito importante para o processo civilizatório brasileiro! E comemorações e lembranças, como não poderia deixar de ser, serão inúmeras. Uma delas será o lançamento, exatamente no dia 20, sábado, Dia Nacional da Consciência Negra, da exposição virtual Negra Cor, do fotógrafo Berg Silva, no Teatro Oi Futuro Ipanema, a partir das 20h30.

Como detalha bem uma excelente matéria da assessoria de imprensa do governo do estado, no seu segundo ano de existência o Projeto Negra Cor torna-se uma experiência sensorial em forma de instalação audiovisual, na qual o fotógrafo Berg Silva, com a direção de arte do artista plástico Raimundo Rodriguez, recria um universo mítico baseado na cultura afro-brasileira.

São portraits e imagens em movimento (as atrizes Juliana Alves, Quitéria Chagas e Dani Ornellas, entre outras atrizes, cantoras e modelos negras participam dos ensaios) projetados em forma de slide-show sobre bases de vídeo em stop-motion, ambientadas numa instalação chamada “Eterno Labirinto”, construída a partir de toda sorte de objetos e materiais.

Com o auxílio de projetores multimídia, as imagens transmutam-se e constroem um universo barroco contemporâneo, onde divindades fantásticas, as guerreiras Negra Cor, materializam-se iluminadas, belas, cativantes e instigantes, prontas a defender o seu espaço neste labirinto onde todos somos... Teseu. Na abertura da exposição, a Banda do Síndico, que acompanhava Tim Maia, vai fazer um pocket-show comandado pelo músico Silvério Pontes, e que contará com a participação das cantoras do elenco do Negra Cor.

O trabalho de Berg Silva também pretende valorizar, para além da sensualidade, a beleza intrínseca das fotografadas que, com seu talento, tornam-se referências para que outras mulheres negras se sintam confiantes em sua afirmação pessoal e profissional. Diz ele: “nosso objetivo também é explorar as novas potencialidades das mídias eletrônicas como formadores de público, ampliando o conceito de exposição e explorando todas as potencialidades que um veículo digital pode oferecer”.

As Guerreiras Negra Cor são Aline Prado (jornalista), Patrícia Ferrer (cantora), Quitéria Chagas (atriz), Tais Lohana (modelo), Anna Pessoa (cantora), Daniele Marques (farmacêutica), Carolina Aleixo (estudante), Nanny Soul (cantora), Thalma de Freitas (cantora e atriz), Juliana Alves (atriz), Dani Ornellas (atriz) e Lica Oliveira (atriz). Fotógrafo do jornal O Globo com nove anos de casa, e dezenove de experiência profissional, jornalista, historiador e pós-graduado em planejamento urbano, Berg Silva procurou desenvolver no projeto Negra Cor um canal de expressão de sua inquietude.

Tendo como experiência profissional passagens pela agência Imagens da Terra, Jornal O dia, Revista Quem e Jornal Extra, Berg já realizou no Oi Futuro a exposição “Arte do Fotojornalismo”, em 2005, e também o trabalho “ImagEMovimento em 4X4", na Galeria Arte Clara. Criador e coordenador do Projeto ImagEMovimento, já apresentou mostras audio-visuais em mais de trinta espaços públicos da cidade com a participação de mais de sessenta fotógrafos profissionais.

Premiado com o segundo lugar no Prêmio Esso de jornalismo em 2005, em 2009 Berg Silva foi contemplado com o Prêmio Orilaxé (mentes que realizam) de fotografia pelo Grupo Cultural Afro-Reggae. Concebida também como uma exposição virtual, o Projeto Negra Cor poderá ser conferido no endereço www.bergsilva.com, simultaneamente à apresentação da instalação.

O Teatro Oi Futuro Ipanema fica na Rua Visconde de Pirajá, 54. O telefone é (21) 3201-3010. Entusiasta das mídias sociais, Berg Silva escreve todo domingo no Fotoglobo, o blog sobre fotografia do Jornal O Globo oglobo.globo.com/blogs/fotoglobo/posts/2010/08/29/domingueira-319908.asp

publicado por André Lazaroni em 18.11.10 |



quarta-feira, novembro 17, 2010


Olho vivo e bem aberto. A sociedade civil organizada tem que participar, mais uma vez, de uma luta política decisiva. A revisão do Código Florestal ainda tramita no Congresso para votação. E a organização SOS Mata Atlântica lembra, em boa hora, que pesquisadores prevêem o desaparecimento de milhões de hectares de mata e da biodiversidade associada se a proposta for aprovada com o texto atual.

Cientistas e ambientalistas também alertam para a ocorrência de acidentes naturais como enchentes, deslizamentos e erosão, assim como danos irreversíveis ao abastecimento de água e qualidade do ar. Por isso, todo mundo em alerta. É necessário manter a atenção e mobilização em torno do tema: a pressão de parte dos deputados ruralistas na Câmara pode por a questão em votação nesse final de ano. Eles querem legar um lastimável fato consumado para o governo da presidenta Dilma Rousseff.

publicado por André Lazaroni em 17.11.10 |



terça-feira, novembro 16, 2010


Pesquisa de cooperação internacional envolvendo o Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta), projeto ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), revela que o peixe ornamental acará disco (Symphysodon spp) tem uma característica própria na hora de cuidar dos filhotes.

O acará disco produz um muco que, segundo os pesquisadores, é rico em nutrientes e tem função similar ao leite materno nos mamíferos, como acontece em humanos. Os estudos foram feitos pelos pesquisadores estrangeiros Jonathan Buckley, Richard J. Mauder, Andrew Foey, Janet Pearce e Katherine Sloman em parceria com o cientista brasileiro Adalberto Val, coordenador geral do projeto Adapta e diretor do Inpa.

Reportagem de Daniel Jordano, do Inpa, mostra que nesse processo de alimentação o filhote “belisca” a pele do acará disco mãe para obter o alimento. O peixe acará disco (Symphysodon spp), comum em Barcelos, no interior do Amazonas, é um dos protagonistas do festival folclórico da cidade.

O diretor do Inpa, Adalberto Val, disse que foi necessário desenvolver uma nova tecnologia para realizar o estudo. “Foi desenvolvida uma esponja especial onde coletamos todo o material, depois dissolvemos essa esponja no laboratório para fazer a análise. Outro fator importante do estudo foi a descoberta que, por meio do muco, há a passagem de substâncias essenciais para o crescimento e imunidade do peixe”.

Ainda de acordo com as pesquisas, os poluentes presentes na água podem ser passados dos pais para os filhotes onde através do muco os filhotes geram uma espécie de defesa. Declarou Val: “alguns poluentes são passados por meio do muco e esse poluentes servem para desencadear um processo resistência e essas substâncias”.

As pesquisas revelaram ainda que o tipo de alimentação diferenciada para os filhotes do acará disco se dá em um período de três semanas onde os pais começam o processo semelhante ao de “desmame”. Isso ocorre por apenas três semanas a partir daí o filhote já busca seus alimentos motivados pelo afastamento dos pais.

De acordo com os pesquisadores, o próximo passo é fazer a análise genética para saber quais são os genes responsáveis pelo estímulo à produção do muco com nutrientes que só ocorre no período em que há filhotes. Declarou mais Adalberto Val: “o muco é produzido sempre. Mas o muco com a composição só ocorre quando há os filhotes. Deve haver um mecanismo que estimula as mudanças da composição química do muco durante aproximadamente três semanas e após esse período tudo isso desaparece e o filhote começa a ter vida independente”.

A pesquisa foi desataque no site da BBC e deve ser publicada ainda este ano no The Journal of Experimental Biology, publicação internacional de grande importância na área de biologia experimental.

O Adapta é uma rede de atividades de biologia aplicada e tem a proposta estudar as adaptações de organismos aquáticos da Amazônia por meio da incorporação de novos equipamentos, da estruturação de serviços de bioinformática e capacitação de recursos humanos.

O projeto faz parte dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT’s) e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

publicado por André Lazaroni em 16.11.10 |



domingo, novembro 14, 2010


Com uma paisagem natural tão diversa, com serra, baixada e mar, o Rio de Janeiro sempre encantou gente de todo o mundo e é fonte permanente de inspiração para escritores, músicos e poetas. Os efeitos da ocupação urbana, no entanto, muitas vezes comprometem essas belezas naturais.

Para analisar como essas transformações interferem no espaço, dos efeitos da forte presença da metrópole carioca e da urbanização sobre a paisagem fluminense, um grupo multidisciplinar, que abrange pesquisadores com experiência em geoprocessamento, avaliação ambiental, gestão territorial e planejamento do Departamento de Geografia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), desenvolveu o projeto Metropolização e transformações no espaço e na paisagem do Estado do Rio de Janeiro.

O estudo, que tem coordenação de João Rua, doutor em geografia humana, contou com recursos do edital Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro. Reportagem da Ascom da Faperj mostra que, durante a pesquisa, foi feito o levantamento e a atualização de informações sobre o contexto histórico, socioeconômico, político, cultural e físico-ambiental do território fluminense, além de pesquisa em documentos históricos ligados à sua ocupação, entrevistas com moradores e análise de informações sobre as manifestações urbanas em áreas rurais.

Tudo isso permitiu aos pesquisadores avaliarem diversos aspectos do Rio de Janeiro. Tomando-se como ponto de partida a época da fusão do estado da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro, há 35 anos, uma das mudanças mais significativas, de acordo com João Rua, foram as estratégias de interiorização econômica, política e cultural, que vêm integrando a capital ao interior do estado.

Explicou o geógrafo: “o pólo petroquímico de Itaboraí, as fábricas de automóveis em Resende, entre outros exemplos, estão unindo o que a história separou desde o governo de Juscelino Kubitschek, em que se priorizou a entrada de empresas estrangeiras e o investimento de capital internacional no sudeste do país”. A integração da capital ao interior é muito mais do que física. João Rua explica que as influências culturais e de comportamento que a metrópole tem exercido sobre o interior fluminense, ao longo do tempo, têm encurtado a distância entre ambos.

Segundo João Rua, não basta estar na cidade para ser considerado urbano. Ele detalha como se processa esta situação, a partir do conceito de urbanidades. Afirmou ele: “considera-se que urbanidades podem ser constituídas por uma enorme gama de manifestações, que incluem, em seus aspectos materiais, a melhoria da infraestrutura e dos meios de comunicação, novas formas de lazer, uma segunda residência, o turismo, as indústrias, o acesso a bens de consumo coletivos, especulação imobiliária e o preço da terra, além de novas relações de trabalho e direitos trabalhistas, aposentadoria rural, dentre outros indicadores relevantes”.

Mas aspectos imateriais também podem incluídos entre as urbanidades, como certos valores, entre eles a moda, a preocupação com a segurança, hábitos e costumes. Exemplifica o pesquisador: “também os hábitos e costumes difundidos pela mídia têm alterado significativamente a vida cotidiana rural. Assim, muita gente que mora na metrópole não tem, necessariamente, uma vida urbana, enquanto pessoas que moram no interior podem ter mais acesso às ditas urbanidades. É nesse ponto que as fronteiras entre urbano e rural se perdem e ganham novas significações”.

Outro ponto abordado na pesquisa é a complexidade da relação entre a habitação urbana no que diz respeito à exploração destrutiva da imensa diversidade natural do estado. É preciso lembrar que as perturbações críticas responsáveis pela devastação florestal em áreas montanhosas e florestais da região metropolitana do Rio de Janeiro não implicam apenas perdas ecológicas e econômicas, mas também prejuízos a possibilidades de serviços ambientais, como o turismo ecológico.

Foi constatado que a deflagração de processos erosivos, como os desabamentos de encostas, sempre têm início em pequenas transgressões, que desencadeiam processos muitas vezes irreversíveis e tragédias que já pudemos presenciar. Segundo o geógrafo, o que acontece numa encosta acaba se refletindo sobre toda a bacia de drenagem, podendo causar seu assoreamento, diminuindo a qualidade e a quantidade de água.

Argumentou João Rua: “a utilização de uma encosta para a construção de uma estrada, por exemplo, precisa levar em conta esses fatores, porque do contrário incorrerá em custos de manutenção ou de recuperação altíssimos, caso mais tarde a encosta venha a desabar por falta de planejamento adequado e diagnóstico preciso”. Entende ele que poderia haver um uso mais apropriado da natureza.

Sugeriu João Rua: “do ponto de vista de benefícios para a população do Rio de Janeiro, manter a floresta de pé significa poder contar com serviços ambientais importantes. A intensificação do turismo ecológico na floresta da Tijuca, a terceira maior floresta urbana do mundo, por exemplo, seria uma excelente alternativa para uma exploração sustentável, que traz benefícios à população sem destruir o ambiente”. Além do coordenador, também participam do projeto os pesquisadores Augusto César Pinheiro da Silva, Regina Célia de Mattos, Álvaro Ferreira, Rita Montezuma, Rogério de Oliveira e Luiz Felipe Guanaes Rego.

publicado por André Lazaroni em 14.11.10 |



sábado, novembro 13, 2010


A alga vermelha (Laurencia dendroidea), encontrada em vários pontos da costa brasileira, como no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, pode vir a ser uma grande fonte de matéria-prima para a indústria farmacêutica. Ela tem múltiplas aplicações, já que reúne substâncias com atividade anticancerígena, outras com potencial antileishmania e até contra o Trypanosoma cruzi. Mas como garantir que essa alga, que tem menos de 10cm, seja empregada em larga escala sem prejuízo para a espécie?

Para o biólogo Renato Crespo Pereira, da Universidade Federal Fluminense (UFF), uma alternativa é a genética. Mais precisamente o estudo do gene responsável, ou genes, pela produção dessas substâncias. A partir daí, como explica o pesquisador, em reportagem da Ascom da Faperj, se pode traçar um caminho para a produção em larga escala das substâncias de interesse, sem a necessidade de comprometer as populações naturais desse tipo de alga.

Para Crespo, que recebeu recursos para seu trabalho do edital Pensa Rio, da Faperj, a exploração de organismos marinhos leva a uma ponderação de que não se pode fugir: em geral, trata-se de organismos pequenos, com pouca biomassa, o que exigiria a coleta de grandes volumes das espécies. Diz ele: “a exploração dos bancos naturais não é um bom caminho, uma vez que, devido a seu pequeno porte e lento crescimento, esses organismos muitas vezes não têm capacidade de suprir uma demanda de mercado”.

A proposta de Renato Crespo Pereira é bem mais viável. Trata-se de aproveitar as substâncias já descritas em estudos e apontadas como promissoras para a aplicação comercial. A partir daí, identificar, em laboratório, os genes responsáveis por sua produção, introduzi-los em uma bactéria e cultivá-la para obter as moléculas de interesse. Com isso, se consegue replicar a substância desejada em escala necessária às demandas comerciais. É o caminho que Crespo traça em seu laboratório com a alga vermelha.

Além das aplicações na indústria farmacêutica, ela ainda pode servir como matéria-prima para a produção de tinta, por apresentar pequenas moléculas com atividade anti-incrustante, o que pode ser de interesse para a produção de materiais na indústria naval, dutos submarinos e tintas, por exemplo. Afirma o pesquisador: “isso é fácil de entender. Em seu ambiente, um organismo marinho é submetido a pressões semelhantes às de um navio, com outros organismos procurando colonizá-lo. Para defender-se, ele desenvolve mecanismos, como a produção de substâncias anti-incrustantes. Por isso, a probabilidade de encontrarmos moléculas com esse tipo de atividade é bem maior“.

Apesar de suas pesquisas ainda estarem no começo, o pesquisador se mostra confiante dos resultados: “estamos certos de que serão bastante promissores”. O mesmo processo também pode ser empregado em plantas. Com a identificação genética, se pode produzir o princípio ativo até mesmo de espécies em extinção. Acrescenta Renato Crespo Pereira: “o taxol é uma substância anticancerígena extraída da folha e casca de um tipo de árvore que acabou extinta em várias partes do mundo. Podemos usar o mesmo processo para pesquisar o gene responsável e voltar a produzi-la. O que já vem acontecendo e foi publicado recentemente na revista científica Science”.

Crespo segue um raciocínio semelhante ao da pesquisadora Letícia Lotufo, da Universidade Federal do Ceará (UFC), que resolveu trilhar uma rota inversa ao habitual: está cultivando microorganismos marinhos que contém ativos com potencial farmacológico para estudar sua reprodução em larga escala. Elogia ele: “em um segundo momento, se as moléculas encontradas mostrarem atividade promissora, ela já sabe como desenvolvê-la em grandes quantidades. É um trabalho único”. Do outro lado da moeda, o pesquisador se pergunta quantos trabalhos terminaram engavetados por absoluta inviabilidade econômica.

“A halicondrina B, um composto anticancerígeno extraído de esponjas marinhas, exige a coleta de uma tonelada para se conseguir apenas 350 miligramas da substância. Logo, uma exploração mal planejada pode comprometer populações de uma determinada espécie ou mesmo levá-las à extinção, como já aconteceu com certas esponjas na costa européia. Isso pode ocorrer seja por conta da pesquisa científica, seja pelo uso farmacológico. O Brasil, que é um país onde os estudos sobre a biodiversidade marinha estão apenas começando, não pode seguir esse modelo que vem se mostrando inviável”.

No caso de substâncias com origem em organismos marinhos, a própria síntese muitas vezes é complicada, já que algumas delas são bastante complexas e podem exigir um processo em várias etapas, o que leva tempo e encarece o produto final. Compara Renato Crespo Pereira: “muitas vezes, o caminho genético será bem mais fácil do que a síntese em laboratório. Com certas moléculas mais complexas, por exemplo, não se poderá contar, em laboratório, com o aparato enzimático de um organismo vivo. Casos em que a síntese terminará exigindo um processo mais longo. Será mais um fator que dificultará sua aplicação comercial”.

Questões que precisam ser avaliadas até mesmo antes de se dar início a determinadas pesquisas: diante de uma alga, esponja, ou de qualquer organismo marinho com ocorrência restrita, devemos nos perguntar se vale a pena estudá-lo só para depois constatar que ele não existe em quantidade suficiente para uso comercial.

Para Crespo, uma outra forma de fazer avançar a exploração da biodiversidade marinha no Brasil seria um programa nacional de estudos que unisse os químicos das diversas universidades num trabalho em rede para processar a síntese de moléculas já descritas como de potencial farmacêutico. Argumenta ele: “já existe uma mapeamento dessas substâncias. Podemos utilizar a literatura internacional e pesquisar o que tivermos no país com características semelhantes”.

Pensa o biólogo da Universidade Federal Fluminense (UFF) que pensar os rumos da exploração da biodiversidade, seja marinha ou mesmo terrestre, não é uma questão de pessimismo. É, na verdade, uma realidade sobre a qual precisamos refletir. Temos que pensar qual será o caminho mais apropriado para essas pesquisas no Brasil.

publicado por André Lazaroni em 13.11.10 |



sexta-feira, novembro 12, 2010


Consequência de ação de política voltada para a questão social: o bilhete único de transporte intermunicipal na região do Grande Rio proporcionou ganhos no orçamento familiar e contribui para a expansão do emprego formal nos municípios próximos à capital. A conclusão é de um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), feito a pedido do governo do Rio de Janeiro e divulgado ontem (11/11).

Segundo reportagem de Vitor Abdala, da Agência Brasil, a pesquisa mostra que o custo médio diário do transporte intermunicipal em julho de 2009 era de R$ 17,04 no Rio, o mais alto entre as sete capitais pesquisadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV. Como o bilhete único permite ao passageiro gastar, no máximo, R$ 8,80 por dia com a condução, a economia diária chega a R$ 8,24, isto é, quase metade do valor que o trabalhador gastava antes para ir e voltar do trabalho.

Como o bilhete único é subsidiado pelo governo, o coordenador do estudo, Marcelo Neri, acredita que o programa funcione como uma transferência indireta de recursos do estado para os usuários do transporte. Disse ele: “o subsídio gera uma injeção no orçamento das pessoas de, em média, R$ 2,62 por dia por usuário. Se somarmos todos os dias, temos R$ 50 por mês, por beneficiário, em média, que acabam indo para as pessoas de mais baixa renda. É uma espécie de bolsa família”.

A redução no custo do transporte intermunicipal também pode ter provocado um efeito positivo na geração de empregos nos municípios adjacentes à capital fluminense, já que o bilhete único beneficia, principalmente, os moradores da região metropolitana que, em geral, trabalham na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a FGV, a periferia (municípios do Grande Rio com exceção da capital) ampliou a participação no total de empregos gerados no estado de 17,49%, em 2009, para 18,64%, este ano.

Enquanto isso, a capital e os municípios do interior reduziram as respectivas participações no total de empregos gerados entre 2009 e 2010. Segundo Marcelo Neri, a redução nos gastos com transporte estimula a contratação formal, já que o custo para o empregador fica menor. O estudo da FGV também propõe melhorias no sistema de bilhetagem, como o uso do cadastro do Programa Bolsa Família, do governo federal, para identificar as pessoas mais carentes que poderiam receber subsídios maiores.

Outra sugestão é que o bilhete intermunicipal do governo do estado se integre ao recém-criado bilhete único carioca, da Prefeitura do Rio, para proporcionar melhor aproveitamento do sistema. Os pesquisadores também propõem que o governo estadual use as informações do banco de dados do bilhete único para premiar, com créditos, as empresas de transporte coletivo mais eficientes e punir, com a retirada de subsídios, aquelas que apresentarem mais atrasos.

Como o bilhete precisa ser usado num prazo de duas horas e meia, atrasos significam prejuízo para o passageiro.

publicado por André Lazaroni em 12.11.10 |



quinta-feira, novembro 11, 2010


O Rio de Janeiro, que é referência quando o assunto é desenvolvimento de soluções tecnológicas, está se tornando um importante polo de pesquisas. Segundo o subsecretário de Ciência e Tecnologia do Rio, Luiz Edmundo Costa Leite, a instalação de centros de altos estudos na capital é uma demonstração de que o estado tem condições de sediar núcleos de pesquisa de ponta e que há uma sinergia entre a academia, outros centros de trabalho e governos neste tipo de empreendimento.

Entre os destaques de investimentos estão as unidades de estudos, na região do Fundão, relativas à descoberta da camada pré-sal. A Usiminas está aplicando recursos na ordem de R$ 20 milhões em um centro de estudos que ficará pronto no ano de 2012. A unidade ficará localizada no Parque Tecnológico da UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Entre as grandes empresas que aportam por aqui também estão a francesa Schlumberger, que inaugura um centro, terça-feira (16/11), e as americanas FMC e Baker Hughes, têm previsão de funcionamento para 2011. Outra importante empresa que instalará um centro de pesquisa no estado do Rio de Janeiro é a General Electric (GE). A companhia anunciou, ontem (10/11), a aplicação de recursos no valor de US$ 100 milhões de dólares. Entende o subsecretário Luiz Edmundo que a decisão da GE é significativa.

Disse ele: “a empresa tinha a opção de se instalar em Minas ou São Paulo. É uma das maiores empresas do mundo, uma empresa globalizada, que decidiu pelo Rio. Isto prova que o Rio de Janeiro tem real capacidade de se afirmar como polo de pesquisa. Além de todos estes empreendimentos, temos a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Militar de Engenharia (IME), o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (INPA) e a Petrobrás, entre outros”.

O trabalho no centro de pesquisa da GE, localizado na Ilha do Fundão, será direcionado a tecnologias altamente avançadas para as indústrias de óleo e gás, energias renováveis, mineração, transporte ferroviário e aviação. O anúncio oficial da instalação, feito ontem (10/11), contou com a presença do governador Sérgio Cabral.

A unidade da Baker Hughes, quarta maior companhia de serviços petrolíferos do mundo, será a primeira de pesquisa do grupo na América do Sul e fará estudos relativos ao pré-sal, mesmo objetivo da implantação do centro da francesa Schlumberger, formalizada com assinatura de contrato em setembro deste ano. No parque, também haverá a expansão da empresa Ilos Infra, de negócios logísticos.

Já a Usiminas instalará um centro de pesquisa e inovação para o setor de metalurgia e siderurgia, planejado, na fase inicial, para atender a demandas do pré-sal. O investimento será de R$ 11 milhões e serão gerados, entre especialistas, mestres e doutores, 40 empregos.

publicado por André Lazaroni em 11.11.10 |



terça-feira, novembro 09, 2010


O Ministério do Meio Ambiente listou, em Brasília, as metas a serem cumpridas pelo governo, em seus três níveis, para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em agosto e ainda sem regulamentação. Os grandes desafios são a gestão compartilhada, o prazo para substituição de lixões por aterros sanitários até o ano de 2015 e a ampliação e melhoria da produtividade da coleta seletiva.

Os secretários executivos do MMA, José Machado, e de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério, disseram que a regulamentação da PNRS, que tinha prazo de 90 dias, contados a partir de 2 de agosto, será concluída até o fim do atual governo e assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministério já tem uma minuta do decreto e está discutindo o texto no governo e com entidades do setor de gestão de resíduos.

Segundo mostra reportagem de Luana Lourenço, da Agência Brasil, a lei prevê a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos e proíbe a manutenção de lixões em todo o país. Silvano Silvério afirmou que estados e municípios terão até agosto de 2011 para a elaboração de planos de gestão de resíduos. Até 2015 o país terá que ter eliminado os lixões.

Declarou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA: “o esforço inicial é para garantir a implementação de aterros. A lei dá quatro anos de prazo máximo para adequação de aterros e fim dos lixões”. Ele fez a declaração durante apresentação no seminário Regulação e Gestão de Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos: Aproveitamento Energético do Metano de Aterros Sanitários.

O governo deverá estimular projetos compartilhados entre municípios e estados e iniciativas intermunicipais, que têm custo operacional reduzido, se comparados com projetos individuais. Uma das orientações, segundo Silvério, será a criação de autarquias municipais ou intermunicipais de gestão de resíduos. O MMA vai estimular a formação de consórcios públicos para gestão, pois isso melhora investimentos e permite planejamento e gastos compartilhados.

Evitar que os aterros voltem a se transformar em lixões por falta de gestão também é uma das preocupações do governo. Entre as possibilidades para garantir a sustentabilidade financeira dos empreendimentos estão o aproveitamento do metano liberado pelo lixo para produção de energia e a criação de estímulos fiscais vinculados à manutenção dos projetos.

Para Silvano Silvério, o país tem que ter uma meta para recuperação de energia em aterros a partir do gás metano. Os planos estaduais e municipais terão que contar com a perspectiva de recuperar energia dos aterros.

Durante a apresentação, o secretário também apontou a necessidade de ampliação e melhoria da qualidade da coleta seletiva. Dos 5.565 municípios brasileiros, somente cerca de 900 têm o serviço de coleta seletiva. E a produtividade é baixa: apenas 12% do que é coletado é de fato reciclado.

publicado por André Lazaroni em 9.11.10 |



segunda-feira, novembro 08, 2010


Durante vários meses mantive, em meu site, uma pesquisa com várias opções de respostas, para que as pessoas se manifestassem sobre um assunto importante para o estado do Rio e todos nós: como vetar as emendas Ibsen e Simon que, em malfadada hora, foram apresentadas na Câmara e no Senado, com o objetivo de nos deixar praticamente sem os royalties do petróleo.

Apresentei a pesquisa pouco tempo depois da memorável passeata “Contra a covardia – em defesa do Rio”, que mobilizou 200 mil pessoas pelas ruas da capital, da Candelária até a Cinelândia. Há pouco, o governador Sérgio Cabral disse que a campanha será reativada para que tenha um final feliz para todos nós: não se mexe nos recursos do petróleo, que são legitimamente nossos.

Vejam, a seguir, o resultado da pesquisa que mostra o alto grau de conscientização política das pessoas que me dão a honra, diária, de acompanhar as informações que transmito pelo site, blog e mídias sociais.

Pergunta: como derrotar emendas Simon/Ibsen?

Respostas:

Com a mobilização social? 58%

Com o veto do presidente Lula? 19%

Com a luta parlamentar no Congresso? 10%

Com uma decisão judicial? 10%

Sem opinião? 3%

publicado por André Lazaroni em 8.11.10 |



domingo, novembro 07, 2010


O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, discursando em nome do Brasil na Cúpula Ministerial do Grupo de Observação da Terra (Geo) em Beijing, China, pediu às nações a construção de um sistema global que ofereça e transforme em informação vital para a sociedade os dados obtidos por satélites, entre outras tecnologias de observação da Terra. Gilberto Câmara lembrou que este é um dos objetivos do Geo, organização intergovernamental que congrega 84 países, a Comissão Europeia e ainda 56 entidades internacionais.

O compartilhamento de dados para o desenvolvimento sustentável, Data Democracy, e o treinamento e infraestrutura para o seu melhor uso, Capacity Building, são pilares do Geo. São áreas em que o Brasil é pioneiro e avança a passos largos, por já ter estabelecida uma política aberta e gratuita para todos os dados dos seus satélites de observação da Terra. Em seu discurso, Gilberto Câmara lembrou que, ainda em 2007, foi anunciado pelo Brasil o oferecimento gratuito de dados do CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês) para os países da África.

Neste ano, o Brasil assinou com o parceiro chinês neste programa de satélites um novo acordo que estende o acesso livre aos dados a todas as nações em desenvolvimento. Foram citados, também, o satélite Amazônia-1, com lançamento previsto para 2012 e que vai monitorar florestas e agricultura em regiões tropicais do mundo; o desenvolvimento de softwares livres para processamento de imagens de sensoriamento remoto e construção de sistemas de informação geográfica; e a capacitação de técnicos estrangeiros para o monitoramento de florestas, todas iniciativas alinhadas a Data Democracy e Capacity Building conduzidas no Brasil pelo Inpe.

Isto significa que, além de disponibilizar os dados, o Inpe atua na construção da capacidade para recebê-los, interpretá-los, utilizá-los e levá-los com facilidade ao usuário final. Hoje integrante de seu Comitê Executivo, o Brasil deve sediar uma Plenária do Geo em 2012. Na semana que se encerrou ontem, na China, duas plenárias e uma reunião ministerial com representantes dos países membros do Geo definiram metas para o triênio 2011-2013 que visam a melhorar o acesso aos dados de observação da Terra, estudar suas aplicações e implantar o Geoss (Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra), idealizado para ampliar a capacidade de monitoramento ambiental do planeta.

publicado por André Lazaroni em 7.11.10 |



terça-feira, novembro 02, 2010


Minhas amigas e meus amigos. Vou transcrever, hoje, alguns trechos muito significativos do discurso da vitória da presidenta Dilma Rousseff. São as referências que ela fez às mulheres do Brasil. Com esse gesto, quero homenagear a presidenta e as Marias, Luzias, Clarisses, Joanas, Beneditas, Paulas, Dalvas, Dilmas, esposas, filhas, amigas, amantes e companheiras desse país tão grande, tão generoso, mas também tão injusto com elas. Faço isso ainda em homenagem às minhas filhas, pessoas tão importantes na minha vida.

Disse a presidenta Dilma: “Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida. Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro, portanto, aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural.

“E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade. A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: sim, a mulher pode!

“Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país: Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.”

Que Deus lhe dê paz, saúde, sabedoria e apoio de todas e de todos para governar o Brasil a partir de 2011, presidenta Dilma Rousseff!

publicado por André Lazaroni em 2.11.10 |



segunda-feira, novembro 01, 2010


Como vai ser o Brasil com Dilma Rousseff? Será um Brasil de mudanças. Para a primeira mulher presidente da República, “o Brasil mudou e precisa seguir mudando.” Para ela, a caminhada permanente e segura da nação foi a grande mensagem de sua campanha eleitoral.

Disse também Dilma, em sua mensagem ao povo do Rio de Janeiro, divulgada pelo jornal O Dia: “é preciso seguir mudando para garantir que aquilo que até bem pouco tempo atrás considerávamos impossível continue se tornando possível: a eliminação da miséria e da fome, o fim das desigualdades, a construção de um país com cidades e comunidades mais seguras, com melhores empregos com saúde e educação de qualidade.”

Essa mudança, essa continuidade, é uma tarefa para todos nós. Todos os dias.

publicado por André Lazaroni em 1.11.10 |




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