sábado, maio 28, 2011



Nas últimas horas a Mata Atlântica esteve muito em evidência. Um dos motivos dessa publicidade foi o relatório do Inpe/SOS Mata Atlântica sobre o continuado desmatamento do bioma, desta vez em menor escala. Na Câmara, se aprovou mudanças no Código Florestal que pode ser sentença de morte para o bioma. E ontem (27/5) foi o Dia Nacional da Mata Atlântica. Comemorar o quê?

A ecorregião é a mais devastada do país, com apenas 8% de sua cobertura vegetal original preservada. A área é classificada como o segundo conjunto de ecossistemas mais ameaçados de extinção do mundo, perdendo apenas para as quase extintas florestas da Ilha de Madagascar, na África.

Apesar de ser uma das regiões ecológicas mais ricas do Planeta em termos de biodiversidade, o desmatamento, a exploração madeireira, a agricultura, as obras de infraestrutura e a ocupação inadequada de áreas de preservação permanente, dentre outros fatores, ocasionaram uma perda de quase 92% de sua cobertura vegetal original.

Preservação - A importância da preservação da região vai além da conservação de espécies da fauna e flora e das paisagens naturais. O abastecimento de água para uma população de 123 milhões de brasileiros e para diversas atividades produtivas de três grandes regiões do país depende da proteção efetiva das matas ciliares e dos recursos hídricos da ecorregião.

Outros serviços ecossistêmicos, como regulação do clima, proteção de encostas e garantia do regime de chuvas também dependem da conservação adequada da área.

Além disso, inúmeras Áreas de Preservação Permanente (APPs) da Mata Atlântica, que incluem todas as formas de vegetação situadas nas margens de corpos d'água, topos de morro, encostas íngremes, manguezais e nascentes, correm o risco de sofrer mais degradação com as alterações que podem ser promovidas no Código Florestal.

Código - De acordo com a analista ambiental Fátima Guedes, do Núcleo Mata Atlântica do Ministério do Meio Ambiente, a elaboração adequada do Código Florestal é fundamental para a preservação da Mata Atlântica, especialmente os pontos da legislação que orientam sobre a necessidade de se manter áreas com vegetação nativa, como é o caso das APPs e das áreas de Reserva Legal (porcentagem das propriedades que devem manter a vegetação nativa).

Disse a analista: “numa região onde os diferentes ecossistemas estão muito fragmentados, a conservação do que sobrou e a recuperação desses espaços permitirá a recomposição e a formação de corredores ecológicos”.

Os corredores ecológicos são extensões significativas de ecossistemas que aumentam a probabilidade de sobrevivência de diferentes espécies em longo prazo e asseguram a manutenção de processos evolutivos em larga escala.

Desastres - De acordo com levantamento feito pelo MMA na região serrana do Rio de Janeiro, afetada pelas chuvas no início do ano, a maioria dos deslizamentos ocorreu em APPs. O estudo foi realizado para comprovar a relação entre as APPs e as áreas de risco, e constatou que aproximadamente 90% dos locais mais afetados eram de Áreas de Preservação Permanente ocupadas de maneira irregular.

Afirmou Wigold Schaffer, consultor do Núcleo Mata Atlântica do MMA e coordenador do estudo: “fomos verificar se as áreas atingidas pelas enchentes ou deslizamentos eram ou não consideradas APPs pelo Código. Indevidamente ocupadas por razões diversas no passado, essas áreas ficaram disponíveis para diferentes usos, mas os locais deveriam ser preservados pela sua importância ambiental e por uma questão de segurança da própria população”.

Schaffer ressaltou que o mesmo padrão de ocupação se repetiu no Paraná, Alagoas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e em outras regiões onde enchentes resultaram em tragédias no Brasil.

Ele detalhou que as áreas mais próximas dos rios costumam ser as mais atingidas: “verificamos que em áreas rurais a agricultura muito próxima à área do rio deixa o solo suscetível à erosão, e a enxurrada leva não só a plantação, mas também parte do solo, que sem fixação de florestas e de vegetação agrava as enchentes em centros urbanos localizados logo abaixo dos rios, entupindo pontes, bueiros e provocando a destruição a que todos temos visto”.

O consultor informou ainda que o afastamento de 30 metros em cada margem para a implementação de qualquer atividade produtiva ou de infraestrutura é a faixa mínima de preservação necessária para garantir a segurança e o bem estar da população e a proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos na Mata Atlântica.

Assim, mesmo que haja chuva forte e o nível do rio suba, o fluxo da água terá um espaço maior para escoar. Schaffer fez uma previsão: “se a área já estiver ocupada, a destruição será inevitável. Ocorrerão perdas de vidas humanas, de safra agrícola, de infraestrutura e de patrimônio. Se eliminarmos as APPs do Código Florestal vamos potencializar e agravar estes problemas no futuro. Isto é prejuízo certo”.

Alternativa - O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é uma iniciativa que já está sendo implementada na região. É uma alternativa que contribui para o aumento da renda de famílias locais e, também, para a queda do desmatamento e de outras atividades predatórias.

O instrumento funciona de maneira a complementar ações relacionadas ao manejo de recursos naturais ou usos sustentáveis da terra, como manejo sustentável de recursos não madeireiros, sistemas agroflorestais, restauração de matas ciliares e estabelecimento de corredores ecológicos.

Em um estudo coordenado pelo MMA, foram levantadas, ao todo, 79 iniciativas de PSA em diferentes fases de desenvolvimento. São 33 projetos na categoria de fixação e retenção de carbono na atmosfera, 41 relativos à água e outros cinco que tratam de conservação da biodiversidade.

O projeto Produtor de Águas e Florestas na Bacia do Rio Guandu, no Rio de Janeiro, por exemplo, estimula 18 pequenos proprietários rurais - que em sua maioria possuem áreas menores que 100 hectares - a realizarem a restauração florestal de APPs e de áreas interceptoras de água, além da conservação de florestas e do saneamento rural.

Esses agricultores estão contribuindo para a recuperação de uma grande área degradada localizada entre os maiores remanescentes de Mata Atlântica da região Sudeste, situada entre a área da reserva biológica Rio Claro e o Parque Nacional da Bocaina.

A reconexão entre os trechos remanescentes dessa grande área vai possibilitar a formação de um grande corredor ecológico. Esse território abriga, ainda, diversas unidades de conservação e Reservas Privadas do Patrimônio Natural (RPPNs).

A verba total destinada ao projeto, por ano, é de R$ 1,9 milhão, e a primeira fase (prevista para cinco anos) deve ser finalizada em 2013. O sistema Guandu abastece cerca de oito milhões de pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Área original - área original de Mata Atlântica cobria aproximadamente 15% do território brasileiro. A parte da ecorregião reconhecida pela Lei 11.428, de 2006, foi delimitada pelo IBGE e compreende um conjunto de formações florestais e ecossistemas associados, abrangendo total ou parcialmente 17 estados e 3.410 municípios.

Características – A Mata Atlântica possui aproximadamente 20 mil espécies de flora (entre 33% e 36% das existentes no Brasil). Em relação à fauna, os levantamentos indicam que a região abriga 849 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 de peixes.

Das 472 espécies brasileiras ameaçadas de extinção, 276 são da Mata Atlântica.

Composta por um conjunto de tipos de vegetação, a ecorregião abrange faixas litorâneas do Atlântico, florestas interioranas e de araucária, campos de altitude e encraves florestais no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Sua extensão está presente também em diferentes biomas, e chega a abranger parte do território da Argentina e do Paraguai. (Carine Corrêa/Ascom MMA)

publicado por André Lazaroni em 28.5.11 |



sexta-feira, maio 27, 2011



Vem aí a sinalização turística de todo o estado do Rio de Janeiro, rico pela variedade de suas atrações e por seu maravilhoso e hospitaleiro povo. E mais: as placas serão de material reciclado para preservar o meio ambiente.

O pessoal da Secretaria de Estado de Turismo reuniu-se com seus colegas do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), para finalizar os detalhes do convênio que será assinado para a implantação da sinalização turística no Rio de Janeiro.


Segundo o subsecretário Audir Santana o projeto é prioridade da gestão do secretário Ronald Ázaro, uma vez que a falta de sinalização é uma das principais reclamações dos turistas: “em várias pesquisas a falta de sinalização é o item que é citado com mais freqüência quando são listadas as insatisfações dos turistas. Por esse motivo este projeto será um dos carros-chefes da Setur”.

Um dos grandes problemas enfrentados pelo DER é a destruição dos indicadores que são colocados nas estradas. Por esse motivo foi discutida a necessidade de se criar uma campanha educativa para a preservação das placas. Foi sugerido ainda que as novas placas sejam produzidas com material reciclado, que além de ajudar a preservar o meio ambiente são menos vulneráveis a furtos.

Convênio também será firmado com as prefeituras do interior do estado para que elas colaborem na conservação das placas localizadas no perímetro urbano. A Setur lembra que as cidades que receberem as placas zelem por elas. Só assim, em breve, o Rio de Janeiro terá todas as estradas e cidades com informações claras e precisas para a orientação dos visitantes.


publicado por André Lazaroni em 27.5.11 |



terça-feira, maio 24, 2011



Essa interessa a todos nós. A partir de sábado (28/5), os usuários de telefones fixos do Rio de Janeiro, de mais 39 regiões metropolitanas e de três regiões integradas de desenvolvimento, poderão fazer chamadas para municípios vizinhos, com o mesmo código de área nacional (DDD), ao custo de uma ligação local.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a medida pode beneficiar até 68 milhões de pessoas em todo o Brasil, em cerca de 560 municípios. A mudança faz parte da revisão do Regulamento sobre Áreas Locais para o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC). Os valores de ligações entre fixos e móveis não sofrerão mudanças com as alterações das áreas locais.

As regiões metropolitanas contempladas no regulamento são as do Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Londrina (PR), Maringá (PR), Baixada Santista (SP), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Vale do Aço (MG), Grande Vitória (ES), Goiânia (GO), Vale do Rio Cuiabá (MT), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Agreste (AL), Campina Grande (PB), João Pessoa (PB), Recife (PE), Natal (RN), Cariri (CE), Fortaleza (CE), Sudoeste Maranhense (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Capital (RR), Central (RR), Sul do Estado (RR), Florianópolis (SC), Chapecó (SC), Vale do Itajaí (SC), Norte/Nordeste Catarinense (SC), Lages (SC), Carbonífera (SC) e Tubarão (SC).

Nas regiões da Foz do Rio Itajaí (SC), Grande São Luís (MA) e São Paulo (SP), todos os municípios já são considerados uma mesma área local. Também serão incluídas na mudança as áreas de desenvolvimento integrado que incluem o Distrito Federal e cidades do Entorno (DF/GO/MG), Polo de Petrolina e Juazeiro (PE/BA) e a Grande Teresina (PI/MA).

A lista de todas as localidades contempladas com a mudança pode ser conferida na página da Anatel na internet. (Sabrina Craide/Agência Brasil)


publicado por André Lazaroni em 24.5.11 |



sábado, maio 21, 2011


O governador Sérgio Cabral inaugurou, ontem (20/05), a primeira escola totalmente sustentável da América Latina em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O Colégio Estadual Erich Walter Heine, como comentei no Twitter e Facebook, foi idealizado em parceria com o grupo Thyssenkrupp CSA, e construído com materiais ecologicamente corretos, com sistema de reaproveitamento de água da chuva, coleta de lixo seletivo e ecotelhado.

A instituição, que recebeu investimentos de R$ 11 milhões, formará alunos na área de administração, com enfoque em logística.

Para o secretário de Educação, Wilson Risolia, o Rio de Janeiro precisa de instituições profissionalizantes e inovadoras como o Colégio Estadual Erich Walter Heine para suprir a demanda resultante do excelente calendário de investimentos e eventos do estado para os próximos anos. Risolia afirmou ainda que pretende levar o conceito de sustentabilidade para toda a rede estadual.

Disse o secretário: “há alguns aspectos importantes em uma escola como esta. Primeiro sobre o aspecto profissional, porque o Rio está vivendo um momento especial com eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Os jovens da escola, que funciona desde fevereiro, serão demandados pelo mercado daqui a uns dez anos. Outro aspecto é passar a consciência ambiental para os alunos através da prática. A meta é levar esse conceito para 100% da rede”.

Os 200 estudantes matriculados na escola contam com professores qualificados para adoção e conscientização dos jovens sobre práticas sustentáveis. Diretores, professores, funcionários e representantes da Subsecretaria de Gestão de Ensino da Secretaria de Educação participaram do curso de sensibilização ecológica, promovido pelo Programa Thyssenkrupp CSA de Comunicação e Educação Ambiental.

A expectativa é de que a escola, que possui também laboratórios de informática, bioquímica, artes e administração, biblioteca e piscina, receba mais 400 estudantes até o fim deste ano, oferecendo o ensino técnico. Nos fins de semana, o Colégio Estadual Erich Walter Heine abrirá suas portas à comunidade do bairro da Zona Oeste com a realização de atividades educativas e culturais. (Por Marcelle Colbert/Ascom Palácio Guanabara)

publicado por André Lazaroni em 21.5.11 |



sexta-feira, maio 20, 2011


Já falei do assunto ontem (19/5), no Facebook e no Twitter, mas volto a ele, pela importância para todos. É assustador o número de mortes causadas pelo mosquito da dengue em nosso estado. Setenta pessoas já morreram desde o início do ano nos municípios.

Só em uma semana foram registrados 10.516 novos casos suspeitos da doença. A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil informou que, do dia 2 de janeiro até o último sábado (14/5) foram notificados 95.931 casos suspeitos de dengue nos municípios, de acordo com o seu relatório semanal.

Do total de vítimas da doença confirmados, o maior número de óbitos (26) foi registrado na capital fluminense.

As outras cidades onde a dengue já matou foram: Nova Iguaçu (sete), Duque de Caxias (cinco), Magé (dois), Cabo Frio (um), São Gonçalo (oito), Maricá (um), Mesquita (um), São João de Meriti (quatro), São José do Vale do Rio Preto (um), Bom Jesus do Itabapoana (um), Itaocara (dois), Itaperuna (um), Rio das Ostras (dois), Barra Mansa (um), Belford Roxo (dois), Campos dos Goytacazes (dois), Angra dos Reis (um), Queimados (um), Seropédica (um) e Barra Mansa (um).

O aumento expressivo dos casos da doença é atribuído ao retorno do tipo soropositivo 1, que não circulava no estado desde 1986. Ele deixou a população mais jovem suscetível à doença. Mais da metade dos casos confirmados envolve pessoas com menos de 15 anos.

Dos 92 municípios fluminenses, 18 ainda apresentam surto epidêmico. São eles: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antonio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci. (Com Douglas Corrêa/ Agência Brasil)

publicado por André Lazaroni em 20.5.11 |



domingo, maio 15, 2011


A educação ambiental é uma das minhas preocupações de mandato. Trato desse importante tema desde meu primeiro dia no plenário da Assembleia Legislativa, em janeiro de 2003, quando do início de minha atividade parlamentar.

Meu pai, Paulo, líder da primeira hora do movimento verde, passou-me a importância política dela para o ambientalismo. Minha mãe, Dalva, ensinou-me as noções fundamentais da educação ambiental para uma estrutura sólida do desenvolvimento sustentável e a defesa dos recursos naturais.

Na escola está a base de tudo. É por isso que chamo a sua atenção para o texto a seguir, da jornalista Ana Lúcia Caldas, do Radiojornalismo Abr, publicado pelo portal EcoDebate. É a educação ambiental em destaque.

A educação ambiental é fundamental para que o cidadão adote a coleta seletiva e, embora não esteja formalizada nos currículos, muitas escolas já têm a matéria em seus programas.

“Na verdade, ela [a educação ambiental] é transversalizada. As questões têm que fazer parte de todas as discussões. Nada impede que uma escola tenha um programa de educação ambiental. As crianças sabem da obrigação de cuidar do planeta”, explica a coordenadora de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernanda Daltro.

A coleta seletiva de lixo está implantada em 443 municípios brasileiros – apenas 8% dos 5.565 – e em muitas cidades a população ainda não colabora.

“O erro é do planejamento. Não se implementa a coleta seletiva sem um programa de educação ambiental antes. A pessoa tem que ser informada sobre o porquê de fazer a coleta e como aquilo se reverterá em benefícios, não só para a família dela e seus descendentes”, explica o coordenador do núcleo de Educação Ambiental do Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Genebaldo Freire.

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê que todos os municípios do país tenham coleta seletiva em quatro anos e os lixões estarão proibidos. Os programas de educação ambiental são desenvolvidos em várias escolas públicas e privadas com foco na coleta seletiva.

Crianças de 1 ano e 8 meses a 6 anos de uma escola do Lago Sul, em Brasília, participam de atividades extracurriculares onde aprendem sobre a coleta seletiva e também que não se deve jogar lixo no chão, porque os resíduos entopem bueiros e podem prejudicar o escoamento da água da chuva, provocando alagamentos.

“Essa conscientização eles têm desde pequenos. Embora muitos não saibam ler, aprendem sobre a coleta seletiva por meio das cores”, explica a coordenadora da escola, Edna Regina. Algumas cores foram padronizadas para a coleta seletiva: vermelho para o plástico; amarelo para o metal; verde para o vidro; azul para o papel e cinza para aquele resíduo que não pode ser reciclado ou misturado.

O que é jogado também fora pode virar arte. SandraVirgínia Scheid é dentista e artesã em Porto Alegre. “O mundo é rico em resíduos. Faço do lixo um tipo de arte”.

Ela utiliza os materiais descartáveis de seu consultório, como sugador de saliva e seringas, para fazer quadros. O objetivo é educar. Sandra explica que o interesse surgiu há seis anos, com o nascimento de seu filho. “Eu ficava assustada com a quantidade de fralda que jogava fora e pensava que tinha que fazer algo. Utilizar material do consultório foi uma consequência”.

O papel da sociedade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é fundamental. O MMA prevê uma campanha de consumo consciente por ano. Segundo Fernanda Daltro, o próprio ministério percebeu que não será suficiente.

“A campanha Saco é um Saco foi um grande sucesso, com todo mundo falando. Nós temos um departamento de produção e consumo sustentável que vai estimular os consumidores e o setor produtivo a desenvolver novos padrões, com menos impacto no meio ambiente.”

A próxima campanha, segundo ela, será sobre a separação de resíduos sólidos. Vamos aguardar!

publicado por André Lazaroni em 15.5.11 |



sábado, maio 14, 2011



Deus queira que o Haiti, um dos países mais pobres do mundo, comece seu reencontro com a paz social, o bem-estar de seu povo e o desenvolvimento econômico a partir de hoje, sábado, 14 de maio. O presidente eleito do Haiti, Michel Martelly, de 50 anos, toma posse em clima de muita esperança.

O Brasil está muito próximo do Haiti. Mais de uma vez, em meus relatos a vocês, tenho dito – lembrando os versos de Caetano Veloso – que o Haiti é aqui. Isso mesmo. Milhares de brasileiros estão neste momento em Porto Príncipe, capital haitiana e em outros pontos do país, mantendo a paz e trabalhando na reconstrução de casas, bairros e estradas, aeroportos e outras obras de infraestrutura.

Conhecido popularmente como Sweet Micky, ou Doce Micky, Michel Martelly construiu uma sólida carreira artística como cantor popular. Na presidência da República, ele terá pela frente o desafio da reconstruir um país arruinado, que teve a situação agravada depois do terremoto de 12 janeiro de 2010 que matou cerca de 200 mil pessoas, e que vive ainda sob a epidemia de cólera.

Durante a campanha, Michel Martelly demonstrou a intenção de não só reconstruir o Haiti como também buscar a consolidação das instituições públicas do país e a execução de programas sociais, que estimulem a geração de emprego, um dos principais problemas da sociedade haitiana.

Às vésperas da cerimônia de posse do presidente, a capital do Haiti, Porto Príncipe, passou por uma faxina: as ruas foram varridas e as fachadas de alguns prédios públicos e privados pintadas. Porém, muitos haitianos ainda vivem de forma provisória em alojamentos, depois de perderem as casas por causa do terremoto.

O novo presidente vai suceder René Préval que teve dois mandatos e foi também primeiro-ministro. Préval enfrentou o momento mais grave da história do Haiti dos últimos 50 anos em decorrência do terremoto e dos problemas que se seguiram. O país enfrenta ainda os problemas causados pelas gangues, que ocupam áreas estratégicas da capital, e a falta de emprego, que também acentua a violência. (Com agencias Brasil e Lusa)

publicado por André Lazaroni em 14.5.11 |



domingo, maio 08, 2011



O que é isso, gente? Saúde em primeiro lugar! A adesão da população fluminense à campanha de vacinação contra a gripe, a cinco dias do fim da ação, é 23% do público-alvo. Em todo o estado, até o dia 5, haviam sido vacinadas 641.418 pessoas.

Na capital, foram imunizadas 270 mil pessoas, o correspondente a 29% da meta da Prefeitura do Rio, que espera vacinar 930 mil pessoas até o dia 13, quando termina a campanha.

O superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que ainda não se sabe o motivo para a baixa adesão da população. Nas edições anteriores da campanha, apenas idosos com mais de 60 anos e povos indígenas eram imunizados.

Afirmou Alexandre Chieppe: “a gente ainda não tem uma explicação para a baixa adesão que ocorre no país todo e inclusive no Rio. Os postos estão funcionando normalmente. A vacina é eficaz e segura, previne a gripe, que é uma das principais causas de internação de idosos e crianças, por pneumonia e problemas respiratórios”.

O Ministério da Saúde divulgou que a adesão em nível nacional está em 50%. Mais de 12 milhões de pessoas foram vacinadas até agora, quando o esperado é que 24 milhões se imunizassem.

Os grupos contemplados são os idosos, população indígena, gestantes, crianças de 6 a 23 meses e profissionais de saúde de unidades de referência para atendimento de influenza. A vacina protege também contra o vírus da Influenza A (H1N1).

Pessoas com história de alergia grave relacionada a ovo e seus derivados e reação em doses anteriores da vacina devem consultar um médico antes de tomar a dose. Quem foi vacinado nos anos anteriores deve levar o comprovante de vacinação. Caso não tenha a caderneta de vacinação, basta apresentar um documento de identidade.

Durante a campanha, as unidades funcionam das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. No caso dos profissionais de saúde, não é necessário ir a um posto, pois a vacina será aplicada no seu local de trabalho. Em caso de dúvida sobre calendário e locais de vacinação, a população pode ligar para Disque-Rio, no telefone 1746.

publicado por André Lazaroni em 8.5.11 |



quarta-feira, maio 04, 2011


Uma tragédia brasileira acaba de ser revelada por estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma vergonha nacional! Cerca de 16 milhões e 200 mil pessoas, idosos, adultos, jovens e crianças, são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população.

O IBGE fez a estimativa a partir da linha de extrema pobreza definida pelo governo federal. Os dados foram divulgados ontem (3/5), em Brasília. A linha estipula como extremamente pobres as famílias com renda per capita de até 70 reais por mês.

Esse parâmetro será usado para a elaboração das políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria, que deve ser lançado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). De acordo com a ministra Tereza Campello, o valor definido é semelhante ao estipulado pelas Nações Unidas.

Para levantar o número de brasileiros em extrema pobreza, o IBGE levou em consideração, além do rendimento, outras condições como a existência de banheiros nas casas, acesso à rede de esgoto e água e também energia elétrica. O instituto também avaliou se os integrantes da família são analfabetos ou idosos.

Dos 16 milhões e 200 mil brasileiros em extrema pobreza, quase 5 milhões não tem nenhuma renda e 11 milhões e 400 mil tem rendimento per capita de 1 a 70 reais. Vou repetir os últimos números: renda de 1 a 70 reais!...

Livrar o Brasil dessa tragédia que está aos olhos de todos, nas ruas, nas favelas, nos sinais de trânsito, nas palafitas e mocambos, também é responsabilidade de todos nós!

publicado por André Lazaroni em 4.5.11 |




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