sábado, maio 14, 2011
Boa sorte, Haiti. Que tudo recomece hoje
Deus queira que o Haiti, um dos países mais pobres do mundo, comece seu reencontro com a paz social, o bem-estar de seu povo e o desenvolvimento econômico a partir de hoje, sábado, 14 de maio. O presidente eleito do Haiti, Michel Martelly, de 50 anos, toma posse em clima de muita esperança.
O Brasil está muito próximo do Haiti. Mais de uma vez, em meus relatos a vocês, tenho dito – lembrando os versos de Caetano Veloso – que o Haiti é aqui. Isso mesmo. Milhares de brasileiros estão neste momento em Porto Príncipe, capital haitiana e em outros pontos do país, mantendo a paz e trabalhando na reconstrução de casas, bairros e estradas, aeroportos e outras obras de infraestrutura.
Conhecido popularmente como Sweet Micky, ou Doce Micky, Michel Martelly construiu uma sólida carreira artística como cantor popular. Na presidência da República, ele terá pela frente o desafio da reconstruir um país arruinado, que teve a situação agravada depois do terremoto de 12 janeiro de 2010 que matou cerca de 200 mil pessoas, e que vive ainda sob a epidemia de cólera.
Durante a campanha, Michel Martelly demonstrou a intenção de não só reconstruir o Haiti como também buscar a consolidação das instituições públicas do país e a execução de programas sociais, que estimulem a geração de emprego, um dos principais problemas da sociedade haitiana.
Às vésperas da cerimônia de posse do presidente, a capital do Haiti, Porto Príncipe, passou por uma faxina: as ruas foram varridas e as fachadas de alguns prédios públicos e privados pintadas. Porém, muitos haitianos ainda vivem de forma provisória em alojamentos, depois de perderem as casas por causa do terremoto.
O novo presidente vai suceder René Préval que teve dois mandatos e foi também primeiro-ministro. Préval enfrentou o momento mais grave da história do Haiti dos últimos 50 anos em decorrência do terremoto e dos problemas que se seguiram. O país enfrenta ainda os problemas causados pelas gangues, que ocupam áreas estratégicas da capital, e a falta de emprego, que também acentua a violência. (Com agencias Brasil e Lusa)
publicado por André Lazaroni em 14.5.11
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