sexta-feira, abril 15, 2011
Camada de ozônio mais ameaçada
Preocupante. A Organização Mundial de Meteorologia (WMO, sigla em inglês) identificou aumento na destruição na camada de ozônio no Ártico. A perda é considerada inédita, mas não inesperada. A principal causa da destruição é o aumento do uso de produtos químicos presentes em aerossóis, geladeiras e extintores de incêndio.
A grave preocupação está bem expressa na reportagem da jornalista Renata Giraldi, da Agência Brasil, divulgada pelo portal EcoDebate. A camada de ozônio é a que protege a vida no planeta dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta.
Desde o final do mês de março, a região considerada mais afetada pela destruição da camada de ozônio estende-se da Groenlândia, grande ilha no Oceano Ártico, à Escandinávia. As medições mostram que a perda de ozônio ocorre entre 15 e 23 quilômetros acima do solo. Na região, mais de dois terços do ozônio foram destruídos até o momento.
De acordo com os cientistas, a tendência é que a radiação de raios ultravioleta não aumente nas regiões mais frias com mesma intensidade que nas áreas tropicais. Os raios ultravioleta (UV-B) têm sido associados ao aparecimento de câncer de pele, catarata e danos ao sistema imunológico humano.
O estudo divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia informa ainda que a destruição do ozônio estratosférico é mais intensa nas regiões polares, quando as temperaturas caem abaixo de – 78 graus Celsius (ºC).
Alertou o secretário-geral da organização, Michel Jarraud: “a perda de ozônio, pela experiência, depende das condições meteorológicas. A perda, em 2011, mostra que temos de permanecer vigilantes e manter um olhar atento sobre a situação no Ártico nos próximos anos”.
Um acordo internacional firmado por vários países define uma série de medidas para a recuperação da camada de ozônio. As medidas incluem iniciativas que devem ser feitas até 2060.
Sem o Protocolo de Montreal, segundo os especialistas, a destruição na camada de ozônio poderia ser mais intensa. De acordo com os peritos, a lenta recuperação da camada de ozônio se deve ao fato de que as substâncias que a destroem permanecem na atmosfera por várias décadas.
A camada de ozônio fica na estratosfera, que é a segunda maior cobertura da atmosfera. Na Antártida, a destruição na camada aumenta no período da primavera devido à existência de temperaturas extremamente baixas na estratosfera.
No Ártico, as condições meteorológicas variam mais de um ano para o outro, e as temperaturas são mais quentes do que as registradas na Antártida. Os invernos árticos, de acordo com os cientistas, não apresentam perdas na camada de ozônio, enquanto as temperaturas frias na estratosfera do Ártico causam destruição.
publicado por André Lazaroni em 15.4.11
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