quarta-feira, dezembro 29, 2010


2011 está aí. Ele veio para ficar 365 dias. É o tempo que, como marca o calendário, estaremos juntos, conversando, dialogando, discutindo, trocando muitas ideais em favor do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Em 2011, darei início a mais um mandato parlamentar na Assembleia Legislativa, o terceiro seguindo, graças ao voto de amigas, amigos, companheiras e companheiros de luta política, como você.

Em outubro, fui reeleito com uma votação altamente significativa. Um sinal de que o meu desempenho, no plenário da Alerj e como legislador, teve o reconhecimento de parcela bem expressiva do eleitorado carioca e fluminense. Agora, tudo recomeça na nova legislatura estadual. As lutas pelo ambiente, a qualidade de vida e a justiça social se multiplicam. Nosso estado viverá tempos inimagináveis de progresso e desenvolvimento.

Não demora e teremos a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, com suas obras gigantescas, muito planejadas e demoradas. Mas são muitos benefícios para a nossa população, em especial os jovens. Teremos mais UPAs e UPPs, esses marcos administrativos criados aqui e que hoje se multiplicam pelo Brasil e pelos países mundo afora. 2011 chega sob os auspícios do otimismo, uma marca de todos nós. Vamos a ele! Um forte abraço!

publicado por André Lazaroni em 29.12.10 |



sábado, dezembro 25, 2010


Neste espaço em que nos encontramos todos os dias, de contato e convivência esclarecedora, proporcionado pela Internet tão inovadora, reitero às minhas amigas e meus amigos, às companheiras e companheiros de luta em defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável e pela justiça social, os mais sinceros votos de um feliz Natal! Que os momentos de festa e confraternização sejam de muita paz e alegria. Saúde a todos!

publicado por André Lazaroni em 25.12.10 |



sexta-feira, dezembro 24, 2010


Melhoria para o ano novo na Baixada Fluminense. O governo do estado entrega segunda-feira (27/12) um conjunto de obras, entre as quais uma estação de bombeamento, que vai beneficiar os moradores do Lote XV, Parque Amorim e Vale do Ipê, em Belford Roxo, e Pilar, em Duque de Caxias. As intervenções fazem parte do projeto PAC Iguaçu e têm como objetivo reduzir significativamente as enchentes que castigam a Baixada Fluminense.

As obras serão inauguradas pelo governador Sérgio Cabral, a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, o prefeito de Belford Roxo, Alcides Rolim, e o presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Luiz Firmino. Além do controle de inundações as obras incluem a recuperação ambiental das bacias dos rios Botas, Sarapuí e Iguaçu. Todo o projeto beneficia mais de dois milhões de pessoas.

Somente na construção da Estação de Bombeamento foram investidos 5 milhões de reais, recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). A nova estação, que contará com cinco bombas importadas da Suécia, terá a função de retirar o excesso de água da área-pulmão do Canal do Outeiro, extravasando para o Rio Iguaçu, de modo a aumentar a velocidade de escoamento das águas.

A Estação de bombeamento, automatizada, possui uma usina geradora com três geradores a diesel e uma subestação elétrica com dois transformadores. Os equipamentos garantem o funcionamento do sistema em caso de falta de energia. A estação foi instalada na margem do Rio Iguaçu, no Lote XV. Uma das razões para o Governo do Estado importar as cinco bombas da Suécia, para compor a estação, foi a capacidade dos equipamentos de fazer a sucção mesmo em locais com elevada presença de lixo e detritos.

Serão entregues mais obras emergenciais do PAC do projeto Iguaçu, entre elas três pontes no canal do Outeiro; a dragagem de 10 quilômetros do Rio Iguaçu e as obras de recuperação do polder do Pilar, que praticamente submergiu com as chuvas do verão passado.

O projeto Iguaçu também desenvolve obras de dragagem dos rios Iguaçu, Sarapuí e Botas e seus afluentes, reassentamento de milhares de famílias ribeirinhas, com a construção de conjuntos habitações, além da recuperação de polderes – conjunto de comportas e diques.

O projeto abrange Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu e os bairros de Bangu e Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. Ele envolve intervenções para melhoria da macro e mesodrenagem das bacias dos três rios, com a recuperação das áreas marginais e instalação de parques de orla, plantio de vegetação ciliar, reflorestamento de áreas de nascentes, preservação de áreas para amortecimento de cheias (áreas-pulmão), renaturalização de cursos d’água, desobstrução e substituição de pontes e travessias, realocação de moradias, além de outras medidas complementares relacionadas ao disciplinamento do uso do solo, coleta de lixo, etc.

Segundo o Plano Diretor Iguaçu, o controle de inundações na Baixada Fluminense demanda investimentos da ordem de um bilhão de reais em valores atuais. Dentro dos limites de recursos disponibilizados no âmbito do PAC I, foi concebida a primeira fase do projeto Iguaçu, com investimentos de cerca de 482 milhões de reais, 230 milhões da União e 252 milhões do governo do estado. Para o PAC 2, de continuação do projeto Iguaçu, já estão assegurados 384 milhões de reais, do Ministério das Cidades.

publicado por André Lazaroni em 24.12.10 |



quinta-feira, dezembro 23, 2010


Importante. Em 2011, mais de 60 redes de comida rápida do país serão obrigadas a exibir aos clientes o valor nutricional e calórico das refeições e lanches vendidos. As empresas terão de fornecer a informação sobre a quantidade de carboidratos, fibras, proteínas, sódio e gordura (trans e saturadas) presente nos alimentos e em comparação ao recomendado para o consumo diário.

Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, informa que os dados deverão constar nas embalagens dos produtos ou em quadros, cardápios e cartazes. Se a lanchonete ou restaurante tiver página eletrônica também deverá colocar a tabela nutricional na Internet. A exigência faz parte de um acordo firmado entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) e a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), representante do setor de fast food.

Os estabelecimentos têm seis meses para se adequar. Caso descumpram o acordo, estarão sujeitas ao pagamento de multa que varia de R$ 2,5 a R$ 5 mil. Com a tabela nutricional, a Anvisa espera que o consumidor opte por uma refeição mais saudável quando estiver fora de casa. O número de brasileiros obesos e acima do peso cresce a cada ano, o que preocupa as autoridades de saúde.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, este ano, revelaram que quase metade dos brasileiros está acima do peso. A incidência da obesidade na população subiu de 11,4%, em 2006, para 13,9%, em 2008. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentada na semana passada constatou que o consumo de açúcar e gordura no país está acima do considerado ideal.

De 2003 a 2009, 17% da dieta alimentar diária do brasileiro eram de açúcares, enquanto que o recomendado é de 10%. O consumo de gorduras subiu de 27,8% para 28,7% no mesmo período. Frutas e hortaliças representam apenas 2,01% e 0,8% da dieta alimentar, respectivamente.

publicado por André Lazaroni em 23.12.10 |



quarta-feira, dezembro 22, 2010


Uma Indicação Legislativa de minha autoria, 1072/10, que autoriza o governo a implantar lonas Justificarculturais no Estado do Rio de Janeiro, com a exigência de se ter pelo menos uma em cada município, vem recebendo muito apoio, notadamente na Internet. As lonas culturais são um excelente meio de divulgação das artes e tradições populares. Por isso, o grande alcance dessa minha iniciativa, na opinião de centenas de pessoas.

O abaixo-assinado encontra-se na internet no site Petição Publica Brasil que disponibiliza um serviço público gratuito para abaixo-assinados (petições públicas) online. Abaixo-assinado Lonas Culturais em todas as cidades fluminenses! Indicação Legislativa 1072/10
Eis, a seguir, os termos da Indicação Legislativa.

“Ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.

CONSIDERANDO a visível necessidade de equipamentos públicos culturais sob a responsabilidade do Governo do Estado, que hoje tem somente a Casa de Euclides da Cunha, em Cantagalo-RJ, fora da capital ou região metropolitana do Rio de Janeiro;

CONSIDERANDO o interesse dos artistas, agentes culturais, gestores e expectadores em ampliar as possibilidades de produção, fruição e exibição de atividades artísticas e culturais fluminenses;

CONSIDERANDO a responsabilidade e o compromisso do Governo do Estado do Rio de Janeiro em preservar e valorizar as manifestações culturais fluminenses;

CONSIDERANDO o sucesso das lonas culturais implantadas pelo município do Rio de Janeiro;

Faz-se importante se espalhar pelo Estado essa iniciativa tão bem sucedida, aumentando assim a divulgação e produção cultural no nosso Estado;

Os artistas, agentes culturais, produtores, gestores, jornalistas e cidadãos abaixo-assinados, residentes no território fluminense, solicitam que Vossa Excelência, ATENDA com a urgência necessária ao processo da INDICAÇÃO LEGISLATIVA Nº 1072/2010, do Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual André Lazaroni, a qual solicita ao Poder Executivo o envio de mensagem dispondo sobre a IMPLANTAÇÃO DE LONAS CULTURAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. A referida Indicação Legislativa apresenta o anteprojeto de Lei, com o seguinte conteúdo:

Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a implantar Lonas Culturais no Estado do Rio de Janeiro, devendo ter ao menos uma em cada município do Estado.

Art. 2º - O programa deverá ser efetuado de forma a melhor divulgar manifestações culturais para a população fluminense, em conjunto com as autoridades, ficando o Poder Executivo autorizado a abrir crédito suplementar para a implantação do disposto na presente lei.

Art. 3º - Fica autorizado o Poder Executivo a efetuar convênios com os Poderes Executivos Municipais para a realização do disposto nesta lei.

Art. 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Na certeza de termos nosso pleito atendido, encaminhamos este documento”.

Deputado André Lazaroni.

publicado por André Lazaroni em 22.12.10 |



terça-feira, dezembro 21, 2010


Realidade brasileira. Oitenta por cento das armas apreendidas no país são de baixo calibre, como revólveres, pistolas e espingardas de caça. Fuzis, metralhadoras e outros armamentos pesados fazem parte, em sua maioria, de apreensões feitas durante as operações contra o narcotráfico nas comunidades do Rio de Janeiro feitas pela Polícia Federal e pelas polícias do estado.

Reportagem de Marcos Chagas, da Agência Brasil, mostra que os dados fazem parte do Mapa do Tráfico Ilícito de Armas no Brasil e do Ranking dos Estados no Controle de Armas apresentados ontem (20/12), em Brasília, pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Os estudos foram realizados em parceria com a organização não governamental Viva Rio.

Segundo o coordenador do projeto, Antônio Rangel Bandeira, foram identificados 140 pontos de entrada de armas no Brasil, por fronteiras secas. Afirmou ele: “esse número de armas que entra pelas fronteiras secas é irrisório se comparado com o número de armas fabricadas no país, compradas legalmente, que vão para a ilegalidade. As armas curtas respondem por mais de 80% das armas apreendidas. O número de armas militares como fuzis, submetralhadoras e metralhadoras é muito reduzido”.

Pelos dados levantados no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), até setembro deste ano, circulavam no Brasil cerca de 16 milhões de armas de fogo. Desse total, 14 milhões (87%) estão com a sociedade civil. Sob a responsabilidade do Estado, figuram 2 milhões de armamentos, ou seja, 13% do total apurado. Nas mãos dos brasileiros, de acordo com o levantamento, estão 7 milhões e 600 mil armas ilegais, pouco menos das 8 milhões e 400 milhões legalizadas.

O coordenador do projeto destacou que, para melhorar esse controle, é necessário que o Estado implemente políticas mais rigorosas de fiscalização do armamento fabricado no Brasil e, também, entre os comerciantes desses produtos. Das 288 mil armas apreendidas nos últimos dez anos, constatou-se que 30% foram adquiridas legalmente. Sem controle do mercado legal, o canal está aberto para que as armas mergulhem na clandestinidade e no crime.

As armas de fabricação estrangeiras apreendidas não chegam a 20% do total. Segundo Antônio Rangel Bandeira, de cada dez armas ilegais tomadas pela polícia, oito são fabricadas por indústrias nacionais. O coordenador do projeto criticou, ainda, a autorização concedida pelo Estado a policiais, bombeiros e militares que podem adquirir, por ano, três armas a preço de fábrica.

Denunciou o coordenador: “muitos desses policiais e militares, por ganharem mal ou por outro motivo qualquer, revendem esses armamentos de forma ilegal fazendo disso um comércio”. O ministro da Justiça disse que a questão será levada para análise no Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública.

O ministro Luiz Paulo Barreto disse ainda que a saída para minimizar o problema é ampliar a Campanha do Desarmamento e incentivar a população a devolver armas que portem ilegalmente, sem o perigo de serem presas ou responderem a processos criminais por conta disso.

Ele estuda a possibilidade de estender a campanha, também, para a devolução de munições. O ministro acrescentou, por fim, que o governo irá intensificar a vigilância nas fronteiras para combater tanto a entrada de armas como a de drogas.

publicado por André Lazaroni em 21.12.10 |



domingo, dezembro 19, 2010


O suplemento Ela, do jornal O Globo de sábado (18/12), publicou matéria de página inteira e bem ilustrada sobre o livro “Mate com Angu – A História de Armanda Álvaro Alberto”, escrito por minha mãe, a professora Dalva Lazaroni. Como se diz hoje em dia, a notícia bombou. Teve intensa repercussão, especialmente aqui, na Internet. O Twitter e o Facebook noticiaram várias vezes, e as respostas foram imediatas e – como a autora merece – bem favoráveis à obra e à sua escrita.


O título da matéria do Ela é este: “Educadora e feminista”. Fotos das professoras Armanda Álvaro Alberto e Dalva Lazaroni ilustram o longo, detalhado e bem escrito texto. Numa chamada, o caderno Ela diz: “A história de Armanda Álvaro Alberto, revolucionária que criou a primeira escola com merenda no país, vira livro”. Na semana que terminou ontem, também Luiz Gustavo Schimitt fez uma bela postagem no blog Bairros.com , do Jornal O Globo, sobre o livro “Mate com Angu”.

Fiquei muito feliz, tanto pelos textos publicados no importante jornal como pela repercussão. Insisto sempre que a professora Dalva fez um resgate tão fundamental da história de uma educadora notável, avançada no tempo. Não sou educador, mas falo com certeza da afirmativa: a obra pedagógica da professora Armanda se equipara à dos seus mestres inspiradores: o suíço Johann Pestalozzi, o americano John Dewey e a italiana Maria Montessori. Com o livro, Armanda Álvaro Alberto está mais presente do que nunca!

Saiba mais sobre esta bela obra. http://www.matecomanguolivro.com.br O livro Mate com Angu está à venda na livraria Travessa ou pelo site, http://www.matecomanguolivro.com.br

publicado por André Lazaroni em 19.12.10 |



sábado, dezembro 18, 2010


Caso sério. Moradores da Zona Oeste estão, como se diz popularmente, “com a pulga atrás da orelha”. Bem desconfiados. E com razão. Sabe por quê? A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) deu partida, ontem, sexta-feira (17/12), ao alto forno 2, após atender os diversos requisitos exigidos pela Secretaria do Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Que requisitos são esses? Vamos seguir as informações do Inea:

- apresentação de atestado técnico sobre a adequação dos procedimentos de controles ambientais adotados na partida do alto forno 2. O laudo foi emitido pela CH2MHILL, auditora de padrão internacional.

- Apresentação de termo de responsabilidade ambiental com designação de responsável técnico pelos procedimentos.

Adicionalmente a empresa foi advertida de que no caso do período de partida do AF2 ultrapassar cinco dias, será obrigatório o abafamento do mesmo.

Em nota oficial o Inea informa que está acompanhando todo o processo de partida junto com três especialistas independentes das empresas Hatch e Concremat e da PUC Rio. O acompanhamento do processo de partida continuará por todo final de semana, até que a totalidade da produção do AF2 seja destinada à aciaria.

O monitoramento da qualidade do ar está sendo feito em cinco estações instaladas nas comunidades nos arredores da empresa. As medições feitas ao longo de todo dia indicam que as concentrações de partículas totais variaram entre 21,2 e 38,4 microgramas por metro cúbico, valores estes até seis vezes inferiores ao padrão Conama (240 microgramas por metro cúbico).

Vamos aguardar o correr das horas e os resultados da liberação do alto forno 2 da CSA...

publicado por André Lazaroni em 18.12.10 |



sexta-feira, dezembro 17, 2010


Mais um passo à frente na sustentabilidade! As florestas brasileiras terão uma atenção a mais a partir de agora. O governo federal vai começar a inventariar a qualidade, quantidade e as regiões florestais em todos os estados do país, e os dados atualizados servirão como informações precisas para a elaboração de políticas públicas de uso e conservação dos recursos naturais.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, anunciaram ontem (16/12), no Jardim Botânico de Brasília, o início das atividades para a realização do Inventário Florestal Nacional.

A iniciativa vai levantar dados que vão subsidiar também as ações do Brasil em fóruns internacionais, em especial nos eventos sobre mudanças climáticas e conservação da biodiversidade. A reportagem é de Carine Correa, da Ascom do MMA. Durante o evento, uma equipe da Universidade de Brasília (UnB) fez uma demonstração da medição de uma área do Jardim Botânico.

A UnB será parceira do Serviço Florestal no levantamento de informações de 67 pontos amostrais do Distrito Federal. De acordo com a ministra Izabella Teixeira, o inventário será um instrumento de base técnica científica que fornecerá dados precisos nos processos de negociação e análise para um planejamento ambiental adequado e eficiente.

Afirmou ela: “a sociedade brasileira não tem informação suficiente sobre as florestas do país, e esse trabalho vai subsidiar também o debate sobre conservação da biodiversidade e mudanças climáticas. Com isso, poderemos convencer tomadores de decisão de diferentes setores a disponibilizar recursos permanentes para as florestas, entre outras medidas”.

O Inventário Florestal Nacional contará com cerca de 20 mil pontos amostrais distribuídos por todo o Brasil, que estarão localizados a 20 quilômetros uns dos outros. Em cada local, equipes buscarão informações como número, altura, diâmetro e espécies de árvores, tipo de solo, estoque de carbono e biomassa. Também será feito um levantamento socioambiental para conhecer a relação das populações locais com a floresta.

Para o diretor do Jardim Botânico de Brasília, Antônio Carlos Hummel, esta será uma oportunidade única de mostrar o real estado das florestas nacionais. Ele ressaltou que, apesar de já haver um monitoramento via satélite, o trabalho de campo bem planejado e com metodologia integrada entre os estados da Federação permitirá que haja dados pertinentes. Assim se terá uma atuação mais consistente no que se refere à conservação destes recursos naturais.

As florestas brasileiras ocupam 516 milhões de hectares, cerca de 60% das áreas do país, mas ainda não existem informações amplas e sistematizadas sobre esse patrimônio natural. O Inventário Florestal Nacional será o marco zero deste levantamento e servirá como referência para analisar mudanças na distribuição e composição das florestas e na relação das populações que habitam nestas regiões.

As equipes responsáveis pela coleta de dados vão visitar todas as regiões e estados e verificar também aspectos como a condição fitossanitária (saúde) das árvores, quantidade de matéria orgânica morta e vestígios de exploração florestal. O Amazonas terá o maior número de pontos amostrais (3.906), e o estado de Sergipe o menor (55).

Hoje, o Serviço Florestal vai promover o 1º Encontro do Sistema Nacional de Informações Florestais no Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor). Serão lançados ainda o Portal Nacional da Gestão Florestal e o livro de bolso Florestas do Brasil em Resumo 2010, e haverá a apresentação do status do Sistema Nacional de Informações Florestais.

publicado por André Lazaroni em 17.12.10 |



quinta-feira, dezembro 16, 2010


Mais um cenário altamente positivo do programa das UPPs: a revitalização de comunidades pacificadas está chamando a atenção de empresas privadas. Há alguns anos, fábricas e empreendimentos se mudavam ou evitavam se instalar em regiões dominadas pelo tráfico de drogas por medo da violência. Hoje, com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o cenário é outro.

Muitas empresas planejam fixar território em locais recuperados pelo Estado. Um exemplo dessa nova realidade é a instalação de uma empresa multinacional na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade.
Disse a subsecretária de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Renata Cavalcanti: “nas últimas décadas, muitas empresas deixaram o Rio de Janeiro, alegando falta de segurança para suas operações. As áreas ficaram muito degradadas. O resultado era o desemprego. Notamos que a política de segurança está fazendo com que muitos empresários se interessem em investir próximo a locais onde existem UPPs. É o caso da Procter & Gamble, que gera 500 empregos na Cidade de Deus”.
Em entrevista ontem (15/12) a uma rádio da capital, a subsecretária falou sobre o projeto do governo estadual, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, de legalização de pequenas e microempresas de comunidades carentes.
No último fim de semana, no Complexo do Alemão, a Investe Rio (Agência de Fomento do Rio de Janeiro) participou do programa municipal Empresa Bacana, oferecendo créditos e assessoria para os comerciantes. Dezoito empreendedores foram atendidos. A partir de janeiro, a Investe Rio instalará um posto avançado de atendimento na comunidade da Zona Norte.
Explicou a subsecretária: “nós temos também um programa de incentivo tributário para o setor de distribuição chamado Riolog. Hoje, 70 empresas inscritas nessa ação estão sendo analisadas. Treze empreendimentos estão em torno no Alemão e vão revitalizar a área. Cinco empresas estão aprovadas e as outras oito estão em fase de aprovação. Esperamos que com esses empreendimentos possamos gerar 740 empregos diretos e 2.200 indiretos no entorno do complexo. Vila da Penha, Bonsucesso e Ramos serão contemplados”.
As empresas estão promovendo por conta própria seus treinamentos para captar mão de obra. CEG, Light e Cedae têm um programa que capacita instaladores nas áreas de gás, luz e água. Agora, com o apoio do governo, estão desenvolvendo um projeto itinerante, que ficará três meses nas comunidades. Depois de treinado, o pessoal é contratado pelas prestadoras de serviços das concessionárias. O projeto piloto aconteceu no Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, na Zona Sul, e 100% das pessoas foram contratadas.

Um dos cursos mais procurados é o de call center, ministrado pelos governos estadual e municipal. Mais de três mil jovens entre 18 e 29 anos já participaram do treinamento, que inclui ainda aulas de língua estrangeira. De acordo com a subsecretária de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, a capacitação será ampliada para atender às empresas que estão retornando e se instalando no estado.

O pacote de incentivos aos empreendedores beneficiará os bairros do Méier e Engenho Novo, na Zona Norte da cidade, e Campo Grande, na Zona Oeste.

publicado por André Lazaroni em 16.12.10 |



quarta-feira, dezembro 15, 2010


Alô, São Gonçalo! Hoje é dia de festa! O Parque Ambiental Praia das Pedrinhas, o Piscinão de São Gonçalo, já está pronto para receber a estação mais quente do ano. O lago artificial, que fechou para a manutenção preventiva no dia 22 de novembro, será reaberto hoje (15/12). Tenho me empenhado muito, como deputado, por esse benefício para a população do grande município.

E o piscinão volta cheio de novidades. Entre elas, o concurso da Musa do Piscinão e a chegada do Papai Noel. Outra novidade é o tradicional projeto Botinho do Corpo de Bombeiros, que será implantado em janeiro. O lago será reaberto para a população com a mesma infraestrutura apresentada desde quando foi inaugurado. A manutenção ocorreu de forma preventiva para melhorar ainda mais a qualidade da piscina artificial para a população.

O subsecretário de governo da Região Metropolitana, Alexandre Felipe, garantiu: “o piscinão está pronto para receber o verão. Nós nos preocupamos em oferecer sempre o melhor para a população e a manutenção foi para assegurar a qualidade do banho e do lazer”.

Papai Noel descerá de helicóptero no piscinão domingo (19/12), às 16 horas. Ele receberá as crianças e passará toda a tarde com elas, tirando fotos e distribuindo brinquedos. Mas o dia será marcado também com recreações, teatro de bonecos, apresentação do Piscilata, distribuição de picolés, entre outros movimentos.

O Piscinão funcionará de terça a domingo, das 8h às 18h, com capacidade para 13 mil pessoas. A entrada é grátis, e há catracas e seguranças para controlar a circulação de visitantes. A linha de ônibus 20-A da Viação Estrela passa no local.

publicado por André Lazaroni em 15.12.10 |



terça-feira, dezembro 14, 2010


Depois de muita luta a vitória! Criado oficialmente o Parque Estadual Restinga de Bertioga, em São Paulo. Com 9,3 mil hectares, ele ajudará a manter a biodiversidade e serviços ambientais úteis a toda a sociedade. O decreto da criação foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo. O parque também formará um “corredor ecológico” interligando regiões litorâneas à Serra do Mar.

Como unidade de conservação de proteção integral, ele será mais um espaço dedicado ao ecoturismo, lazer e educação ambiental para os brasileiros. A criação do parque havia sido aprovada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Consema) no fim de outubro, e é uma prioridade para o WWF-Brasil, que promoveu ações para mobilização pública e via Internet, colhendo amplo apoio social à ampliação da área protegida na Mata Atlântica.

A área agora oficialmente protegida abriga rios que abastecem grande região do estado de São Paulo e espécies ameaçadas e exclusivas do bioma estava antes vulnerável à pressão imobiliária e turística desordenada. Para Claudio Maretti, superintendente de Conservação do WWF-Brasil, a criação do parque representa a vitória de um processo que contou com amplos estudos técnicos e ajuda a completar uma lacuna importante na conservação da Mata Atlântica, pois não havia nenhuma amostra suficientemente protegida das restingas no centro do estado.

Os processos de consulta pública e de negociação política foram exaustivos, aceitando alternativas de conservação privada. Disse o dirigente do WWF-Brasil: “louvamos a iniciativa do governo e reafirmamos nosso empenho de continuar apoiando o sistema estadual para melhorar sua gestão. Vale ressaltar que, diferentemente do que alguns qualificam como entrave ao desenvolvimento, áreas como o parque de Bertioga valorizaram ainda mais o turismo nessa região magnífica do litoral brasileiro”.

Segundo a especialista em conservação da Mata Atlântica do WWF-Brasil, Luciana Simões, agora será necessário implementar o mais novo parque estadual de São Paulo, destinando recursos e infraestrutura para sua gestão e fiscalização, o que pode ocorrer em parceria com o próprio município de Bertioga. Além disso, é preciso formar um conselho gestor com representação equilibrada entre governo e sociedade e disparar a elaboração do plano de manejo, espécie de manual de uso da unidade.

Com suas florestas, campos, restingas e manguezais reduzidos a menos de um terço da área original, a Mata Atlântica é hoje o mais degradado dos biomas brasileiros. Menos de 8% de sua vegetação estão bem conservados. Mesmo assim, seus remanescentes ainda prestam “serviços ambientais” indispensáveis a 123 milhões de brasileiros (67% da população) que vivem na região, como proteger e manter rios, lagos, evitar a queda de encostas, regular o clima e a qualidade do ar.

Estudo da Rede WWF e do Banco Mundial revelou que mais de trinta das 105 maiores cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, dependem da água fornecida por unidades de conservação e avaliou que as matas distribuídas às margens de cursos d´água na Mata Atlântica estão comprometidas. Quando preservadas, por exemplo, servem para conter enchentes e proteger a biodiversidade formando corredores entre áreas conservadas. Atualmente, existem 123 unidades de conservação federais e 225 unidades de conservação estaduais na Mata Atlântica, somando quase 75 mil quilômetros quadrados.

publicado por André Lazaroni em 14.12.10 |



segunda-feira, dezembro 13, 2010


Batalha ainda perdida pela cultura! Dos 5.565 municípios brasileiros, cerca de 80% não têm museu. Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) nos últimos quatro anos mostra que em todo o país o número de instituições chega a 3.025, distribuídas em 21,1% dos municípios brasileiros, a maioria com população acima de 100 mil habitantes. O levantamento Museu em Números será divulgado amanhã (14/12), aqui no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente do Ibram, José do Nascimento Junior, o número de unidades ainda é pequeno na comparação com o de outros países. A pesquisa revela que apenas os grandes municípios têm museus. Disse ele à Agência Brasil, em reportagem de Ivan Richard: “boa parte dos municípios do interior ainda não se relaciona com esse universo. O Centro-Oeste, o Nordeste e o Norte ainda não têm uma estrutura cultural que dê para o conjunto dos seus cidadãos a oportunidade de se relacionar com museus”.

O levantamento do Ibram mostrará que o número de museus supera o de salas de teatro e de cinema. Apesar disso, José Nascimento Junior avalia que o número ainda é insuficiente: “Se pensarmos no contexto de outras nações, ainda temos um trabalho muito grande. Não é apenas ter o museu, mas ressaltar a importância de não se ter um museu. Isso significa que parte da história do Brasil, da memória local, não está sendo preservada. A busca do Ibram e da Política Nacional de Museu e, agora com o plano setorial, é que nos próximos dez anos possamos mudar essa realidade”.

Segundo o dirigente, a ideia é que na próxima década os museus cheguem a, pelo menos, metade das cidades do país. “O ideal é 100% dos municípios. Mas sabemos que nos próximos dez anos é impossível alcançar isso e queremos passar dos 50% de municípios com museus. Seria uma mudança significativa”. Além do total de museus no país, o levantamento trará informações sobre o estado de conservação dessas instituições.

Para o presidente do Ibram, devido à falta de políticas voltadas aos museus no passado, há a necessidade de recuperar o tempo perdido: “temos que entender que essa área ficou muito tempo sem investimentos, que estamos recuperando o parque de investimentos com uma série de ações do governo feitas agora e que estamos em uma direção de consolidação desses investimentos.”

De acordo com José Nascimento Junior, em 2003 o país destinou cerca de R$ 20 milhões para a área de museus. Esse valor passou para R$ 120 milhões em 2009. “Para que a gente dê conta do desafio de uma política cultural na área museológica, os investimentos têm que chegar a patamar anual de mais de R$ 200 milhões para que, em dez anos, a gente possa recuperar a infraestrutura do setor e preparar o Brasil para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Turistas que aqui chegarem também vão querer ir a museus”.

publicado por André Lazaroni em 13.12.10 |



sábado, dezembro 11, 2010


Como se previa, a 16ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança Climática, COP-16, terminou na madrugada de ontem (11/12), sob aplausos, mas com resultados modestos. De qualquer maneira, como argumentou um ambientalista brasileiro, foi aprovada uma série de acordos que retomam a direção do processo internacional. É de se esperar que na conferência de 2011, em Durban, África do Sul, possa sair o acordo que aumente o prazo do Tratado de Kyoto ou que o substitua com vantagens.


Em Cancun, pela primeira vez, como ponderou a BBC e a Agência Brasil, a manutenção da elevação da temperatura global em 2 graus Celsius (ºC), com previsões de revisão desse objetivo entre 2013 e 2015 para 1,5ºC, como recomendam cientistas, entrou em um documento internacional. O texto também estabelece a operação de um Fundo Verde que, até 2020, deverá liberar US$ 100 bilhões por ano, administrado por organismos da ONU, com a participação do Banco Mundial como tesoureiro.

Um conselho administrativo deverá ser composto por 40 representantes: 25 de países em desenvolvimento e 15 dos países ricos. Representantes de 194 países aprovaram, apesar da oposição isolada da Bolívia, compromissos que incluem os pontos mais importantes do Acordo de Copenhague, a carta de intenções que foi produzida na reunião de 2009, e introduzem avanços importantes.

Foi aprovado também, embora ainda sejam necessários ajustes para garantir o início de funcionamento, o mecanismo de conservação das florestas conhecido a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, REDD. O financiamento das ações de REDD, especificamente se os fundos poderão ser provenientes de mercados de carbono, ficou adiado para as discussões do ano que vem, em Durban.

ONGs criticaram as salvaguardas dos projetos de REDD, para garantir entre outros pontos, a defesa de direitos indígenas e da biodiversidade, que acabaram incluídas em um anexo ao documento. Repetindo: apesar dos avanços, o acordo de Cancún ficou aquém do que se esperava antes de Copenhague, quando existia a expectativa de um acordo legalmente vinculante, com metas ambiciosas de redução de emissão de gases para países ricos e pacotes de financiamento para países em desenvolvimento.

publicado por André Lazaroni em 11.12.10 |



quinta-feira, dezembro 09, 2010


Mais avanço na sustentabilidade. Uma das matérias-primas que a Embrapa está pesquisando como alternativa para o biodiesel também se torna, com êxito, bioquerosene para a aviação. A empresa aérea TAM faz vôos de teste, desde o dia 22 de novembro, com um Airbus A320, que está utilizando biocombustível para aviação a partir do pinhão-manso. Em seu vôo inicial, a primeira experiência na América Latina, o Airbus A320 decolou do aeroporto Tom Jobim (Galeão), no Rio, e sobrevoou o Oceano Atlântico por 45 minutos, retornando ao ponto de partida.

Reportagem de Daniela Garcia Collares, da Embrapa, revela que a experiência com o Airbus A320 se deve aos novos movimentos da aviação que indicam o crescimento do cuidado com o meio ambiente. O transporte aéreo mundial é responsável por cerca de 2% dos gases de efeito estufa liberados na atmosfera. O uso de combustível renovável é uma opção para reduzir essas emissões.

Segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo – IATA – o pinhão-manso é uma das três matérias-primas mais promissoras do mundo para a aviação. A previsão é de que esse biocombustível possa ser incorporado ao cotidiano aeronáutico dentro de cinco anos.

O bioquerosene foi elaborado pela empresa UOP LLC, do Grupo Honeyweel, nos Estados Unidos, transformando óleo de pinhão-manso em bioquerosene e realizando a mistura com o Justificarquerosene convencional de aviação, na proporção de 50%. O gerente de Energia da TAM, Paulus Figueiredo, afirmou: “temos interesse em conhecer o processo, principalmente o ciclo de vida de emissões e os custos que devem ser compatíveis ou menores do que o querosene convencional”.

A TAM está empenhada, em parceria com a Associação Brasileira de Produtores de Pinhão-Manso (ABPPM), em adquirir a matéria-prima brasileira e utilizá-la na produção desse biocombustível com benefícios econômicos e sociais relevantes, já que é oriunda de projetos da agricultura familiar e empresarial.

Declarou Paulus Figueiredo: “optamos pelo pinhão-manso principalmente por não ser comestível por animais e seres humanos, por ser uma planta resistente a climas e solos desprivilegiados, e, entre outros fatores, para incentivar a agricultura brasileira em relação à planta com uma utilização não considerada pelos pioneiros nessa cultura”.

As pesquisas no Brasil são fundamentais para que se possa garantir a adoção da melhor opção para o querosene de aviação renovável. As pesquisas para a domesticação do pinhão-manso são cruciais para garantir melhor produtividade, o que traz mais competitividade no custo final e no ciclo de vida das emissões.

Esses trabalhos estão em andamento sob a coordenação da Embrapa Agroenergia em parceria com outras unidades da empresa e com instituições publicas e privadas, como o caso da ABPPM. Bruno Laviola, pesquisador da Embrapa Agroenergia, ainda destaca que o pinhão-manso não concorre com a agricultura de alimentos.

Pesquisas estão sendo executadas em todas as áreas da cadeia produtiva, envolvendo melhoramento genético, biologia avançada, desenvolvimento de sistema de produção, colheita e pós-colheita que visa à qualidade do óleo, destoxificação da torta e estudos socioeconômicos e ambientais nas diversas regiões brasileiras.

Os trabalhos estão em andamento nos campos experimentais das unidades da Embrapa, sendo que foi montando um Banco de Germoplasma com acessos de origem de diversas regiões do Brasil, além de unidades de observação – UO - Maranhão, Pará e Mato Grosso.

Disse Bruno Laviola: “as informações obtidas a partir dos resultados poderão contribuir para o futuro do domínio tecnológico da cultura voltado a diferentes regiões produtoras”. Para a TAM, todas as pesquisas sempre devem considerar os impactos sociais, econômicos e ambientais da alternativa não-fóssil ao querosene de aviação, mantendo ou superando-o em aspectos de qualidade e sustentabilidade.

Em relação aos vôos comerciais, Paulus Figueiredo acrescentou que a possibilidade de utilização dependerá de estudos de viabilidade visando a garantir o ciclo de vida de emissões e custos compatíveis. A parceria entre pesquisa, produção rural, indústria e empresa aérea para a produção do bioquerosene é importante porque traz amplos benefícios para todos os envolvidos.

O produtor rural, ao implantar a plantação consorciada, obtém maior produtividade (consequência da domesticação e da reprodução de material genético ótimo, um resultado das pesquisas) e melhor remuneração; a indústria, por outro lado, tem seus requisitos de sustentabilidade atendidos, considerando impacto socioeconômico e ambiental.

Em maio deste ano, foi formada a Aliança Brasileira para Biocombustíveis de Aviação – Abraba – composta por empresas aéreas e de pesquisa de biocombustíveis, produtores de biomassa e fabricantes aeronáuticos visando ao desenvolvimento e à certificação de biocombustíveis sustentáveis para a aviação. A Abraba acredita que a utilização de combustíveis renováveis produzidos a partir de biomassa é fundamental para manter o crescimento da indústria de aviação em uma economia de baixa emissão de carbono.

A reconhecida capacidade do Brasil em desenvolver fontes energéticas alternativas, aliada ao conhecimento das tecnologias aeronáuticas, resultará em um significativo ganho para o meio ambiente, minimizando o impacto sobre o desenvolvimento econômico. O ideal é que os motores das aeronaves consigam se adaptar ao novo combustível sem grandes alterações técnicas.

A idéia é transportar passageiros usando biocombustíveis em um futuro próximo. Para Fernando Rockert de Magalhães, vice-presidente técnico da Gol, a partir de 2012, os biocombustíveis devem se tornar uma realidade na aviação. A Gol tem a mesma preocupação da TAM. A Embraer já comercializa o modelo agrícola Ipanema, primeira aeronave produzida em série para voar com etanol.

publicado por André Lazaroni em 9.12.10 |



quarta-feira, dezembro 08, 2010


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou a terça-feira (7/12) no Rio de Janeiro, foi generoso com o estado e a Cidade Maravilhosa e deu a todos nós bons (antes da hora!) presentes de Natal. Um deles: o Exército vai permanecer no Complexo do Alemão o “tempo que for necessário” e que os poderes constituídos não podem fazer acordo com bandidos. O presidente falou durante a cerimônia de lançamento do programa Cartão Família Carioca, projeto de complementação de renda da prefeitura do Rio para famílias beneficiadas pelo Bolsa Família na cidade.

O Exército ocupa os acessos ao conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte, desde o dia 28 de novembro, junto com as polícias. O governador Sérgio Cabral havia reivindicado a permanência das Forças Armadas na comunidade até outubro de 2011, para que seja possível planejar a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), da Polícia Militar do Rio, no complexo.

Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “todo mundo no Brasil está olhando o bem que foi a parceria entre as Forças Armadas e a polícia do Rio de Janeiro, atendendo a um pedido do governador. O que nós não queremos é que o Exército venha fazer o papel da polícia, porque esse não é o papel do Exército. O que nós queremos é que o Exército dê garantia para que a polícia do Rio de Janeiro faça o trabalho que tem que ser feito”.

O presidente da República não deixou de fazer uma última afirmação, ontem, a cariocas e fluminenses: notou nas entrevistas dadas por policiais à imprensa, depois da operação no Complexo do Alemão, o orgulho deles em pertencerem às corporações.

publicado por André Lazaroni em 8.12.10 |



terça-feira, dezembro 07, 2010


Tenho o maior prazer de convidar todos os amigos, e os amigos e admiradores de minha mãe, a professora e escritora Dalva Lazaroni, para o lançamento de seu novo livro “Mate com Angu – A História de Armanda Álvaro Alberto”, hoje, a partir das 18h30, na Biblioteca Leonel de Mora Brizola, em Duque de Caxias. É uma grande obra biográfica. Armanda Álvaro Alberto, na primeira metade do século passado, executou num pequeno bairro de Caxias um revolucionário projeto educacional.

Minha mãe, que a conheceu pessoalmente, fez pesquisas que duraram muitos anos sobre sua vida e sua maravilhosa ação de educadora. Agora, todos nós podemos conhecer em profundidade o legado da professora Armanda, no livro publicado pela Editora Europa. A Prefeitura de Duque de Caxias, a Secretaria de Cultura e Turismo e a Academia Duquecaxiense de Letras e Artes se associam à noite de autógrafos.

Vamos lá, amigas e amigos! Vamos prestigiar mais esse momento de cultura! Local: Biblioteca Leonel de Moura Brizola - Centro Cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador, Duque de Caxias. Chegue cedo para a confraternização!

publicado por André Lazaroni em 7.12.10 |



segunda-feira, dezembro 06, 2010


Passados os acontecimentos que tanto preocuparam cariocas e fluminenses – com a feliz tomada de áreas antes ocupadas pelo narcotráfico – o Rio de Janeiro volta a intensificar a campanha pelos nossos direitos sobre o petróleo extraído da Bacia de Campos. Em decisão miserável, e no frio da madrugada brasiliense, o Congresso atentou contra os interesses do Rio de Janeiro e Espírito Santo, ao aprovar emendas que subtraem recursos legítimos dos dois estados produtores.

Como bem lembrou o secretário Júlio Bueno, de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado, “a proposta aprovada no Congresso impõe perdas de 97% não só para o petróleo a ser licitado, mas para tudo que já foi licitado e até mesmo o que está em produção”. Vamos brigar! E brigar com toda a nossa força! Estamos mais unidos do que nunca! Não serão emendas parlamentares politicamente oportunistas que irão brecar esse tempo positivo em que há tanta unidade nas três esferas de governo – federal, estadual e municipal.

publicado por André Lazaroni em 6.12.10 |



domingo, dezembro 05, 2010


Alô, São Gonçalo! Boa nova confirmada: o governo do estado, através da Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro conseguiu aprovar um aporte de R$ 44 milhões no grupo executivo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para investir na recuperação ambiental da bacia do Rio Imboaçu, no grande município da região metropolitana.

O grupo executivo também aprovou transferência de R$ 60 milhões remanescentes do PAC 1 da prefeitura de São Gonçalo para o governo do estado. Os recursos serão usados na execução da obra, que poderá beneficiar cerca de 900 mil pessoas. Uma das principais intervenções a serem realizadas na bacia do Rio Imboaçu é a macrodrenagem, inédita no município, para tentar acabar com as inundações.

O contrato de repasse da verba deverá ser assinado entre a Caixa Econômica Federal, o governo do estado e a Secretaria do Ambiente até o final de dezembro. A licitação para a obra e o reassentamento de 329 famílias que moram às margens do rio será feito até fevereiro do próximo ano. As obras devem começar em maio de 2011.

Segundo o presidente do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Luiz Firmino Martins, além de acabar com as inundações, as obras na bacia do Rio Imboaçu também devem beneficiar o saneamento básico da região. Haverá uma articulação para ter o saneamento básico também avançando.

publicado por André Lazaroni em 5.12.10 |



sábado, dezembro 04, 2010


Avanço social e sustentabilidade. Populações tradicionais, agricultores familiares, assentados do Incra e catadores de recicláveis terão oportunidade de fazer negócios e ter capacitação técnica a partir do próximo ano. O Ministério do Meio Ambiente e o Sebrae assinaram ontem (3/12), em Brasília, acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento de programas e projetos conjuntos relacionados a cadeias produtivas da sociobiodiversidade, logística reversa e gestão integrada de resíduos sólidos.

De acordo com a ministra Izabella Teixeira, do MMA, sem visão econômica e social não será possível alcançar os objetivos da agenda ambiental do país. Disse ela: “quando falamos de proteção ambiental nos referimos não só à natureza, mas a toda a população brasileira. Por isso, é importante trabalhar com comunidades e populações tradicionais. Com este acordo estamos estudando novas metodologias e possibilidades de trabalho, promoção de qualidade de vida e melhoria de renda para estes povos. Eles precisam de mais oportunidades e nós precisamos deles para proteger as florestas”.

Izabella Teixeira explicou que o segundo ponto do acordo está relacionado aos catadores de lixo: “esta questão é um desafio monumental. Estes trabalhadores atuam em condições muito difíceis, sofrem preconceito, rejeição e costumam ser marginalizados. Não são vistos como profissionais. Em Belo Horizonte, por exemplo, eles representam 40% da mão de obra responsável pela limpeza e reciclagem da cidade. Pretendemos por meio deste acordo profissionalizar e melhorar as condições de trabalho dos catadores”.

O MMA já trabalha junto ao Sebrae e outros ministérios em uma série de atividades com comunidades de agricultores familiares, assentados do Incra e populações tradicionais ligados ao Plano Nacional para a Promoção das Cadeias dos Produtos da Sociobiodiversidade. A intenção é capacitar essas populações para que desenvolvam sustentabilidade socioambiental e possam atender às exigências de novos mercados.

No que se refere à Política Nacional de Resíduos Sólidos, o acordo entre o MMA e Sebrae prevê o associativismo e cooperativismo entre catadores autônomos, para que saiam da informalidade e se associem de forma a promover um aumento significativo na escala econômica da atividade.

Segundo o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, o tema da sustentabilidade já é uma questão que interfere diretamente na competitividade, e os pequenos e médios produtores e empreendedores precisam estar alinhados a esta tendência. Assegurou ele: “a partir deste convênio estaremos produzindo juntos conhecimento adequado para levar a este público que está desenvolvendo pequenos negócios em todo o Brasil”.

Ainda ontem (3/12), em Brasília, a ministra do Meio Ambiente participou da cerimônia de abertura do V Fórum Governamental de Gestão Ambiental na Administração Pública, na Procuradoria Geral da República (PGR), cujo tema de debate foi o descarte de lixo eletrônico.

Durante o evento, Izabella Teixeira e a procuradora Débora Duprat Pereira assinaram o termo de adesão da PGR à gestão ambiental na administração pública. O ministério já computa 107 adesões numa rede de 600 organizações. O desafio é chegar a 1200 instituições associadas.

Pesquisa realizada pelo MMA sobre sustentabilidade e comportamento dos brasileiros em relação às questões ambientais e reciclagem do lixo aponta que 63% da população acreditam que os principais responsáveis pela coleta e reciclagem do lixo são os catadores. O levantamento indica ainda que 90% dos participantes se dispuseram a eliminar o uso das sacolas plásticas.

Segundo Débora Duprat, a Procuradoria Geral da República tem por missão constitucional a defesa do meio ambiente. Afirmou ela: “devemos ser exemplo da observância da legislação ambiental e ter práticas sustentáveis para que possamos cobrar o mesmo papel de todos os setores da sociedade”.

publicado por André Lazaroni em 4.12.10 |



quinta-feira, dezembro 02, 2010


Se o Complexo do Alemão, na Zona Norte, faz muito sucesso na imprensa nacional e internacional, o que dizer do Complexo Rubem Braga, na Zona Sul? Ótima notícia: ele virou um novo point do Rio de Janeiro! Isso mesmo! O Complexo Rubem Braga, que fica bem em frente ao Morro do Cantagalo, se transformou em concorrida atração turística como Corcovado, Pão de Açúcar, Praia de Copacabana, Maracanã... Fica assim minimizado na Zona Sul o efeito da chamada “cidade partida”.

Muita gente lembra que a ideia fundamental de integrar os 10 mil moradores da área com o metrô de Ipanema, ganhou muito com a arquitetura inovadora do Complexo Rubem Braga e a vista de 360 graus para as praias de Ipanema e Leblon, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Cristo Redentor. Esse conjunto turístico é atrativo difícil de resistir. Até um editorial de moda já foi realizado no complexo, cujo nome homenageia um dos maiores cronistas da literatura brasileira, que morou por anos nas redondezas.

Foram construídas duas torres, de 65 e 21 metros de altura, cada uma equipada com dois elevadores de alta capacidade, que, juntos transportam até 100 pessoas ao mesmo tempo, se tornando uma importante alternativa para quem precisava enfrentar mais de 400 degraus para chegar ao alto do morro. No local onde fica o complexo, havia um grande lixão, que servia de depósito de carroças e material de ambulantes.

Com a obra, a região foi revitalizada e a cultura carioca, valorizada. A Bossa Nova foi homenageada com um amplo painel na entrada do metrô, com texto de Ruy Castro. Por dia, além dos moradores, o mirante chega a receber até 300 visitantes, e os elevadores transportes até cinco mil pessoas diariamente.

O secretário Júlio Lopes, dos Transportes, não se cansa de elogiar o novo point turístico: “hoje é difícil passar na esquina das ruas Barão da Torre e Teixeira de Melo, área antes degradada, e não olhar para tamanha beleza. O mais interessante é que o mirante foi batizado pelos próprios moradores do Cantagalo: Mirante da Paz. É bem o espírito que vive a cidade, o estado. O governo está devolvendo o Rio para a população fluminense. Esse projeto tão significativo em termos de turismo, de transporte e, sobretudo, de acessibilidade é mais um presente”.

O resgate do charme da área que fica entre Copacabana e Ipanema foi alcançado também com a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) nos morros do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho. A UPP, o metrô e o Complexo Rubem Braga valorizaram, inclusive, o mercado imobiliário.

O Conselho Regional de Corretores estima uma recuperação de até 50% no preço dos imóveis de áreas revitalizadas pelo Governo do Estado. Em breve, o Complexo Rubem Braga receberá ainda uma unidade do Rio Poupa Tempo, onde serão oferecidos serviços públicos à comunidade local.

publicado por André Lazaroni em 2.12.10 |



quarta-feira, dezembro 01, 2010


Presença imediata do estado no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro. Cumprindo determinação do governador Sérgio Cabral, a Secretaria de Trabalho e Renda, inicia hoje (1/12) uma ação social de proporções nunca vistas na oferta de emprego e de renda naqueles bairros da Zona Norte. Vários programas e serviços, envolvendo intermediação de mão de obra, emissão de documentos e qualificação profissional, serão oferecidos gratuitamente para os moradores das comunidades livres do domínio do tráfico.

A partir das 9h de amanhã, quarta-feira, duas unidades móveis, localizadas uma em cada comunidade, vão oferecer serviços como emissão de carteira de trabalho (1ª e 2ª vias), fotos 3x4 e 500 vagas de emprego no mercado formal. Já os técnicos da Ouvidoria do Trabalho vão tirar dúvidas relacionadas a demissões, FGTS, benefícios, carteira sem assinatura, denúncias, rescisão contratual e acompanhamento para emprego.

Além disso, numa medida inédita, o programa Cidadão Olímpico, ônibus-escola cujo objetivo é qualificar mão de obra para os milhares de empregos que serão gerados na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, terá como próxima parada as comunidades livres do domínio do tráfico.

São dois ônibus, com 330 oportunidades em cursos de qualificação profissional voltados para os setores de Turismo e de Hotelaria. Ao todo, são 110 vagas para agente de turismo, 110 para arrumadeira e camareira e 110 para garçom e barman, além de 400 vagas para curso básico de informática.

O programa conta com aulas de inglês, turismo, informática, cidadania e orientações sobre os Jogos Olímpicos. O curso prevê certificado para quem tiver frequência mínima de 80%. De acordo com os módulos do programa, os alunos ganham material didático, composto por apostila, dicionário inglês/português e CD ROM, com atividades interativas. O curso tem duração de quatro meses com sistema semipresencial; ou seja, os alunos também poderão estudar em casa ou em lan houses.

A Defensoria Pública também já se faz presente na base de operações das forças policiais no Complexo do Alemão, na Estrada do Itararé, para prestar assistência jurídica aos moradores da localidade. O atendimento está sendo feito em um ônibus. Ontem (30/11), primeiro dia de plantão, a Defensoria Pública se fez representar no local pela coordenação da campanha Cidadania, Eu Defendo e pelo Núcleo de Direitos Humanos.

Entre os serviços que estão sendo oferecidos no posto estão segunda via de documentos e procurações. Os moradores das comunidades também poderão registrar queixas em casos de furtos e saques a residência. A Defensoria Pública oferece ainda auxílio jurídico a traficantes que queiram se render.

É isso aí, gente. Sem a presença permanente e cada vez mais continuada do estado e da sociedade – com saúde, educação, segurança, organizações de apoio, empresas e empregos, qualificados ou não - pouco mudará nos bairros assistidos.

publicado por André Lazaroni em 1.12.10 |




Sobre este Blog
Blog do Deputado Estadual. Opine, vamos fazer o meio ambiente ser preservado
 
 
Últimos Posts
Arquivos
 
Amazônia Azul

faça o download do PDF



Powered by Blogger