Andre Lazaroni

quarta-feira, junho 13, 2012


Em diversos lugares do planeta, milhares de pessoas sofrem com a falta do bem mais precioso que a natureza nos dá, a água, e mais ainda pela má utilização dela. Hoje, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo ainda não tem acesso à água limpa. Por conta disso, algumas medidas estão sendo tomadas para que o reúso de água esteja inserido nas leis do nosso país.
Para abastecer o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, no mês de outubro, a ETE Alegria, no Caju, vai ganhar uma Unidade de Tratamento Terciário do esgoto que será o maior sistema de reúso de água do mundo. A operação tem necessidade de 1.500 litros por segundo onde o esgoto da estação será tratado três vezes e transportado para o Comperj através de uma adutora de 49km. Com saída na ETE, a tubulação passará pela Baía de Guanabara até a estação de tratamento de São Gonçalo e seguirá mais 32km até a Comperj, em Itaboraí.
Como deputado, tenho legislado muito sobre esse elemento vital que, segundo a Declaração Universal dos Direitos da Água, “não é somente uma herança dos nossos antepassados. Ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras”.
Com base nisso, criei o projeto de lei nº 3258/2010, que estabelece o uso eficiente da água nos estaleiros. Transformado em lei, ele determina que os estaleiros do Estado do Rio passem a reaproveitar e reutilizar a água nos serviços de reparos e manutenção em navios com lavagem de casco jateados com água. A água é encaminhada para o tratamento nas Estações de Tratamento, onde o efluente passará por um processo de filtragem e cloração. Com esta "reciclagem" é possível eliminar os poluentes e microorganismos transformando em água de reuso, 90% livre das impurezas.
Na justificativa, afirmei que o reaproveitamento e reutilização são uma alternativa capaz de racionalizar o uso da água potável. Este subproduto é conhecido como água de reuso que é muito utilizada em países como os Estados Unidos, França, Alemanha, Japão e Coréia do Sul. Desenvolvida com sucesso para fins industriais e agrícolas, a água de reuso não é potável, mas pode ser utilizada de inúmeras formas, como por exemplo, na lavagem das ruas, de filtros das próprias estações de tratamento, cascos de navios e rega de jardins públicos.
Com o aumento populacional a tendência é agravar cada vez mais o problema. O uso irresponsável da água nos grandes centros urbanos, assim como nas indústrias, tem sido totalmente predatório ao meio ambiente. Portanto, caros leitores, poupar e usar a água de forma racional com consciência coletiva é a minha contribuição para a preservação dessa dádiva da natureza que é a água.
André Lazaroni é líder do PMDB Verde e vice presidente da Comissão do Meio Ambiente.

publicado por André Lazaroni em 13.6.12



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