Andre Lazaroni

terça-feira, novembro 22, 2011

Demorar a admitir o erro, minimizar a gravidade do problema e não possuir plano de emergência eficaz. Talvez essas sejam três características semelhantes das indústrias químicas, de petróleo e gás, com grande capacidade poluidora. Isso aconteceu em 2000, quando a Petrobras lambeu de óleo grande parte da Baía de Guanabara, depois a Servatis que derramou endosulfan no Rio Paraíba do Sul ocasionando a mortandade de milhares de toneladas de peixes, e agora, mais uma vez, outro acidente com indústria de petróleo na Bacia de Campos.

A Chevron-Texaco que provocou o vazamento de petróleo na Bacia de Campos demorou para admitir o problema. Na época informou que o vazamento havia sido “entre o campo de Frade e o de Roncador – que é operado pela Petrobras - quando, na verdade, ele se deu bem próximo de uma de suas plataformas de perfuração, a Sedco706, da Transocean, a mesma proprietária da Deepwater Horizon, que provocou o acidente no Golfo do México. Vale lembrar que é improvável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar não tivessem sido detectadas nos estudos sísmicos que precedem a perfuração.

Pelos cálculos da ANP, mais de 330 barris de petróleo vazaram por dia no mar durante uma semana. Além das multas ambientais, a empresa poderá perder o direito de explorar petróleo no Brasil. Dos 28 pontos de vazamento, um ainda continua escapando e outros nove estão gotejando. A ANP informou que está acompanhando todo o processo, examinando as causas e avaliando os possíveis erros na operação da empresa. A região afetada pelo vazamento, nesta época do ano, é rota migratória de golfinhos e baleias, outras espécies marinhas além de plâncton, podendo causar impacto na cadeia alimentar e no estoque pesqueiro. O vazamento pode atingir o litoral do Rio de Janeiro prejudicando as regiões dos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e Búzios, mas não afetará os estados de Mato Grosso, Rondônia e do Piauí.

publicado por André Lazaroni em 22.11.11



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