quinta-feira, julho 14, 2011
Brasil pede solidariedade ao Sudão do Sul
O Brasil sempre dando demonstrações inequívocas de sua solidariedade, de sua generosidade e de seu companheirismo internacionais. Digo com orgulho e com emoção: nosso país é símbolo de amizade. Vejo isso pelo mundo, por ando, como vejo pelas reações dos povos-irmãos.
Agora, outro gesto da magnanimidade brasileira. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu ontem (13/7), na ONU, em Nova York, que a comunidade internacional apoie o processo de consolidação do mais novo país do mundo, o Sudão do Sul. O chanceler disse que o Brasil se dispõe a colaborar com parcerias com os sul-sudaneses. Para ele, é essencial incentivar o desenvolvimento da agricultura na região: “e a prioridade”.
Antonio Patriota discursou durante a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Para ele, a independência do Sudão do Sul representa “a coragem política” dos sul-sudaneses. Ele lembrou que por mais de quatro décadas houve conflitos entre Norte e Sul do Sudão.
A reunião do Conselho de Segurança foi convocada para discutir o ingresso do Sudão do Sul no organismo. A independência do novo país foi anunciada no último sábado, seguindo a opção da maioria dos eleitores em referendo. Mas o ingresso do país no organismo depende de votação na Assembleia Geral da ONU que analisará o assunto em sessão de hoje (14/7).
O chanceler brasileiro acrescentou que a realização do referendo, no último dia 9, só foi possível por causa do acordo de paz, assinado em 2005, entre o Norte e Sul, encerrando mais de 40 anos de guerra civil entre as duas regiões do país. Patriota lembrou: “o Brasil cooperou com as duas nações em busca de um acordo diplomático”.
O Sudão do Sul reúne cerca de 8 milhões de habitantes e está entre os países mais pobres do mundo, embora tenha grandes reservas de petróleo. Depois de anos de conflitos entre etnias e diferentes linhas políticas, o Sudão do Sul conseguiu sua autonomia, mas lamentavelmente um milhão e 500 mil pessoas morreram nesse doloroso processo. (Com Renata Giraldi/Abr)
publicado por André Lazaroni em 14.7.11
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