segunda-feira, junho 27, 2011


A maior nação capitalista do mundo reage. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem (26/6) que será lançado nos próximos dias o programa Sociedade de Produção Industrial Avançada.

A ideia é reunir especialistas do governo, integrantes da sociedade civil e empresários engajados em pesquisas de inovação.

Em seu programa semanal de rádio, Obama disse que o objetivo é que os Estados Unidos voltem a ser um país que produz, constrói e gera mais inovação do que o resto do mundo. Segundo ele, a iniciativa vai gerar emprego de qualidade e empresas mais competitivas.

Durante o pronunciamento, o presidente norte-americano reiterou que as tropas que estão no Afeganistão começarão a deixar o país neste ano. Declarou ele: “depois de uma década de conflito, finalmente estamos terminando as guerras de uma forma responsável”.

No último dia 22, Obama disse que até o fim de 2012, 33 mil homens norte-americanos sairão do Afeganistão: “apesar de termos retificado o curso da nossa economia nos últimos anos, muitos norte-americanos ainda enfrentam problemas e é hora de nos dedicarmos ao desenvolvimento do país”.

publicado por André Lazaroni em 27.6.11 |



terça-feira, junho 21, 2011


É relatório de órgão da ONU. Constatação lamentável. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, têm recebido mais refugiados do que as nações industrializadas. Em 2010, 80% das pessoas forçadas a se deslocar estavam em países mais pobres, já que nos mais ricos “cresce um sentimento antirrefugiado”.

Essas nações, quase todas na Europa, exploraram ao limite as nações pobres ou em desenvolvimento. Mas quando chega a hora da solidariedade, elas fecham portos e aeroportos. Que o digam os refugiados de guerra do Norte da África.

Os dados sobre refugiados foram divulgados, ontem (20/6), pelo Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur), no Rio de Janeiro, e constam no relatório Tendências Globais 2010.

Na América Latina, o país que mais recebe refugiados é o Equador, com 54 mil pessoas que oficializaram pedido de refúgio. Segundo estimativas da Acnur, a Venezuela também é uma das principais rotas. Nos dois países, a maioria dos refugiados foge dos conflitos armados na Colômbia.

O Brasil tem atualmente 4,4 mil refugiados de 77 nacionalidades. No país, a maioria dos refugiados vem da Angola (38%) e da Colômbia (14,27%).

A convenção da ONU, de 1951, sobre o estatuto dos refugiados define essa pessoa como estando fora do seu país ou residência habitual, com medo fundamentado de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, por ser membro de um partido política ou grupo social e incapaz de usufruir da proteção onde nasceu e viveu. (Com Isabela Vieira/Abr)

publicado por André Lazaroni em 21.6.11 |



sábado, junho 18, 2011



Atenção pais, mães, avós, avôs, tias, tios, amigas e amigos das crianças! Crianças menores de 5 anos devem receber hoje, sábado, a primeira dose da vacina contra a poliomielite (paralisia infantil). Pais e responsáveis devem levar o cartão de vacinação para atualização das doses. A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação deste ano segue até o dia 22 de julho. Horário: das 8h às 17h!

No Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas, crianças de 1 a 7 anos também vão receber a vacina tríplice viral – que imuniza contra o sarampo, a rubéola e a caxumba.

Ao todo, 115 mil postos de saúde em todo o país devem funcionar das 9h às 17h. Além das unidades permanentes, shopping centers, rodoviárias e escolas também vão receber postos móveis. Mais de 350 mil profissionais de saúde estarão mobilizados.

A segunda dose da vacina contra a poliomielite será aplicada a partir do dia 13 de agosto. Nesse mesmo dia, os demais estados iniciam a aplicação da tríplice viral. De acordo com o Ministério da Saúde, a criança só fica completamente protegida contra a paralisia infantil após receber as duas gotinhas previstas.

Crianças com febre acima de 38 graus ou com alguma infecção devem ser avaliadas por um médico antes de receber a vacina. Também não é recomendado vacinar crianças com problemas de imunodepressão (como pacientes com câncer e Aids) ou que já apresentaram reação alérgica severa a doses anteriores.

A meta do governo é vacinar 95% do público-alvo – 14,1 milhões de crianças contra a poliomielite e 17 milhões contra o sarampo. Vamos aos postos, gente! (Com Paula Laboissière/ABr)

publicado por André Lazaroni em 18.6.11 |



quarta-feira, junho 15, 2011



Como destaquei, no Twitter e no Facebook, ontem (14/6), terça-feira, foi lembrado como o Dia Mundial do Doador de Sangue. Dados do Ministério da Saúde indicam que menos de 2% dos brasileiros doa sangue regularmente. A taxa está dentro do parâmetro de 1% a 3% definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas ainda precisa melhorar.

Importante: o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária de doadores de sangue. Agora, com autorização dos pais ou responsáveis, jovens de 16 a 17 anos, e idosos com menos de 68 anos, podem doar sangue. Antes, podiam doar sangue pessoas com idade entre 18 e 65 anos. Sabe o que isso representa? Mais 14 milhões de brasileiros serão incentivados a fazer a tão útil doação.

Entre nós, o Hemorio convocou a população para praticar e incentivar este ato de solidariedade. Nesta época, o movimento cai 30% devido à chegada do inverno e clima frio. O Hemorio abastece de sangue e derivados 180 hospitais públicos. O órgão fica na Rua Frei Caneca, 8, Centro, e funciona todos os dias, das 7 às 18 horas, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

Em Brasília, a Agência Brasil entrevistou alguns doadores. Nadson Leandro, 28 anos, doa sangue para ajudar os que mais precisam. Afirmou ele: “penso bem assim: se eu não doar, é menos uma vida que poderia estar salvando. Não me custa nada tirar um dia de trabalho para fazer um gesto de amor”.

Para Maria da Conceição, 43 anos, toda pessoa com a saúde em dia deveria doar sangue regularmente. Doadora voluntária há mais de dez anos, a secretária também destacou como maior motivador a ajuda ao próximo. Disse a doadora: “deveria existir uma lei que obrigasse todo cidadão a doar sangue”.

O universitário Gabriel Carlos Mendes, 21 anos, foi a um Hemocentro pela primeira vez esta semana para ajudar uma tia internada e com cirurgia marcada. Depois da doação, ele garantiu que vai repetir o gesto a cada seis meses. “Foi muito significativo. Aprendi que doar sangue é salvar vidas”.

O Ministério da Saúde orienta o doador para que não esteja em jejum, tenha dormido pelo menos seis horas e não tenha ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação. É necessário também evitar o cigarro por pelo menos duas horas e o consumo de alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.

Não podem doar sangue pessoas que tiveram diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como Aids, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas; e pessoas que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual sem uso de preservativos. (Com Paula Laboissière e Antonio Cruz/ABr)

publicado por André Lazaroni em 15.6.11 |



terça-feira, junho 14, 2011


Um pouco de alívio em Roraima... O que mais a sofrida população do estado da Região Norte pedia, aconteceu. Ontem (13/6), uma balsa, com 1 milhão e 100 mil litros de combustível chegou ao município de Caracaraí, dando início à normalização do abastecimento. Tão logo chegou, navegando pelo Rio Branco, a balsa zarpou para Boa Vista, a capital do estado.

“Estamos na espera de outra balsa que deve transportar a mesma quantidade de combustível para Caracaraí. A situação ainda não normalizou, mas está caminhando para isso”, informou o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Roraima, Abel Mesquita.

As fortes chuvas que ocorrem no estado provocam o racionamento de combustíveis em postos de Boa Vista e de cidades do interior. No dia 5 de junho, foi decretado estado de calamidade pública em Roraima, período em que foi registrada cheia recorde nas águas do Rio Branco, com 10,2 metros acima do nível normal. Nos últimos dias, o nível das águas do Rio Branco e de outros rios que transbordaram está baixando. (Agencia Brasil)

publicado por André Lazaroni em 14.6.11 |



quinta-feira, junho 09, 2011


Felizmente uma providência concreta. Com o objetivo de enfrentar o crime praticado nos mais de 16 mil quilômetros de fronteiras, o governo federal lançou ontem (8/6), em Brasília, em ato presidido pela presidenta Dilma Rousseff, um plano para intensificar o patrulhamento nas diversas regiões nacionais.

O Plano Estratégico de Fronteiras terá operações integradas e coordenadas pelos ministérios da Justiça e da Defesa, em especial as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública federais, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Força Nacional de Segurança Pública.

O plano tem por base duas operações: a Sentinela e a Ágata. De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Operação Sentinela “será remodelada e terá caráter permanente com elevação de 100% do efetivo empregado atualmente pelo governo”. Nela, atuarão em conjunto as polícias Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança, com apoio logístico das Forças Armadas.

Acrescentou o ministro: “a Operação Ágata será realizada de forma pontual e com duração determinada em locais definidos como áreas que necessitam de ações naquele momento”.

Será criado também um Centro de Operações Conjuntas (COC) onde estarão reunidos comandantes das forças que atuam nas operações Ágata e Sentinela para fazer o planejamento e acompanhamento das ações desenvolvidas. Esse centro de gestão integrada funcionará no Ministério da Justiça.

Explicou o ministro da Defesa, Nelson Jobim: “as operações pontuais serão acompanhadas online pelo centro de controle onde estarão operando em conjunto os comandantes”. Segundo ele, já foram identificados 34 pontos vulneráveis na região de fronteira que servirão de base para que o COC planeje as operações.

Os tipos de crimes mais comuns nas regiões fronteiriças são o tráfico de drogas, de armas e de pessoas. Há também grande incidência de crimes fiscais e financeiros, como exportação ilegal de veículos, crimes ambientais e homicídios. Motivados por essas ações criminosas, os homicídios em municípios de região de fronteira ocorrem com maior incidência.

O ministro Jobim lembrou que o Brasil respeitará a soberania dos países fronteiriços. “Podemos nesse primeiro momento buscar a troca de informações com países vizinhos e, num segundo momento, pensar em operações conjuntas envolvendo diferentes nações”.

A área de atuação do plano abrangerá mais de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a 27% do território nacional. As ações cobrirão os principais pontos da linha de fronteira, cuja extensão é de 16.886 quilômetros.

A faixa de fronteira brasileira se projeta por 150 quilômetros para dentro do território nacional, a partir da linha divisória com os dez países vizinhos, compreendendo 11 estados, 710 municípios e abrangendo uma população de quase 10 milhões de pessoas. (Com Pedro Peduzzi e Yara Aquino. /Agência Brasil)

publicado por André Lazaroni em 9.6.11 |



domingo, junho 05, 2011



Olha aí, pessoal: a Operação Lei Seca, da Secretaria de Estado de Governo, chegou a um novo momento. A palavra de ordem do slogan passou de “Apoio” para “Colabore”. A ideia é chamar a sociedade para ser agente multiplicador e evitar a mistura de álcool e direção. A campanha inclui de adesivo nos carros e coletivos a filme institucional em universidades, escolas e empresas.

O novo slogan já pode ser visto nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana em carros e ônibus. E o vídeo educativo está sendo exibido durante ações de conscientização em escolas, universidades e empresas.

De acordo com o coordenador-geral da Operação Lei Seca, major Marco Andrade, só nos meses de abril e maio, foram realizadas palestras em 20 escolas, duas universidades e oito empresas, formando quase 5 mil agentes multiplicados – que recebem um diploma da coordenação da Operação Lei Seca.

Afirmou o major Andrade: “o governo vem fazendo a sua parte. São mais de dois anos de operação, um trabalho permanente e com resultados concretos. Se cada cidadão se conscientizar e assumir sua parcela de responsabilidade, o trabalho será ainda mais vitorioso”.

Desde que a Operação Lei Seca foi implantada no Rio de Janeiro, 490.721 motoristas foram abordados, 84.811 multados e 36.276 tiveram a carteira de habilitação apreendida. Os agentes realizaram 460.530 testes com o etilômetro. Desse total, 4.365 condutores sofreram sanções administrativas e 1.603, criminais.

A Operação Lei Seca é campanha educativa e de fiscalização, de caráter permanente, com o objetivo de reduzir o número de acidentes e salvar vidas. As ações são realizadas diariamente em bairros da Capital e municípios da Região Metropolitana (Niterói, São Gonçalo e Maricá) e da Baixada Fluminense. As blitzes ocorrem nas vias com maior número de acidentes e perto de locais de grande concentração de pessoas, principalmente à noite

publicado por André Lazaroni em 5.6.11 |



sábado, junho 04, 2011



A sessão solene de ontem à noite (3/6), na Alerj, em homenagem aos 80 anos de vida e aos 60 anos de carreira artística de Cauby Peixoto foi, como muitas das pessoas presentes reconheceram, verdadeiramente histórica. Uma noite de festa, glamour, muito brilho e alegria, como deveria ser um ato público em honra de um dos maiores cantores da nossa história.


Tive o privilégio de passar às mãos de Cauby Peixoto um microfone de ouro, em nome do povo do Estado do Rio de Janeiro, e de condecorá-lo com a Medalha Tiradentes.


Disse eu em meu discurso de saudação a Cauby: “saibam todos que desde cedo, em casa de meus pais, ouvi de minha mãe, a professora, escritora e promotora cultural Dalva Lazaroni, as mais sentidas e belas referências a esse artista tão exemplar em mais de seis décadas de nossa história atual.


Aprendi a aplaudi-lo, como fazem milhões e milhões de brasileiros, as legiões de fãs de todo o país”.

Cauby Peixoto também foi homenageado por belos discursos carregados de emoção e feitos de improviso. Dois deles, o de minha mãe, amiga do cantor há mais de 30 anos, e o do historiador da música brasileira, Ricardo Cravo Albin, emocionaram o artista.


Surpreendendo a todos, Cauby cantou uma série de sucessos imortais. Começou por cantar o samba enredo “Exaltação a Tiradentes”, de Mano Décio da Viola, Estanislau Silva e Penteado, que deu o título do carnaval de 1949 ao Império Serrano.

publicado por André Lazaroni em 4.6.11 |



sexta-feira, junho 03, 2011



Participe da festa! Terei a honra de presidir, hoje, às 18h30, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, da Assembleia Legislativa, na Praça XV, Centro, a cerimônia em homenagem ao grande cantor Cauby Peixoto.

Será um momento especial para todos nós esse reencontro com o artista que, aos 80 anos de idade e há 60 anos, canta e encanta gerações de brasileiros e de povos de outros países, pois Cauby Peixoto é um astro que brilha além-fronteiras!

Depois de saudar Cauby, passarei às mãos dele um microfone de ouro e a Medalha Tiradentes, honraria máxima do Estado do Rio de Janeiro. É uma distinção que o povo carioca e fluminense passará ao artista tão consagrado.

Sei, pela extensa leitura que fiz da biografia do nosso grande homenageado desta noite, que Cauby Peixoto credita a Deus o seu destino no palco, no rádio, no disco, nos shows, enfim em tudo. “Tive o dedo de Deus!”, afirmou ele em uma entrevista.

Por certo, a Divina Providência muito amparou e muito tem amparado o nosso querido homenageado em sua longa vida e em sua longa jornada pelos caminhos da música.

Muitos perguntam: o que um bom cantor precisa ter? Afinação? Extensão vocal? Um bom repertório? Quem respondeu isso de forma tão precisa foi o crítico Danilo Casaletti, na Revista Época.

“Sim, disse ele. Tudo isso é preciso. Mas há um fator fundamental, talvez o mais importante: a personalidade. E para Cauby Peixoto esse ingrediente nunca faltou. Um dos cantores mais populares do país completa 80 anos de vida e 60 de carreira.

Digo eu, depois de ouvir minha mãe, a professora e escritora Dalva Lazaroni, e tanta gente que o acompanha no passar dos anos: oitenta anos de vida e 60 anos de carreira sem par na história da cultura do Brasil!

publicado por André Lazaroni em 3.6.11 |



quinta-feira, junho 02, 2011





Estudo do IBGE mostra que cerca de 15% do total da vegetação original da Amazônia Legal foram desmatados, o que equivale à retirada de aproximadamente 2,6 bilhões de árvores e ao desmate de uma área de 600 mil quilômetros quadrados até 2002. Falei disso ontem no Twitter e no Facebook e, hoje (2/6), volto à grave conclusão do instituto.

Esse cenário lastimável corresponde à destruição de 4,7 bilhões de metros cúbicos de madeira de uma área que, originalmente, representava 4 milhões de quilômetros quadrados cobertos por florestas.

Os dados fazem parte da pesquisa Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal, divulgada ontem (1º/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, que traz informações sobre a vegetação, o relevo, o solo e os recursos minerais da região, foi feito com base no Banco de Dados e Informações Ambientais do IBGE, atualizado em 2002.

De acordo com o engenheiro florestal André Almeida, técnico da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do Instituto, os números revelam que o modelo de ocupação e desenvolvimento praticado na Amazônia é extremamente predatório, com subutilização de terras e grande comprometimento da biodiversidade.

Declarou ele: “do total da área desmatada, só 15% foram convertidos para a agricultura. Metade dessas terras voltou para a pecuária e 30% voltaram a virar floresta, ou seja, alguém desmatou, tirou a madeira e demais recursos naturais e não usou para mais nada, ficou abandonada virando uma nova floresta, porém degradada”.

O estudo aponta ainda que o desmatamento foi responsável pela eliminação de aproximadamente 23 bilhões de toneladas de biomassa (matéria orgânica de origem vegetal) e 6,6 bilhões de toneladas de carbono que estavam armazenados na vegetação. Esses volumes correspondem a 12,7% dos estoques originais.

Segundo o técnico do IBGE, essas emissões contribuem negativamente para o processo de aquecimento global e geram prejuízos locais.

Para André Almeida, trata-se de uma parcela significativa de emissão de carbono. Mas, além disso, há questões locais, porque quando se promove o desmatamento, há perda de espécies e de material genético que poderiam ser usados pela indústria para fabricação de remédios e de outras tecnologias. Existe ainda a perda de proteção do solo que fomenta processos erosivos e traz prejuízos aos recursos hídricos.

Ainda conforme mostra o levantamento do IBGE, os estados do Maranhão, de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Rondônia tinham mais de 20% da vegetação alterada pelo homem. Já o Amazonas apresentou o menor grau de antropismo: apenas 1,5% de sua vegetação foi modificada com a atuação humana.

A Amazônia Legal ocupa 5.016.136,3 quilômetros quadrados, que correspondem a cerca de 59% do território brasileiro. Nela, vivem em torno de 24 milhões de pessoas, distribuídos em 775 municípios nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Goiás, Tocantins e Maranhão. (Thais Leitão/Agência Brasil)

publicado por André Lazaroni em 2.6.11 |



quarta-feira, junho 01, 2011



Perspectiva sombria. Os preços de alimentos básicos, como arroz, feijão, trigo e soja, devem mais do que dobrar em 20 anos, a não ser que líderes mundiais promovam reformas. A advertência foi feita, ontem (31/5) pela organização não governamental britânica Oxfam.

Segundo previsão da ONG, em seu relatório Growing a Better Future (Plantando um Futuro Melhor), até 2030 o custo médio de colheitas consideradas chave para a alimentação da população global vai aumentar entre 120% e 180%.

Metade desse aumento de custos deverá ser creditada a mudanças climáticas. Sendo assim, para a Oxfam, é preciso que os líderes globais trabalhem tanto para regular os mercados de commodities como para a criação de um fundo climático global.

Disse Barbara Stocking, executiva chefe da Oxfam: “o sistema de negociação de alimentos deve ser revisto se quisermos superar os crescentes desafios relacionados a mudanças climáticas, aumentos no preço da comida e falta de terras, água e energia”.

No relatório, a Oxfam destacou quatro áreas de alta insegurança alimentar, locais onde já existem dificuldades para alimentar os habitantes.

O primeiro deles é a Guatemala, onde 850 mil pessoas são afetadas pela falta de investimentos estatais em pequenos agricultores e pela alta dependência de alimentos importados, diz a ONG.

O segundo é a Índia, onde a população gasta em comida duas vezes mais que cidadãos britânicos (proporcionalmente ao que recebem de salário). Um litro de leite pode custar cerca de R$ 26 na Índia.

Em terceiro, a Oxfam cita o Azerbaijão, onde a produção de trigo caiu 33% no ano passado em decorrência de más condições climáticas, forçando o país a importar grãos da Rússia e do Cazaquistão. Os preços dos alimentos no país subiram 20% em dezembro de 2010 em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Em quarto está o Leste da África, onde 8 milhões de pessoas enfrentam atualmente falta crônica de alimentos por causa da seca. Mulheres e crianças estão entre os mais afetados.

O Banco Mundial também advertiu que o aumento nos preços dos alimentos está levando milhões de pessoas para a pobreza extrema. Em abril, a instituição informou que os custos dos alimentos haviam aumentado 36% em um ano, em parte devido aos distúrbios no Oriente Médio e no Norte da África.

Para a Oxfam, é preciso que haja mais transparência nos mercados de commodities e regulamentação de mercados futuros; um aumento de estoques de alimentos; o fim das políticas que promovam biocombustíveis por supostamente ocupar terras que poderiam servir para a agricultura; e investimentos em cultivos familiares, em especial os comandados por mulheres.

Segundo Barbara Stocking, “uma em cada sete pessoas no planeta passa fome apesar de o mundo ser capaz de alimentar a todos”.

Já em 2009, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) advertia que os preços dos alimentos continuavam elevados nos países em desenvolvimento, apesar da brusca queda das tarifas internacionais.

Em comunicado oficial, a FAO divulgava os resultados do relatório Perspectivas de Colheita e Situação Alimentícia, que afirmava que 32 países estavam com emergências alimentares no mundo.

Os dados indicavam que, em 78% dos 58 países em vias de desenvolvimento estudados, os preços dos alimentos eram mais altos do que em 2008, principalmente na África Subsaariana. (Agência Brasil e BBC Brasil com a FAO)

publicado por André Lazaroni em 1.6.11 |




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