domingo, julho 03, 2011
Marina, eu te avisei...
Estou divulgando, a seguir, a carta que enviei à senadora Maria Silva, convidando-a para ingressar nos quadros do PMDB. Leia a íntegra do documento.
“Prezada senadora Marina Silva,Decidi escrever-lhe por duas razões básicas. A primeira delas, e mais importante, reconheço, é a apresentação formal de um convite, que lhe é formulado em nome de meu partido, o PMDB, por este deputado estadual fluminense, um militante de mais de duas décadas das causas ambientais, entusiasta da batalha pela preservação da natureza, pela relação estreita entre as justiças social e ambiental, pelo bem-estar do homem em convívio amigo e próspero com a natureza.
O convite é para que a tão ilustre senadora venha a nós juntar-se, venha para o PMDB, o maior partido do Brasil, uma legenda pluralista, que abriga políticos e tendências de todos os matizes, sem que haja patrulhamentos ideológicos e religiosos por parte de seus comandantes. Trata-se de um partido fortemente estruturado em todo o Brasil, com uma atuação municipal de extensão jamais vista na história política brasileira.
O significado da sigla já diz o que é o PMDB, um partido que preza tanto a democracia que a carrega no próprio nome. Em que a opinião divergente não é fator de exclusão, mas de debates em busca de um Brasil sempre e sempre melhor.
Sou o idealizador e fundador do PMDB VERDE, o núcleo ambientalista de nosso partido. Estou certo de que os preceitos e diretrizes constantes no Estatuto e no Programa do PMDB VERDE estão em sintonia com a sua história de vida, com a sua militância política e ambiental e com tudo aquilo que a senadora tem defendido ao longo de sua expressiva participação na vida pública brasileira.
Feita esta introdução, em que formalizo o convite para tê-la ao nosso lado no PMDB, acrescento aquela que é a segunda razão citada logo na abertura desta carta: os dissabores pelos quais a senhora passa no Partido Verde são meus conhecidos. Afinal, foi no PV que ingressei na vida política, elegendo-me duas vezes consecutivas deputado estadual no Rio de Janeiro. Eu tanto vestia a camisa de meu primeiro partido que incorporei a sigla ao nome com que fiquei conhecido no mundo político fluminense: André do PV.
Hoje, uso meu nome de batismo, André Lazaroni, e já não milito no Partido Verde. Fui obrigado a deixá-lo por perseguições torpes a mim dirigidas por “cartolas” que se perpetuaram no comando do diretório estadual, ditatorialmente. Incomodados com a tenaz negativa em submeter-me ao jugo deste grupelho, adotaram represálias que, ao final das contas, acabaram por me excluir da legenda que tanto admirava.
Mas, como diz o sábio ditado popular, há males que vêm pra bem. É o que acontece comigo. Recebido de braços abertos pelo PMDB, vislumbro neste partido condições inéditas de realizações expressivas no campo ambiental. Condições estas que, com humildade, oferto à senadora. Junte-se ao PMDB. Aqui, sua voz será ouvida não apenas em ano eleitoral, será ouvida sempre, todos os dias, haja ou não eleições.
A direção do Partido Verde valeu-se de seu prestígio, de sua lisura, de sua imagem pública para obter a única coisa que realmente aprecia: o poder. Poder derivado apenas de sua performance eleitoral, de seus milhões de votos, de sua campanha que entusiasmou multidões. Hoje a direção do PV é poderosa porque a senhora, com sua atuação eleitoral majestosa, tornou-a poderosa. Por uma destas ironias da vida, estiveram a seu lado dirigentes que participaram ativamente dos ataques contra mim quando filiado ao PV.
Estão agora sofrendo com as perseguições aqueles que há até pouco tempo as praticavam.
Portanto, o convite está apresentado. Analise-o bem, pondere, veja se há espaço para uma ação política nobre em um partido dominado por gente como a que hoje comanda o Partido Verde. Não há, certamente. O PMDB está de portas abertas para a senhora. Venha conosco.Obrigado pela atenção”,
André Lazaroni, deputado estadual pelo PMDB-RJ
publicado por André Lazaroni em 3.7.11
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