Andre Lazaroni

sexta-feira, agosto 26, 2011


Importante saber. O Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu (HTODL), em Paraíba do Sul, especializado no atendimento de casos de média e alta complexidade, vem se destacando na realização de cirurgias de pelve e acetábulo, procedimentos que requerem treinamento específico dos cirurgiões.

Desde o início das atividades do hospital, inaugurado em junho do ano passado, 34 pacientes com esses tipos de lesões foram operados. Ao todo, o Dona Lindu realizou até hoje cerca de 2.455 cirurgias, 1.018 das quais de alta complexidade.

Segundo o coordenador da ortopedia da Secretaria de Estado de Saúde, Leonardo Rocha, a principal causa das fraturas do acetábulo são os acidentes de automóvel e motocicleta com traumas de grande energia.

Afirmou o médico: “esse tipo de trauma geralmente acomete pacientes jovens, porque eles estão mais expostos a esses acidentes. São pacientes que apresentam, na sua maioria, outras fraturas associadas e muitas vezes são classificados como politraumatizados”. As fraturas da pelve e acetábulo são consideradas pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) como de alta complexidade.

Explicou mais o ortopedista do HTODL: ”é preciso esclarecer o que são fraturas de alta complexidade e fraturas complexas. Fraturas complexas são aquelas que requerem maior estrutura hospitalar e capacidade técnica para serem tratadas. As de alta complexidade são cirurgias classificadas pela tabela do SUS e direcionadas para algumas unidades de saúde cadastradas e autorizadas para tal. Na maioria das vezes, essas cirurgias necessitam também de cirurgiões especializados. Isso não significa, no entanto, que o cirurgião seja melhor do que os outros, mas, sim, um especialista para o tratamento dessas fraturas”.
Os treinamentos nesses tipos de fraturas são realizados no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e Hospital Municipal Miguel Couto (HMMC), no Rio de Janeiro.
A especialização é necessária, segundo o médico Leonardo Rocha, porque as cirurgias de pelve e acetábulo requerem treinamento especifico e diferenciado, com material também específico e aquisição de visão espacial da bacia para que o tratamento cirúrgico seja eficiente, produzindo bons resultados funcionais. Fraturas de pelve e acetábulo são consideradas urgências por serem lesões que podem gerar grandes complicações.

Declarou o coordenador da ortopedia da Secretaria de Estado de Saúde; “durante o atendimento imediato na emergência e após a estabilização clínica inicial, a cirurgia deve ser programada o mais rápido possível, por se tratar de lesão articular que pode comprometer a função da mesma de forma irreversível”.

O procedimento, se realizado em regime de urgência, pode evitar que o paciente adquira sequelas permanentes que poderiam comprometer sua qualidade de vida. Dentre os comprometimentos mais comuns dessas fraturas pode-se destacar a dor e o andar manco, artrose pós-traumática do quadril, lesões neurológicas e diferença de tamanho dos membros inferiores, consequente de uma lesão grave da pelve.

O tempo de recuperação dos pacientes que passam por cirurgias de pelve e acetábulo é relativamente pequeno. Segundo o médico Marcos Correia, coordenador do grupo de trauma ortopédico do HTODL, após as cirurgias o movimento articular está liberado quando o paciente relata a regressão da dor e edemas relacionados ao trauma cirúrgico.

Disse Marcos Correia: “marcha com apoio de muletas sem realizar apoio com o lado operado, no caso de fraturas do acetábulo, são permitidas e devem ser restritas pelo período de 10 a 12 semanas. O retorno às atividades de trabalho se dá, em média, após quatro meses das cirurgias”.

A cirurgia, no entanto, nem sempre é a única saída para pacientes vítimas desse tipo de trauma. Alguns casos de fratura da pelve e acetábulo podem ser tratados conservadoramente, sem cirurgia. Mas o coordenador do grupo de trauma ortopédico do HTODL ressaltou que “em sua grande maioria, as fraturas são cirúrgicas”.

Um paciente da unidade de 57 anos, morador do município de Petrópolis, sofreu um acidente de carro na Avenida Washington Luís, no dia 3 de março de 2011. Foi transferido para o HTODL no dia 12 do mesmo mês e, três dias depois, passou pela primeira cirurgia de pelve e acetábulo. Oito dias depois, o paciente fez nova cirurgia. Em casa e totalmente recuperado, ele não poupou elogios ao hospital.

Declarou ele: “o Hospital Dona Lindu é maravilhoso. É público, mas tem mais qualidade que muito hospital particular. Estou totalmente recuperado, andando normalmente. Os médicos são excelentes. Só tenho a agradecer”. (Ascom da Secretaria de Saúde / foto - Mauricio Bazilio)

publicado por André Lazaroni em 26.8.11



1 Comments:

  • vou sengunda feira para este hospital estou com muito medo mais as referrensias sao otimas

    Publicado por Anonymous Anônimo , em 6:32 PM  

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