Andre Lazaroni

terça-feira, dezembro 14, 2010


Depois de muita luta a vitória! Criado oficialmente o Parque Estadual Restinga de Bertioga, em São Paulo. Com 9,3 mil hectares, ele ajudará a manter a biodiversidade e serviços ambientais úteis a toda a sociedade. O decreto da criação foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo. O parque também formará um “corredor ecológico” interligando regiões litorâneas à Serra do Mar.

Como unidade de conservação de proteção integral, ele será mais um espaço dedicado ao ecoturismo, lazer e educação ambiental para os brasileiros. A criação do parque havia sido aprovada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Consema) no fim de outubro, e é uma prioridade para o WWF-Brasil, que promoveu ações para mobilização pública e via Internet, colhendo amplo apoio social à ampliação da área protegida na Mata Atlântica.

A área agora oficialmente protegida abriga rios que abastecem grande região do estado de São Paulo e espécies ameaçadas e exclusivas do bioma estava antes vulnerável à pressão imobiliária e turística desordenada. Para Claudio Maretti, superintendente de Conservação do WWF-Brasil, a criação do parque representa a vitória de um processo que contou com amplos estudos técnicos e ajuda a completar uma lacuna importante na conservação da Mata Atlântica, pois não havia nenhuma amostra suficientemente protegida das restingas no centro do estado.

Os processos de consulta pública e de negociação política foram exaustivos, aceitando alternativas de conservação privada. Disse o dirigente do WWF-Brasil: “louvamos a iniciativa do governo e reafirmamos nosso empenho de continuar apoiando o sistema estadual para melhorar sua gestão. Vale ressaltar que, diferentemente do que alguns qualificam como entrave ao desenvolvimento, áreas como o parque de Bertioga valorizaram ainda mais o turismo nessa região magnífica do litoral brasileiro”.

Segundo a especialista em conservação da Mata Atlântica do WWF-Brasil, Luciana Simões, agora será necessário implementar o mais novo parque estadual de São Paulo, destinando recursos e infraestrutura para sua gestão e fiscalização, o que pode ocorrer em parceria com o próprio município de Bertioga. Além disso, é preciso formar um conselho gestor com representação equilibrada entre governo e sociedade e disparar a elaboração do plano de manejo, espécie de manual de uso da unidade.

Com suas florestas, campos, restingas e manguezais reduzidos a menos de um terço da área original, a Mata Atlântica é hoje o mais degradado dos biomas brasileiros. Menos de 8% de sua vegetação estão bem conservados. Mesmo assim, seus remanescentes ainda prestam “serviços ambientais” indispensáveis a 123 milhões de brasileiros (67% da população) que vivem na região, como proteger e manter rios, lagos, evitar a queda de encostas, regular o clima e a qualidade do ar.

Estudo da Rede WWF e do Banco Mundial revelou que mais de trinta das 105 maiores cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, dependem da água fornecida por unidades de conservação e avaliou que as matas distribuídas às margens de cursos d´água na Mata Atlântica estão comprometidas. Quando preservadas, por exemplo, servem para conter enchentes e proteger a biodiversidade formando corredores entre áreas conservadas. Atualmente, existem 123 unidades de conservação federais e 225 unidades de conservação estaduais na Mata Atlântica, somando quase 75 mil quilômetros quadrados.

publicado por André Lazaroni em 14.12.10



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