sexta-feira, novembro 12, 2010
Mais emprego com bilhete único
Consequência de ação de política voltada para a questão social: o bilhete único de transporte intermunicipal na região do Grande Rio proporcionou ganhos no orçamento familiar e contribui para a expansão do emprego formal nos municípios próximos à capital. A conclusão é de um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), feito a pedido do governo do Rio de Janeiro e divulgado ontem (11/11).
Segundo reportagem de Vitor Abdala, da Agência Brasil, a pesquisa mostra que o custo médio diário do transporte intermunicipal em julho de 2009 era de R$ 17,04 no Rio, o mais alto entre as sete capitais pesquisadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV. Como o bilhete único permite ao passageiro gastar, no máximo, R$ 8,80 por dia com a condução, a economia diária chega a R$ 8,24, isto é, quase metade do valor que o trabalhador gastava antes para ir e voltar do trabalho.
Como o bilhete único é subsidiado pelo governo, o coordenador do estudo, Marcelo Neri, acredita que o programa funcione como uma transferência indireta de recursos do estado para os usuários do transporte. Disse ele: “o subsídio gera uma injeção no orçamento das pessoas de, em média, R$ 2,62 por dia por usuário. Se somarmos todos os dias, temos R$ 50 por mês, por beneficiário, em média, que acabam indo para as pessoas de mais baixa renda. É uma espécie de bolsa família”.
A redução no custo do transporte intermunicipal também pode ter provocado um efeito positivo na geração de empregos nos municípios adjacentes à capital fluminense, já que o bilhete único beneficia, principalmente, os moradores da região metropolitana que, em geral, trabalham na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a FGV, a periferia (municípios do Grande Rio com exceção da capital) ampliou a participação no total de empregos gerados no estado de 17,49%, em 2009, para 18,64%, este ano.
Enquanto isso, a capital e os municípios do interior reduziram as respectivas participações no total de empregos gerados entre 2009 e 2010. Segundo Marcelo Neri, a redução nos gastos com transporte estimula a contratação formal, já que o custo para o empregador fica menor. O estudo da FGV também propõe melhorias no sistema de bilhetagem, como o uso do cadastro do Programa Bolsa Família, do governo federal, para identificar as pessoas mais carentes que poderiam receber subsídios maiores.
Outra sugestão é que o bilhete intermunicipal do governo do estado se integre ao recém-criado bilhete único carioca, da Prefeitura do Rio, para proporcionar melhor aproveitamento do sistema. Os pesquisadores também propõem que o governo estadual use as informações do banco de dados do bilhete único para premiar, com créditos, as empresas de transporte coletivo mais eficientes e punir, com a retirada de subsídios, aquelas que apresentarem mais atrasos.
Como o bilhete precisa ser usado num prazo de duas horas e meia, atrasos significam prejuízo para o passageiro.
Segundo reportagem de Vitor Abdala, da Agência Brasil, a pesquisa mostra que o custo médio diário do transporte intermunicipal em julho de 2009 era de R$ 17,04 no Rio, o mais alto entre as sete capitais pesquisadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV. Como o bilhete único permite ao passageiro gastar, no máximo, R$ 8,80 por dia com a condução, a economia diária chega a R$ 8,24, isto é, quase metade do valor que o trabalhador gastava antes para ir e voltar do trabalho.
Como o bilhete único é subsidiado pelo governo, o coordenador do estudo, Marcelo Neri, acredita que o programa funcione como uma transferência indireta de recursos do estado para os usuários do transporte. Disse ele: “o subsídio gera uma injeção no orçamento das pessoas de, em média, R$ 2,62 por dia por usuário. Se somarmos todos os dias, temos R$ 50 por mês, por beneficiário, em média, que acabam indo para as pessoas de mais baixa renda. É uma espécie de bolsa família”.
A redução no custo do transporte intermunicipal também pode ter provocado um efeito positivo na geração de empregos nos municípios adjacentes à capital fluminense, já que o bilhete único beneficia, principalmente, os moradores da região metropolitana que, em geral, trabalham na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a FGV, a periferia (municípios do Grande Rio com exceção da capital) ampliou a participação no total de empregos gerados no estado de 17,49%, em 2009, para 18,64%, este ano.
Enquanto isso, a capital e os municípios do interior reduziram as respectivas participações no total de empregos gerados entre 2009 e 2010. Segundo Marcelo Neri, a redução nos gastos com transporte estimula a contratação formal, já que o custo para o empregador fica menor. O estudo da FGV também propõe melhorias no sistema de bilhetagem, como o uso do cadastro do Programa Bolsa Família, do governo federal, para identificar as pessoas mais carentes que poderiam receber subsídios maiores.
Outra sugestão é que o bilhete intermunicipal do governo do estado se integre ao recém-criado bilhete único carioca, da Prefeitura do Rio, para proporcionar melhor aproveitamento do sistema. Os pesquisadores também propõem que o governo estadual use as informações do banco de dados do bilhete único para premiar, com créditos, as empresas de transporte coletivo mais eficientes e punir, com a retirada de subsídios, aquelas que apresentarem mais atrasos.
Como o bilhete precisa ser usado num prazo de duas horas e meia, atrasos significam prejuízo para o passageiro.
publicado por André Lazaroni em 12.11.10
0 Comments:
Postar um comentário
<< Voltar