terça-feira, novembro 16, 2010
Peixe “dá leite” aos filhotes
Pesquisa de cooperação internacional envolvendo o Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta), projeto ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), revela que o peixe ornamental acará disco (Symphysodon spp) tem uma característica própria na hora de cuidar dos filhotes.
O acará disco produz um muco que, segundo os pesquisadores, é rico em nutrientes e tem função similar ao leite materno nos mamíferos, como acontece em humanos. Os estudos foram feitos pelos pesquisadores estrangeiros Jonathan Buckley, Richard J. Mauder, Andrew Foey, Janet Pearce e Katherine Sloman em parceria com o cientista brasileiro Adalberto Val, coordenador geral do projeto Adapta e diretor do Inpa.
Reportagem de Daniel Jordano, do Inpa, mostra que nesse processo de alimentação o filhote “belisca” a pele do acará disco mãe para obter o alimento. O peixe acará disco (Symphysodon spp), comum em Barcelos, no interior do Amazonas, é um dos protagonistas do festival folclórico da cidade.
O diretor do Inpa, Adalberto Val, disse que foi necessário desenvolver uma nova tecnologia para realizar o estudo. “Foi desenvolvida uma esponja especial onde coletamos todo o material, depois dissolvemos essa esponja no laboratório para fazer a análise. Outro fator importante do estudo foi a descoberta que, por meio do muco, há a passagem de substâncias essenciais para o crescimento e imunidade do peixe”.
Ainda de acordo com as pesquisas, os poluentes presentes na água podem ser passados dos pais para os filhotes onde através do muco os filhotes geram uma espécie de defesa. Declarou Val: “alguns poluentes são passados por meio do muco e esse poluentes servem para desencadear um processo resistência e essas substâncias”.
As pesquisas revelaram ainda que o tipo de alimentação diferenciada para os filhotes do acará disco se dá em um período de três semanas onde os pais começam o processo semelhante ao de “desmame”. Isso ocorre por apenas três semanas a partir daí o filhote já busca seus alimentos motivados pelo afastamento dos pais.
De acordo com os pesquisadores, o próximo passo é fazer a análise genética para saber quais são os genes responsáveis pelo estímulo à produção do muco com nutrientes que só ocorre no período em que há filhotes. Declarou mais Adalberto Val: “o muco é produzido sempre. Mas o muco com a composição só ocorre quando há os filhotes. Deve haver um mecanismo que estimula as mudanças da composição química do muco durante aproximadamente três semanas e após esse período tudo isso desaparece e o filhote começa a ter vida independente”.
A pesquisa foi desataque no site da BBC e deve ser publicada ainda este ano no The Journal of Experimental Biology, publicação internacional de grande importância na área de biologia experimental.
O Adapta é uma rede de atividades de biologia aplicada e tem a proposta estudar as adaptações de organismos aquáticos da Amazônia por meio da incorporação de novos equipamentos, da estruturação de serviços de bioinformática e capacitação de recursos humanos.
O projeto faz parte dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT’s) e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O acará disco produz um muco que, segundo os pesquisadores, é rico em nutrientes e tem função similar ao leite materno nos mamíferos, como acontece em humanos. Os estudos foram feitos pelos pesquisadores estrangeiros Jonathan Buckley, Richard J. Mauder, Andrew Foey, Janet Pearce e Katherine Sloman em parceria com o cientista brasileiro Adalberto Val, coordenador geral do projeto Adapta e diretor do Inpa.
Reportagem de Daniel Jordano, do Inpa, mostra que nesse processo de alimentação o filhote “belisca” a pele do acará disco mãe para obter o alimento. O peixe acará disco (Symphysodon spp), comum em Barcelos, no interior do Amazonas, é um dos protagonistas do festival folclórico da cidade.
O diretor do Inpa, Adalberto Val, disse que foi necessário desenvolver uma nova tecnologia para realizar o estudo. “Foi desenvolvida uma esponja especial onde coletamos todo o material, depois dissolvemos essa esponja no laboratório para fazer a análise. Outro fator importante do estudo foi a descoberta que, por meio do muco, há a passagem de substâncias essenciais para o crescimento e imunidade do peixe”.
Ainda de acordo com as pesquisas, os poluentes presentes na água podem ser passados dos pais para os filhotes onde através do muco os filhotes geram uma espécie de defesa. Declarou Val: “alguns poluentes são passados por meio do muco e esse poluentes servem para desencadear um processo resistência e essas substâncias”.
As pesquisas revelaram ainda que o tipo de alimentação diferenciada para os filhotes do acará disco se dá em um período de três semanas onde os pais começam o processo semelhante ao de “desmame”. Isso ocorre por apenas três semanas a partir daí o filhote já busca seus alimentos motivados pelo afastamento dos pais.
De acordo com os pesquisadores, o próximo passo é fazer a análise genética para saber quais são os genes responsáveis pelo estímulo à produção do muco com nutrientes que só ocorre no período em que há filhotes. Declarou mais Adalberto Val: “o muco é produzido sempre. Mas o muco com a composição só ocorre quando há os filhotes. Deve haver um mecanismo que estimula as mudanças da composição química do muco durante aproximadamente três semanas e após esse período tudo isso desaparece e o filhote começa a ter vida independente”.
A pesquisa foi desataque no site da BBC e deve ser publicada ainda este ano no The Journal of Experimental Biology, publicação internacional de grande importância na área de biologia experimental.
O Adapta é uma rede de atividades de biologia aplicada e tem a proposta estudar as adaptações de organismos aquáticos da Amazônia por meio da incorporação de novos equipamentos, da estruturação de serviços de bioinformática e capacitação de recursos humanos.
O projeto faz parte dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT’s) e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
publicado por André Lazaroni em 16.11.10
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