quarta-feira, março 30, 2011


Já não está entre nós, em vida, o grande brasileiro José Alencar. Ele se foi ontem (29/3), depois de longa e dolorosa enfermidade. Seu exemplo fica para sempre. O ex-vice-presidente morreu às 14h41 de ontem (29/3), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, aos 79 anos.

Como disse o grande escritor Guimarães Rosa, aos 18 anos, no sepultamento de um amigo, “as pessoas não morrer, ficam encantadas”. É isso. O cidadão José Alencar se encantou. Para nós, ficou a herança maior. Uma parte foi a vida honrada, de muito trabalho. Outra, foi a lealdade aos amigos, com a qual jamais faltou.

Outra parte, cada vez mais fundamental nos dias de hoje, é a luta contra o câncer, doença como a qual ele conviveu por 13 anos, entre dores, sofrimento e 17 operações. José Alencar repetia sempre: podemos vencer o câncer, evitar sua propagação. Devemos fazer a prevenção, exames periódicos, cumprir as determinações médicas.

O ex-vice-presidente também era um homem alegre, que sempre irradiava simpatia. Não tinha cara fechada. Se apoiou a ditadura militar, mostrou-se progressista e exemplo de cidadão democrático e tolerante depois. Foi, acima de tudo, amigo de todas as horas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sofre com a perda tão sentida por todos nós.

Fique na eternidade de seu encantamento, José Alencar. Aqui, buscaremos seguir seu grande exemplo de viver com dignidade.

publicado por André Lazaroni em 30.3.11 |



terça-feira, março 29, 2011



Prestação de contas que faço aos amigos de lutas políticas, ambientalistas e aos eleitores do Rio de Janeiro. Ontem (28/3), liderei comitiva de deputados estaduais do PMDB, em encontro seguido de almoço com o governador Sérgio Cabral no Palácio Laranjeiras.

Reunião oportuna. Conversamos sobre projetos de interesse da população do estado do Rio que estão em tramitação na Assembleia Legislativa e que mereceram atenção e palavras de apoio por parte do governador. Também debatemos questões de política regional e a posição do nosso partido, o PMDB, nas relações entre o executivo estadual e a Alerj.

publicado por André Lazaroni em 29.3.11 |



quinta-feira, março 24, 2011



Nós, os brasileiros, estamos cada vez mais habituados a ingerir alimentos importados do Japão ou que tenham inspiração na culinária daquele país tão amigo e que sofre tanto. Ontem (23/3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma medida nota 10: a liberação total da importação de produtos alimentícios japoneses.

De acordo com a agência, a última importação japonesa para Brasil ocorreu em fevereiro de 2011, data anterior ao acidente nuclear ocorrido depois das explosões de um reator da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária informou que a importação foi apenas de misturas e pastas para preparação de produtos de padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoito, categoria de alimentos sem indícios de contaminação com radionuclídeos.

Em nota oficial, a Anvisa informou que monitora a entrada desses produtos no país e que, “com vistas a proteger a saúde da população brasileira, esclarecemos que as investigações pelas autoridades sanitárias internacionais serão devidamente acompanhadas bem como as importações brasileiras de produtos japoneses”.

De acordo com a agência, as autoridades sanitárias japonesas se comprometeram a retirar do mercado todos os alimentos com níveis de radionuclídeos superiores aos limites estabelecidos pela Comissão de Segurança Nuclear no Japão como seguros para o consumo humano.

publicado por André Lazaroni em 24.3.11 |



terça-feira, março 22, 2011



Demorou, mas parece que agora sai... A nossa muito amada Cidade Maravilhosa pode ser reconhecida como Patrimônio da Humanidade. É mais um título que o Rio de Janeiro haverá de receber, e com inteira justiça.

A proposta para a concessão da honraria será analisada durante a 36ª Sessão do Centro do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), marcada para 2012. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) encaminhou amplo dossiê ao órgão da ONU.

Para o superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Carlos Fernando Andrade, a candidatura da cidade do Rio de Janeiro está pautada na relação entre o homem e a natureza. Ele destacou que, se aprovado, ela será a primeira paisagem cultural urbana na lista da Unesco. O conceito de paisagem cultural foi adotado pela organização em 1992.

Palavras do superintendente do Iphan: “para nós, será uma chancela importante, porque é um reconhecimento de que uma cidade pode conciliar natureza, cultura, sítio natural e sítio urbano com o patrimônio cultural. É a primeira vez que uma cidade se candidata nessa categoria. Os outros lugares que já foram reconhecidos são ligados a áreas rurais, a sistemas agrícolas tradicionais, a jardins históricos e a outros locais de cunho simbólico ou religioso”.

Em uma lista de 911 bens culturais e naturais reconhecidos pela Unesco, 18 estão no Brasil. Entre os bens naturais estão o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná (1986); o Pantanal Mato-Grossense, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (2000); e o Parque Nacional de Fernando de Noronha (2001).

Entre os culturais estão o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Ouro Preto, em Minas Gerais (1980); o Centro Histórico de Olinda, em Pernambuco (1982); e as Ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul (1983).

Segundo informações do Iphan, o 18º bem brasileiro foi reconhecido pela Unesco no ano passado, durante a 34ª Sessão do Patrimônio Mundial, em Brasília. É a Praça de São Francisco em São Cristóvão, Sergipe.

Um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, no Morro do Corcovado, também foi eleito, em 2007, uma das novas sete maravilhas do mundo.

A lista foi idealizada pela organização suíça New Open World Corporation e a seleção, feita mundialmente por votos pela Internet e por meio de ligações telefônicas. Na lista também estão a Grande Muralha, na China, as Ruínas de Petra, na Jordânia, e o Coliseu de Roma, na Itália. (Com Thais Leitão/Agência Brasil)

publicado por André Lazaroni em 22.3.11 |



domingo, março 20, 2011



É hoje, mas não como cariocas e fluminenses queriam. O presidente Barack Obama falará ao Brasil e ao mundo, hoje, no Rio, mas do palco do Theatro Municipal. A ideia inicial, de um discurso na Cinelândia, com a presença de, no mínimo 35 mil pessoas, foi vetada pela segurança da Casa Branca. No Municipal, duas mil pessoas se aboletarão em cadeiras especiais e nas galerias.

Entre os privilegiados, Gilberto Gil, Pelé, Eike Batista, Martinho da Vila e outros mais. A cerimônia começará às duas da tarde, com transmissão por telões instalados na Cinelândia e pelo rádio e TV. Há muita expectativa e interesse pelo teor do discurso presidencial. A fala será, como têm sido na rotina presidencial americana, oratória bem escrita e com fundamentos humanistas.

Ontem (19/3), em Brasília, Barack Obama, e a presidenta Dilma Rousseff trocaram elogios, citando líderes que se tornaram referências no Brasil e nos Estados Unidos. Ele mencionou o ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador de Brasília, que disse representar o “nascimento de um novo dia”. Dilma retribuiu mencionando o ativista político norte-americano Martin Luther King Jr., um dos principais defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos.

“É natural que sejamos parceiros próximos e avancemos juntos”, afirmou Obama, referindo-se à proximidade dos Estados Unidos com o Brasil. “O que é Brasília senão o nascimento de um novo dia para o Brasil? Os Estados Unidos querem ajudar o Brasil a atingir todo o seu potencial. Juntos, podemos ir além. Que esse novo dia possa dar aos brasileiros a luz e o progresso da paz.”

Antes do almoço no Palácio Itamaraty, durante o brinde, Obama citou frases de JK. “Que esse novo dia do Brasil possa dar aos brasileiros a luz do progresso e da paz”. Segundo o presidente, os Estados Unidos veem “com bons olhos” a independência e o crescimento do Brasil e querem cooperar com esse processo de desenvolvimento.

Dilma disse ter celebrado o fato de a primeira mulher presidenta do Brasil receber o primeiro presidente afrodescendente dos Estados Unidos. “Os dois países são os com maior quantidade de negros fora da África. Somos democracia multiétnica, com história de luta contra desigualdades e discriminação”, afirmou a presidenta.

Em seguida, Dilma Rousseff lembrou as semelhanças entre a ideologia pregada por Martin Luther King, nos anos 60 nos Estados Unidos, em defesa do fim da discriminação racial, e a que se vive e pensa no Brasil. “Temos orgulho de viver em paz há um século. O sonho de Martin, que é o mesmo dos brasileiros, é o sonho de liberdade, harmonia e se permite acrescentar de paz”.

A presidenta também cobrou de Barack Obama o fim de barreiras protecionistas a produtos brasileiros, como condição para se intensificar relações comerciais. Em declaração conjunta à imprensa no Palácio do Planalto, Dilma citou setores como o de biocombustíveis, especificamente o etanol, exportação de carne, algodão, suco de laranja e aço, produtos brasileiros que precisam enfrentar sobretaxas para entrar nos Estados Unidos.

“O Brasil está crescendo e os Estados Unidos reconhecem com entusiasmo o potencial do país”, disse o presidente norte-americano, em seu segundo discurso em Brasília, desta vez no Palácio do Itamaraty. “Estamos aqui para facilitar um diálogo real e efetivo”, disse ele. Obama destacou ainda o fato de dez acordos bilaterais terem sido assinados entre Estados Unidos e Brasil.

Como disse, ontem, em Brasília um experimentado jornalista, “a presença de Barack Obama e seu encontro com a presidenta Dilma Rousseff foram muito positivos. Há um novo relacionamento Brasil-Estados Unidos. Acabou o tempo da vassalagem e de se achar que os norte-americanos são maiores do que os outros. O Brasil e o mundo dizem isso”. (Com reportagens da Agência Brasil)

publicado por André Lazaroni em 20.3.11 |



sábado, março 19, 2011



Alívio? Balanço divulgado ontem (18/3), pelo Ministério da Saúde, indica que o número de casos de dengue registrados até o dia 26 de fevereiro deste ano caiu 37% em relação ao mesmo período do ano passado, com um total de 155.613 notificações de casos suspeitos em todo o país.

A situação, entretanto, ainda é de atenção nas regiões Norte, Nordeste e Sul. O ministério pede para que os cuidados preventivos sejam intensificados, uma vez que o período de chuvas ainda não acabou em muitos estados.

O Norte concentra 31,6% do total de casos suspeitos, com 49.101 notificações. Em seguida, estão as regiões Sudeste (27% e 42.092 casos), Nordeste (18,4% e 28.653 notificações), Centro-Oeste (12,3% e 19.066 casos) e Sul (10,7% e 16.701 casos).

A maior parte dos casos (53%) foi notificada em cinco estados: Rio de Janeiro, Amazonas, Acre, Paraná e Minas Gerais. O Ministério da Saúde considera como incidência alta o registro de mais 300 casos por 100 mil habitantes; como média quando há entre 100 e 300 casos por 100 mil habitantes; e como baixa quando há até 100 casos por 100 mil habitantes.

Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde mostram que o sorotipo 1 é o que mais tem infectado os brasileiros. O vírus não circulava no país desde a década de 80, o que fez com que milhões de brasileiros não apresentassem imunidade contra ele.

Das 1.856 amostras de sangue de pacientes com sintomas da doença que foram submetidas ao processo de isolamento viral, 335 deram positivo para a dengue e houve a detecção do sorotipo 1 em 81,8% delas.

O sorotipo 2 apareceu em 11% dos resultados positivos, o sorotipo 4 em 5,4% (apenas nos estados de Roraima, do Amazonas e do Pará) e o sorotipo 3 em 1,8%. (Reportagem de Paula Laboissière/Agência Brasil)

publicado por André Lazaroni em 19.3.11 |



sexta-feira, março 18, 2011


Como nós, os latino-americanos, tencionamos lidar com as usinas nucleares, depois dos graves problemas acontecidos no Japão, com os reatores de Fukushima, seriamente avariados pela ação do terremoto e tsunâmi há uma semana? Reportagem da agência alemã Deutsche Welle, divulgada ontem (17/3), no Brasil, pelo portal EcoDebate, esclarece bem a questão. Diz o texto:

Após os graves problemas surgidos em Fukushima 1, no Japão, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou na terça-feira (15/3) a suspensão do programa de construção de uma central nuclear no país.

“Ordenei ao ministro [da Energia Rafael] Ramirez congelar os planos desenvolvidos, os estudos preliminares do programa nuclear pacífico venezuelano”, afirmou Chávez, durante uma cerimônia transmitida pela televisão. “Não tenho dúvida de que isso [a potencial catástrofe nuclear no Japão] irá alterar muito fortemente os planos de desenvolvimento de energia nuclear no mundo”, acrescentou.

A Venezuela assinou em 2010 um acordo com a Rússia para a construção de uma central nuclear. Esse projeto provocou a inquietação dos Estados Unidos, que classificaram a medida de “perigosa”, devido à estreita relação da Venezuela com o Irã e aos depósitos de urânio existentes no país sul-americano.

Dos 439 reatores nucleares no mundo, seis estão na América Latina. Até agora, a energia nuclear só é utilizada em três países da região: Argentina, Brasil e México.

O precursor da tecnologia foi a Argentina, onde foi instalada a primeira usina nuclear da América Latina. Hoje, o país tem duas usinas nucleares em funcionamento e uma terceira em construção. As autoridades em Buenos Aires minimizaram o risco de que ocorra um desastre similar ao japonês no país.

O gerente de relações institucionais da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) da Argentina, Gabriel Barceló, alega que não há razão para uma mudança de planos, já que o país não está em uma zona sísmica e utiliza em suas centrais uma “tecnologia diferente” da adotada na central de Fukushima.

O Greenpeace da Argentina rebate esses argumentos. “Embalse está situada em uma zona sísmica, na província de Córdoba”, declarou um diretor da organização, Juan Carlos Villalonga.

A central nuclear Atucha 1, localizada nas margens do rio Paraná de las Palmas, cerca de 100 quilômetros a noroeste de Buenos Aires, teve construção iniciada em 1968 e entrou em operação em 1974. A usina Atucha 2 ainda está em construção, mas deverá entrar em funcionamento ainda este ano. As obras de Atucha 2 ficaram paralisadas por mais de 20 anos, tendo sido retomadas em meados de 2007.

A central nuclear de Embalse, localizada na cidade homônima, na província de Córdoba, foi a segunda usina nuclear conectada à rede na Argentina. Embalse, considerada hoje o maior motor térmico da América do Sul, está localizada a 100 quilômetros da cidade de Córdoba e a 700 quilômetros de Buenos Aires.

As três centrais são operadas pela Neoeléctrica Argentina S.A. e são responsáveis por 6,2% do abastecimento de energia do país. Porém, é provável que essa cifra venha a aumentar no futuro, já que em dezembro passado foi confirmada a notícia de que a empresa americana Westinghouse vai construir a quarta usina nuclear na Argentina: Atucha 3.

No Brasil, 3,1% da oferta total de eletricidade é gerada por energia nuclear. Os brasileiros têm atualmente duas usinas nucleares em atividade e uma em construção. A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAA), conhecida como Central Nuclear de Angra, está localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro.

Em 1982, Angra 1 foi conectada à rede, Angra 2 começou a operar em 2000 e em junho de 2010 foi iniciada a construção de Angra 3.

Embora o governo brasileiro preveja a construção de outras quatro usinas nucleares, após o desastre no Japão o presidente do Congresso, José Sarney, disse que ocorreu “uma mudança muito séria na visão que vamos ter que ter em relação às usinas nucleares fornecedoras de energia” e que é necessário “parar um pouco para pensar”.

A central nuclear Laguna Verde, localizada em Punta Limón, Veracruz, é a única usina nuclear do México e gera 4% da oferta total de eletricidade do país. Laguna Verde tem dois geradores, que foram inaugurados em 1989 e 1995.

Localizada na costa do Golfo do México, a cerca de 70 quilômetros da cidade de Veracruz, a central é muito criticada por associações ambientalistas. O grupo antinuclear Madres Veracruzanas afirma que Laguna Verde tem as mesmas características e seu sistema de resfriamento é baseado no mesmo sistema que a usina de Fukushima, acusando que “se houver eventos naturais semelhantes aos observados no Japão, provavelmente sofreremos as mesmas circunstâncias”.

Além de Brasil, México e Argentina também há outros países latino-americanos que apostam na energia nuclear. Na próxima segunda-feira, Barack Obama vai visitar o Chile, justamente para discutir projetos conjuntos em matéria de energia atômica.

Apesar do acidente devastador no Japão e do fato de ser um dos países mais afetados por terremotos e tsunâmis, o governo chileno não mudou de planos. “O Chile necessita olhar isso tudo em um horizonte de longo prazo”, desconversou o ministro da Energia do país, Laurence Golborne, ao justificar a cooperação com Washington em meio à preocupação com a crise nuclear no Japão.

No momento, o Chile dispõe de dois pequenos reatores experimentais em La Reina e Lo Aguirre, destinados a fins medicinais e de pesquisa.

publicado por André Lazaroni em 18.3.11 |



quarta-feira, março 16, 2011


Hoje, todos os japoneses têm um medo maior: a contaminação pela radiação emanada das usinas nuclearJustificares avariadas pela ação do terremoto e do tsunâmi de sexta-feira (11/3). Há aumento da radiação em áreas próximas de Tóquio, cidade situada no centro do Japão.

Capital do país, e maior cidade do mundo, com seus 35 milhões de habitantes, Tóquio perde momento a momento seu tradicional aspecto de centro muito iluminado e que não para dia e noite. Poucas pessoas andam pelas ruas e milhares vão para outras regiões, consideradas mais seguras.

Instituições científicas e órgãos governamentais de diversos países, entre eles a Autoridade de Segurança Nuclear Francesa, indicaram, ontem à tarde (15/3) um aumento na radiação atômica. A gravidade dos acidentes em teres usinas passou do grau 6 para o 7.

Ontem à noite, o Serviço de Meteorologia do Japão deu uma notícia que levou um pouco mais de tranqüilidade e de esperança a todos: fortes ventos nas regiões das usinas nucleares devem levar a temida radiação para o Oceano Pacífico.

Embaixadas, entre elas a do Brasil, estão pedindo a seus cidadãos que saiam do Japão assim que for possível. Hoje, quarta-feira, o Consulado do Brasil em Tóquio, envia dois ônibus para as regiões de Sedai e Fukushima Daiichi para que os brasileiros que queiram deixar a área tenham condições de transporte.

As cidades das regiões de Sedai e Fukushima foram duramente atingidas pelo terremoto e tsunami, e agora pelas explosões na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. O Itamaraty reiterou, ontem à noite, que não há informações de brasileiros entre as vítimas no Japão.

No total, a comunidade brasileira no Japão é formada por 254 mil pessoas concentradas principalmente no Sul do arquipélago.

publicado por André Lazaroni em 16.3.11 |



terça-feira, março 15, 2011


Não podemos nos esquecer de um fato doloroso, merecedor de solidariedade: a Região Serrana do Rio de Janeiro ainda necessita de muito apoio para a reconstrução de suas sete cidades assoladas pelas violentas chuvas de 11 de janeiro.

Nova Friburgo, município que teve grande parte de sua população atingida pela tragédia ambiental, com graves danos à infraestrutura, tem 387 famílias vivendo nos 26 abrigos mantidos em funcionamento. Elas perderam as casas ou tiveram os imóveis interditados pela Defesa Civil.
Mas hoje, uma boa nova para a importante agricultura da Região Serrana vai se materializar. O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, preside a primeira reunião do Comitê Especial de Reconstrução Rural da Região Serrana (Ceres), às 10 horas, na sede da secretaria, em Niterói.

Na pauta, entre outros temas, será discutido o trabalho dos equipamentos locados com recursos do Banco Mundial para reforçar as ações das patrulhas mecanizadas do Programa Estradas da Produção; liberação dos créditos emergenciais; ações especiais para reestruturação das áreas produtivas; e retorno das famílias ao ambiente rural.

O colegiado, integrado por técnicos de órgãos estaduais, municipais e federais, além de instituições da sociedade civil ligadas ao setor agrícola, tem como objetivo acompanhar o andamento das etapas de recuperação dos municípios da Região Serrana atingidos pelas fortes chuvas em janeiro.

O presidente da Empresa de Obras Públicas do estado (Emop), Ícaro Moreno, estima que a reconstrução total dos sete municípios atingidos vai levar cerca de dois anos e meio.

Ele informou que somente em Nova Friburgo há mais de 120 intervenções grandes, entre obras de contenção, desobstrução de ruas e remoção de terra. Disse Ícaro Moreno: “pretendemos concluir até o final de abril a fase emergencial, que inclui recuperação de infraestrutura, contenções e a parte de drenagem de rios e canais, com estimativas de custos.”

publicado por André Lazaroni em 15.3.11 |



segunda-feira, março 14, 2011


Geotecnologia em sala de aula do ensino fundamental. É isso. A boa nova é iniciativa de duas instituições públicas exemplares do Brasil: o Inpe e a Embrapa. Professores do ensino fundamental da rede municipal de Campinas (SP) tiveram aulas práticas de geotecnologias ministradas por Teresa Gallotti Florenzano e Suely Franco Siqueira Lima, da Divisão de Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Promovido pela Embrapa Monitoramento por Satélite, que tem sede em Campinas, por meio do projeto GeoAtlas, o curso ofereceu aos professores uma imersão no software de geoprocessamento Spring, um sistema de informações geográficas desenvolvido pelo Inpe e de uso gratuito.

O objetivo foi capacitar os professores no uso de ferramentas como o sensoriamento remoto e imagens de satélite, possibilitando aulas mais criativas e contribuindo para despertar o maior interesse dos alunos. Dominando essas novas ferramentas, o professor poderá trabalhar de maneira mais personalizada, utilizando dados sobre o município e a região onde está localizada a sua escola.

Uma das professoras, Teresa Gallotti Florenzano, explicou: “o próprio professor poderá selecionar imagens de satélite da área de seu interesse, combinar datas diferentes e, por exemplo, acompanhar a expansão urbana, a evolução de áreas verdes e mesmo de determinadas atividades agropecuárias em seu município ao longo de um período”.

Todos os anos, no mês de julho, o Inpe promove o curso “Uso Escolar do Sensoriamento Remoto para Estudo do Meio Ambiente” para professores de todo o Brasil. Neste ano as aulas devem acontecer entre os dias18 e 22 de julho. Em breve, o instituto divulgará a programação e os procedimentos de inscrição para a edição de 2011.

Com aulas sobre tratamento de imagens de satélites, cartografia e geoprocessamento, o curso apresenta aos professores os fundamentos da tecnologia espacial e suas aplicações na agricultura, no estudo do espaço urbano, da vegetação e de bacias hidrográficas.

As aulas destacam ainda as aplicações em meteorologia, explicando como a tecnologia espacial é importante no estudo de fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas, passando por noções de monitoramento e previsão de tempo, além de práticas de campo sobre o sistema de posicionamento global GPS.

publicado por André Lazaroni em 14.3.11 |



sexta-feira, março 11, 2011



Alívio e esperança de mais avanços! O Greenpeace conquista importante avanço na preservação de peixes ameaçados de extinção pela pesca predatória. A empresa gigante Princes, responsável por vender mais atum enlatado que qualquer outro grupo na Grã-Bretanha adota, em parceria com a rede de supermercados Asda, a compra de atum proveniente de métodos não-destrutivos.

O acordo foi bem recebido por David Ritter, responsável pela campanha de oceanos do Greenpeace Reino Unido. Disse ele: “o anúncio da Princes e da Asda são ótimas notícias para a preservação de atum, tubarão e para os nossos oceanos. Agora que a maior companhia de atum enlatado se juntou a um dos maiores supermercados para acabar com a pesca destrutiva, isso coloca no foco outra grande marca, a John West, agora em último lugar em termos de sustentabilidade”.

A declaração acontece após uma longa campanha do Greenpeace contra o método de pesca ostensivo responsável por matar tubarões e por estimular a sobrepesca de peixes como o atum, que tem algumas espécies ameaçadas de extinção. A ONG espera que o acordo com a Princes tenha sido o primeiro passo de muitos outros que devem ser dados para a proteção dos oceanos.

A cadeia Princes, que pertence à multinacional japonesa Mitsubishi, e a Asda, que faz parte do conglomerado Walmart, se comprometeram a não ceder a métodos de pesca que utilizam redes de cerco com atrator de peixes (FAD), que atrai artificialmente uma quantidade grande deles para dentro desses equipamentos de pesca.

As redes de cerco em geral pescam não só o atum como também tubarões e arraias. As duas companhias afirmaram que estão 100% comprometidos a fazer a pesca de atum com linha e anzol e com a rede de espera sem o FAD até 2014. Além disso, a Princes concordou em não capturar atum de áreas oceânicas do Pacífico, que são consideradas pelo Greenpeace importantes reservas marinhas.

O anúncio da Princes acontece após meses de pressão do Greenpeace, incluindo o envio de mais de 80 mil e-mails à companhia pelo site do movimento. Como parte da pressão, em fevereiro, a campanha do Greenpeace encenou um ataque de tubarões em Liverpool ao escalar o topo do escritório da Princes, abrindo banners com ativistas vestidos de tubarão e distribuindo informações para empregados da Princes e a pessoas que passavam pelo local no momento da ação.

Sobre esse desfecho parcial vitorioso da campanha, a bióloga Leandra Gonçalves, do Greenpeace Brasil declarou: “é uma grande vitória conseguir o comprometimento do setor produtivo em desenvolver uma pesca mais sustentável”. Em sua análise, Leandra acredita que outras companhias seguirão os passos da Princes.

Acrescentou ela: “a crescente preocupação dos consumidores em comprar produtos sustentáveis pode mover o mercado pesqueiro a ter uma prática cada vez mais responsável em relação aos recursos pesqueiros”.

A preservação dos oceanos é tema permanente das ações do Greenpeace em todo o mundo. No ano passado um dos principais focos da campanha foi a pesca predatória no Mediterrâneo do atum azul, espécie ameaçada de extinção, onde pelo menos 80% do atum azul já foram pescados.

publicado por André Lazaroni em 11.3.11 |



quarta-feira, março 09, 2011


De olho nos 45% de renovação das cadeiras na Câmara, parlamentares da bancada ruralista vem intensificando a estratégia, adotada no dia 1º, para acelerar a votação das mudanças no Código Florestal. Um grupo de deputados e dirigentes de entidades representantes do setor rural produtivo estabelece conversações com congressistas eleitos nas eleições de outubro passado, a fim de conquistar apoio para a votação do projeto de lei do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que propõe mudanças profundas na legislação ambiental.

Leia a reportagem da jornalista Renata Camargo, publicada pelo site Congresso em Foco e portais Ecodebate e IHU On-line.

O objetivo da iniciativa da bancada ruralista é acelerar a votação do novo código. Os ruralistas esperam que a proposta seja apreciada pelo plenário da Câmara ainda neste mês.

“Começou o baile. Antes, individualmente, cada um de nós fazia um contato com um prefeito ali, um deputado aqui. Agora, mais formalmente, vamos tentar agilizar esse processo de votação”, disse o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), idealizador da investida ruralista.

A estratégia consiste em bater nos gabinetes dos novatos e esclarecer pontos contraditórios do projeto sob o ponto de vista ruralista. Correr atrás do apoio das bancadas partidárias também faz parte da tática ruralista. Aldo Rebelo se reuniu com deputados do PSB para falar sobre seu projeto. Há alguns dias, a conversa foi com parlamentares do PDT, para explicar os pontos polêmicos do projeto. Já houve conversas também com PPS, PR, PRB, PTdoB, PRTB, PHS, PTC e PSL.

“Estamos fazendo alguns acertos com os líderes e debates com as bancadas. Fazemos os debates, os esclarecimentos e vemos se haverá apoio”, afirmou Heinze. “Estamos indo bem, já conseguimos alguns avanços”.

Muito polêmico, o projeto de Aldo tem levado a uma acirrada disputa política entre as bancadas ruralista e ambientalista. Representantes do setor produtivo defendem a aprovação da proposta do deputado paulista o mais rápido possível, enquanto ambientalistas querem mais debates sobre o tema. Entre os pontos mais polêmicos, está o dispositivo que perdoa dívidas por desmatamento ilegal realizadas até meados de 2008.

Enquanto a bancada ruralista tenta convencer os novos parlamentares de que a proposta de Aldo é a melhor opção para o setor rural, representantes da agricultura familiar vão mostrar que o texto precisa de mudanças profundas para atender os pequenos produtores. Em documento divulgado no auditório Freitas Nobre, na Câmara, entidades ligadas à agricultura familiar apresentaram 18 sugestões de alteração ao relatório que aguarda votação do plenário.

O principal ponto de negociação será a inclusão no texto de Aldo do conceito de agricultura familiar, presente na Lei da Agricultura Familiar. Essa lei diferencia o agricultor familiar dos demais não só pelo tamanho de sua propriedade, como também por deter predominantemente a mão-de-obra familiar e ter a maior parte da renda oriunda da atividade na própria terra. A inclusão desse conceito no texto diferenciaria os agricultores familiares dos demais tipos de produtor rural, o que traria benefício para os pequenos.

“O conceito da agricultura familiar é importantíssimo, porque traz o modo de vida do agricultor. O Código Florestal precisa tratar a agricultura familiar de modo diferente, pois somos diferentes”, afirmou a secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosicléia dos Santos.

Um dos pontos principais da discussão envolvendo a agricultura familiar recai sobre a reserva legal, parte da propriedade que deve ser preservada, sem poder ser desmatada. O texto de Aldo dispensa da reserva propriedades com até quatro módulos. O argumento usado é para beneficiar os pequenos, mas da forma que está no texto, os grandes proprietários de terra também ganhariam benefícios com a dispensa de parte de suas reservas.

“A gente não quer a isenção de reserva legal nem mesmo para a agricultura familiar. Essa nunca foi a proposta da Contag, nunca pedimos isso. O que queremos é o cômputo das áreas de preservação permanente (APPs) na reserva legal para a agricultura familiar”, disse Rosicléia.

A questão da dispensa de reserva legal também é um dos pontos que mais preocupam o governo, segundo o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP). Esse ponto deve ser um dos mais acirrados na negociação entre ministérios, na tentativa de encontrar um consenso no texto do novo Código Florestal. A dispensa para quatro módulos indiscriminadamente é um dos pontos dos quais a bancada ruralista não abre mão.

publicado por André Lazaroni em 9.3.11 |




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