Andre Lazaroni

sexta-feira, março 11, 2011



Alívio e esperança de mais avanços! O Greenpeace conquista importante avanço na preservação de peixes ameaçados de extinção pela pesca predatória. A empresa gigante Princes, responsável por vender mais atum enlatado que qualquer outro grupo na Grã-Bretanha adota, em parceria com a rede de supermercados Asda, a compra de atum proveniente de métodos não-destrutivos.

O acordo foi bem recebido por David Ritter, responsável pela campanha de oceanos do Greenpeace Reino Unido. Disse ele: “o anúncio da Princes e da Asda são ótimas notícias para a preservação de atum, tubarão e para os nossos oceanos. Agora que a maior companhia de atum enlatado se juntou a um dos maiores supermercados para acabar com a pesca destrutiva, isso coloca no foco outra grande marca, a John West, agora em último lugar em termos de sustentabilidade”.

A declaração acontece após uma longa campanha do Greenpeace contra o método de pesca ostensivo responsável por matar tubarões e por estimular a sobrepesca de peixes como o atum, que tem algumas espécies ameaçadas de extinção. A ONG espera que o acordo com a Princes tenha sido o primeiro passo de muitos outros que devem ser dados para a proteção dos oceanos.

A cadeia Princes, que pertence à multinacional japonesa Mitsubishi, e a Asda, que faz parte do conglomerado Walmart, se comprometeram a não ceder a métodos de pesca que utilizam redes de cerco com atrator de peixes (FAD), que atrai artificialmente uma quantidade grande deles para dentro desses equipamentos de pesca.

As redes de cerco em geral pescam não só o atum como também tubarões e arraias. As duas companhias afirmaram que estão 100% comprometidos a fazer a pesca de atum com linha e anzol e com a rede de espera sem o FAD até 2014. Além disso, a Princes concordou em não capturar atum de áreas oceânicas do Pacífico, que são consideradas pelo Greenpeace importantes reservas marinhas.

O anúncio da Princes acontece após meses de pressão do Greenpeace, incluindo o envio de mais de 80 mil e-mails à companhia pelo site do movimento. Como parte da pressão, em fevereiro, a campanha do Greenpeace encenou um ataque de tubarões em Liverpool ao escalar o topo do escritório da Princes, abrindo banners com ativistas vestidos de tubarão e distribuindo informações para empregados da Princes e a pessoas que passavam pelo local no momento da ação.

Sobre esse desfecho parcial vitorioso da campanha, a bióloga Leandra Gonçalves, do Greenpeace Brasil declarou: “é uma grande vitória conseguir o comprometimento do setor produtivo em desenvolver uma pesca mais sustentável”. Em sua análise, Leandra acredita que outras companhias seguirão os passos da Princes.

Acrescentou ela: “a crescente preocupação dos consumidores em comprar produtos sustentáveis pode mover o mercado pesqueiro a ter uma prática cada vez mais responsável em relação aos recursos pesqueiros”.

A preservação dos oceanos é tema permanente das ações do Greenpeace em todo o mundo. No ano passado um dos principais focos da campanha foi a pesca predatória no Mediterrâneo do atum azul, espécie ameaçada de extinção, onde pelo menos 80% do atum azul já foram pescados.

publicado por André Lazaroni em 11.3.11



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