Andre Lazaroni

domingo, fevereiro 13, 2011




Um passo à frente na luta pela preservação da Caatinga, o único bioma inteiramente brasileiro! A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a presidenta da Caixa Econômica, Maria Fernanda Coelho, assinaram termo de compromisso para destinar dinheiro do Fundo Socioambiental do banco oficial ao financiamento de projetos voltados ao manejo sustentável dos recursos naturais na Caatinga, com destaque aos que integram a cadeia de insumos da construção civil e que usam matéria-prima proveniente do bioma.

Para o MMA, a destinação de recursos à Caatinga é o primeiro ato do Ano Internacional de Florestas e um momento histórico, porque, além da Amazônia, o Brasil começa a investir em outros biomas. E a Caatinga vai surpreender com projetos inovadores. Essa é a expectativa inicial de todos.

Agora, serão elaborados os editais para as ações de combate ao desmatamento e à desertificação, bem como para o financiamento dos pólos das indústrias de cerâmica e gesso, que fazem uso de recursos florestais (lenha e carvão). A expectativa é que, no segundo semestre de 2011, os projetos sejam contratados e, a execução, iniciada.

As etapas de seleção e apoio à qualificação técnica dos projetos a serem financiados pelo Fundo Socioambiental serão conduzidas pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente, com base nos eixos temáticos prioritários para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente.

Para Maria Fernanda Coelho, o sertão sempre foi associado à seca, à miséria e à pobreza e será muito importante a reversão dessa visão, mostrando ao Brasil a riqueza da biodiversidade da Caatinga e a possibilidade de se desenvolver e mudar a condição de vida das pessoas com o uso sustentável dos recursos.

A mesma parceria foi estabelecida para projetos de conservação no Cerrado, bioma que já conta com o financiamento de mais de 2 milhões de reais do Fundo Socioambiental da Caixa.

A Caatinga é o único bioma genuinamente brasileiro, com 844 mil km² de área, que se espalha por vários estados do Nordeste e chega até ao norte de Minas Gerais. Seus recursos florestais, ainda utilizados como lenha e carvão vegetal, representam a segunda principal fonte de energia da região e são consumidos, em boa parte, pela indústria da construção civil.

O uso indiscriminado dos recursos naturais da Caatinga já levou ao desmatamento de 45% do bioma, o que contribui para o aumento da desertificação no Semiárido. Se os recursos florestais forem usados de forma sustentável, podem impulsionar o desenvolvimento econômico e socioambiental da região, evitar a desertificação e garantir a sobrevivência das populações sertanejas.

publicado por André Lazaroni em 13.2.11



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