Andre Lazaroni

quarta-feira, fevereiro 02, 2011


Uma tarefa dos homens da Engenharia do Exército Brasileiro acompanhada com a atenção e a torcida de milhares de pessoas. Estou me referindo à liberação, ontem à tarde (1/2) da ponte metálica ligando Nova Friburgo a Bom Jardim, na Região Serrana do Rio.

Os dois municípios praticamente ficaram sem interligação por causa da queda de duas pontes de concreto durante as fortes chuvas e as avalanches de terra ocorridas no último dia 12 de janeiro. Reportagem de Vladimir Platonow, da Agência Brasil.

A tão esperada ponte sobre o Rio Grande tem 53 metros de extensão e capacidade para até 30 toneladas. Por causa da fragilidade nas pistas de acesso, que foram carregadas pela correnteza e tiveram que ser refeitas, o limite determinado pelo prefeito de Bom Jardim, Paulo Barros, é de apenas 6 toneladas, o que permite a passagem de carros, caminhões de dois eixos e ônibus.

Desde a queda das pontes de concreto, o percurso dos moradores de Bom Jardim até o município vizinho, onde muitos trabalham, aumentou em quase uma hora. “O mais difícil era socorrer doentes e vítimas dos desabamentos. Eles tinham de vir em uma ambulância e ser carregados nos braços para atravessar uma ponte de madeira. Depois, eram colocados em outra ambulância”, lembrou Jones Pubell, professor em Bom Jardim.

A estrutura metálica veio do município gaúcho de Cachoeira do Sul, em um comboio formado por cinco carretas e dois caminhões. A construção exigiu o trabalho de 90 homens do 3º Batalhão de Engenharia de Combate, do Rio Grande do Sul, e do Batalhão Escola de Engenharia, do Rio de Janeiro.

“Foi um trabalho difícil, porque tivemos que nos deslocar cerca de 2 mil quilômetros com o equipamento”, disse o coordenador-geral da operação, o comandante da 1ª Divisão de Exército, general Oswaldo de Jesus Ferreira.

A operação de trânsito na ponte será controlada pela Guarda Municipal de Bom Jardim. Oito homens do Exército ficarão encarregados de fazer a fiscalização permanente das condições do equipamento. A reconstrução da ponte principal, na RJ-116, deve durar cerca de seis meses.




publicado por André Lazaroni em 2.2.11



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