Andre Lazaroni

sexta-feira, fevereiro 11, 2011


A ameaça da dengue na capital e nos demais municípios é grave! Estamos à beira de uma nova epidemia, terrível mal que todos queremos evitar. Quem não se lembra da morte de diversas pessoas, entre elas crianças pequenas, que foram vítimas da dengue? Quem não tem na memória o lamento angustiado de pais e mães que perderam os filhos de uma hora para outra?

Os bairros da capital que correm os maiores riscos de nova epidemia são Pedra de Guaratiba, Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, todos na Zona Oeste. Nesses bairros, as pessoas não têm abastecimento regular de água e, por isso, fazem armazenamento que em muitos casos não é vedado de forma conveniente.

Vamos agir contra a dengue? Vamos lá! Decisão importante: o Ministério Público do Rio entregou à Prefeitura da capital recomendação no sentido de que os órgãos públicos intensifiquem o combate ao mosquito transmissor, exercendo o seu poder de polícia.

Segundo o MP, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, da Secretaria Especial de Ordem Publica, da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e outros órgãos públicos devem ter acesso aos imóveis abandonados ou fechados de modo a evitar uma nova epidemia do mal.

A preocupação com a possibilidade de uma epidemia de dengue no estado fará com que as secretarias municipal e estadual de Saúde apresentem, em audiência pública no próximo dia 21, as ações desenvolvidas tanto para o atendimento à população infectada quanto para o combate ao mosquito Aedes aegypti.

Não podemos esquecer. Terça-feira (8/2) foi registrado o primeiro caso de morte por dengue de 2011: uma menina de 9 anos, moradora de Itaboraí, que estava internada no Hospital Santa Cruz, em Niterói, desde 26 de dezembro do ano passado. Como o diagnóstico da dengue foi notificado em 31 de dezembro, o caso fará parte da estatística de óbitos causados pela doença relativa a 2010.

No município do Rio, foram confirmados até agora 1.107 casos da doença, dos quais 948 foram registrados em fevereiro. Em janeiro e fevereiro do ano passado, foram notificados, respectivamente, 113 e 176 casos. No ano inteiro, foram 3.120 casos.

Sobre a possibilidade de uma nova epidemia no Rio, o coordenador de Operações contra a Dengue do município, médico Marcos Ferreira, disse que o aumento nestes primeiros meses do ano já era esperado.

Disse ele: “nós já esperávamos um aumento no número de casos de dengue em razão da reintrodução do vírus 1, além de ser verão, estação propícia à maior incidência do vírus. Por enquanto, a situação está sobre controle, mas nada que evite o nosso estado de alerta. Ainda há também a possibilidade da introdução da dengue do tipo 4, que não foi detectada no estado, o que pode dificultar o controle da doença e de uma possível epidemia”.

O coordenador alertou para os riscos causados pela reintrodução do vírus do tipo 1. Ele explicou que quem tem 24 anos ou menos está mais susceptível ao vírus, uma vez que ainda não contraiu esse tipo do Aedes aegypti.

publicado por André Lazaroni em 11.2.11



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