segunda-feira, maio 10, 2010
Temos muita área verde sem preservação
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” divulga estudo de pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e Chalmers (Suécia) revelando que ainda existem muitas áreas verdes sem preservação no Brasil. Segundo o estudo, mesmo que todos os produtores rurais regularizassem suas terras e obedecessem ao Código Florestal, ainda sobrariam 100 milhões de hectares de vegetação não protegidos ambientalmente e que podem sofrer desmatamento. A área equivale a quatro vezes o Estado de São Paulo. Os pesquisadores criaram um mapa mostrando que existem 537 milhões de hectares de vegetação natural no Brasil, cerca de 60% do território nacional.
Para chegar ao resultado foram usados os dados mais recentes de fontes como o Programa Nacional de Meio Ambiente (Probio, do Ministério do Meio Ambiente), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O professor Gerd Sparovek, do Departamento de Solos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, afirmou que foi um esforço braçal. Eles trabalharam com mais de 200 mapas digitais diferentes. O material levou um ano e meio para ficar pronto. Boa parte dos 100 milhões de hectares desprotegidos não é adequada para a expansão da agricultura, ressaltou o professor Sparovek.
Cerca de 74 milhões de hectares têm aptidão baixa para atividades agrícolas. O receio, porém, é que a pecuária possa tentar ocupar essas áreas de floresta. O pesquisador da USP defende que, enquanto as terras com vegetação não são protegidas, um pacto de “desmatamento zero” deve ser firmado pelos setores produtivos no Brasil. A agricultura tem possibilidade, segundo ele, de ser expandida para 60 milhões de hectares onde hoje é feita a pecuária extensiva que têm solos e clima adequados à produção agrícola. A pecuária brasileira tem um boi por hectare. É como ter um homem para cada quarteirão.
O estudo mostra que 11% da vegetação natural restante no Brasil estão em Áreas de Preservação Permanente (APPs), como encostas e margens de rios, o que totaliza 59 milhões de hectares. Porém, o correto seriam existir 103 milhões de hectares, o que significa que há um déficit de 43 milhões de hectares, que já foram desmatados por algum motivo. A reserva legal, área que o proprietário rural é obrigado a deixar com vegetação dentro do terreno, também tem situação complicada. Seria necessário ter, de acordo com o Código Florestal atual, 254 milhões de hectares de vegetação como reserva legal, mas faltam para fechar a conta 43 milhões de hectares.
Para chegar ao resultado foram usados os dados mais recentes de fontes como o Programa Nacional de Meio Ambiente (Probio, do Ministério do Meio Ambiente), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O professor Gerd Sparovek, do Departamento de Solos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, afirmou que foi um esforço braçal. Eles trabalharam com mais de 200 mapas digitais diferentes. O material levou um ano e meio para ficar pronto. Boa parte dos 100 milhões de hectares desprotegidos não é adequada para a expansão da agricultura, ressaltou o professor Sparovek.
Cerca de 74 milhões de hectares têm aptidão baixa para atividades agrícolas. O receio, porém, é que a pecuária possa tentar ocupar essas áreas de floresta. O pesquisador da USP defende que, enquanto as terras com vegetação não são protegidas, um pacto de “desmatamento zero” deve ser firmado pelos setores produtivos no Brasil. A agricultura tem possibilidade, segundo ele, de ser expandida para 60 milhões de hectares onde hoje é feita a pecuária extensiva que têm solos e clima adequados à produção agrícola. A pecuária brasileira tem um boi por hectare. É como ter um homem para cada quarteirão.
O estudo mostra que 11% da vegetação natural restante no Brasil estão em Áreas de Preservação Permanente (APPs), como encostas e margens de rios, o que totaliza 59 milhões de hectares. Porém, o correto seriam existir 103 milhões de hectares, o que significa que há um déficit de 43 milhões de hectares, que já foram desmatados por algum motivo. A reserva legal, área que o proprietário rural é obrigado a deixar com vegetação dentro do terreno, também tem situação complicada. Seria necessário ter, de acordo com o Código Florestal atual, 254 milhões de hectares de vegetação como reserva legal, mas faltam para fechar a conta 43 milhões de hectares.
publicado por André Lazaroni em 10.5.10
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