Andre Lazaroni

segunda-feira, maio 03, 2010


Esta segunda-feira, 3 de maio, é o Dia do Pau-Brasil. Orgulhem-se amigas e amigos. Somos o único país do mundo com nome de árvore. Um motivo a mais, não é mesmo, para lutarmos sempre pela defesa do meio ambiente. Além de ter originado o gentílico, a madeira foi a primeira atividade econômica desenvolvida pelos portugueses em nossas terras. O pau-brasil era utilizada pelos índios em suas pinturas e, depois de Portugal, foi a vez da França extraí-lo ao máximo. Em 1978, com a Lei 6.607, ele foi declarado oficialmente como árvore símbolo nacional e foi instituído este dia para a sua comemoração (comemoração?). A espécie, que já foi considerada extinta, é um marco na história brasileira.
Pau-brasil é o nome genérico que se atribui a várias espécies de árvores do gênero Caesalpinia antes presentes na região da Mata Atlântica, do Rio Grande do Norte até a costa doRio de Janeiro. Além do pigmento vermelho intenso extraído do cerne e conhecido como brasileína, utilizado como corante e tinta de escrever, ele também foi empregado na construção naval e civil, em trabalhos de torno e marcenaria de luxo e na fabricação de instrumentos musicais como, por exemplo, violinos, harpas e violas. A presença de pau-brasil na Mata Atlântica era muito grande até o século XVI. Depois, começou a madeira começou a escassear pelos séculos seguintes até ser declarada extinta no início do século passado. Hoje, há um forte movimento de ONGs para disseminar sua cultura pelo Brasil afora.

O cantor e compositor Adilson Alcântara versejou e cantou assim o pau-brasil, em sua triste história brasileira.

“Quando o navio procurava o cais,
Pero Vaz de Caminha, atrás de Cabral,
Exclamou feliz: Terra de Santa Cruz,
Matiz sem igual
Beleza assim não se vê em Portugal!
Pedro Cabral desembarcou
E dançou ao som tribal
Dos tupis do litoral,
Veio o cacique sem café
E o pajé abençoou
A tripulação da nau
Depois vieram reis e realeza,
Escravos e princesa,
Mulatas, carnaval,
Até que, um dia tal,
Pintou, então, sutil
Um cara que deu fim,
Deu fim no pau-brasil.”

publicado por André Lazaroni em 3.5.10



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