Andre Lazaroni

sexta-feira, abril 23, 2010


Ao contrário do que diz a antiga marchinha de carnaval, índio não quer apito. Índio quer elaborar um projeto de redução de carbono para ter dinheiro para o desenvolvimento sustentável das terras onde vive. Eles são os suruís, etnia indígena da Amazônia que detêm a posse da reserva 7 de Setembro, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso. Os suruís querem receber recursos para manter a floresta de pé e garantir o futuro de seus descendentes. Os indígenas mantêm 243 mil hectares de sua reserva homologada em 1983. O propósito, já do conhecimento da Funai, é o de que eles evitem o desmatamento dentro da área e, em troca, tenham garantidos recursos oriundos da não-emissão de CO2 na atmosfera.

Técnicos do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesan) fazem um estudo do estado de degradação da área e de como ela poderia ser recuperada a partir da adoção de atividades seguras, para mensurar quanto carbono deixará de ser emitido pelos suruís. Em junho o trabalho estará concluído, para aplicação em setembro. Desde 1969, quando entrou em contato com o homem branco, o suruí, sua aldeia e suas terras entraram num processo contínuo de decadência. A população caiu de 5 mil habitantes para a apenas 250. Nas três décadas seguintes, doenças e conflitos com madeireiros ilegais quase dizimaram o povo suruí. Agora, eles lutam pela sobrevivência com o recurso moderno do desenvolvimento sustentável. Que vençam!

publicado por André Lazaroni em 23.4.10



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