sábado, abril 17, 2010
ONU discute e não resolve problemas do clima
Os desmatamentos continuam pelo mundo, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. É lá que estão as grandes florestas. Diante disso, Washington Novaes, jornalista brasileiro e autoridade de reconhecimento internacional na defesa do meio ambiente, fez uma pergunta: por onde se poderia avançar na proteção das florestas e da biodiversidade? Ele mesmo responde em um de seus comentários semanais no jornal “O Estado de S. Paulo”:
“Está em curso uma discussão semelhante à que ocorre na área do clima, com muitos especialistas propondo a criação de uma entidade fora do âmbito da ONU, porque nesta as decisões só são tomadas por consenso, e elas não acontecem por causa das divergências entre países-membros. Desde a Rio 92, quando foi criada, a Convenção da Diversidade Biológica está empacada na discussão sobre a soberania dos países detentores da biodiversidade e a repartição de benefícios quando alguma espécie neles pesquisada é transformada em produto industrial patenteado em outro país.”
Washington Novaes fez ainda uma denúncia: “Enquanto não se avança, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) diz que um terço do 1,9 milhão de espécies já identificadas está em “situação crítica”. Dos 34 “hotspots” (lugares mais ameaçados no mundo), 2 estão no Brasil: Cerrado e Mata Atlântica.”
Em dezembro passado, fui membro da delegação brasileira à COP-15, Reunião do Clima de Copenhague, na condição de observador parlamentar da Alerj. Dos eventos em que tomei parte e do que assisti nas reuniões entre chefes de estado e de governo, vi muita discussão, palavrório e nenhuma decisão. O mundo saiu frustrado da Dinamarca, apesar do bom papel desempenhado pelo presidente Lula e alguns de seus parceiros de outros países.
A assinatura de um novo acordo que substitua o Tratado de Kyoto ficou para a reunião do México, em novembro e dezembro deste ano. Teremos novidades? Duvido. Os países-membros da ONU – para usar uma linguagem popular – só discutem abobrinhas e jogam os problemas para uma nova reunião...
“Está em curso uma discussão semelhante à que ocorre na área do clima, com muitos especialistas propondo a criação de uma entidade fora do âmbito da ONU, porque nesta as decisões só são tomadas por consenso, e elas não acontecem por causa das divergências entre países-membros. Desde a Rio 92, quando foi criada, a Convenção da Diversidade Biológica está empacada na discussão sobre a soberania dos países detentores da biodiversidade e a repartição de benefícios quando alguma espécie neles pesquisada é transformada em produto industrial patenteado em outro país.”
Washington Novaes fez ainda uma denúncia: “Enquanto não se avança, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) diz que um terço do 1,9 milhão de espécies já identificadas está em “situação crítica”. Dos 34 “hotspots” (lugares mais ameaçados no mundo), 2 estão no Brasil: Cerrado e Mata Atlântica.”
Em dezembro passado, fui membro da delegação brasileira à COP-15, Reunião do Clima de Copenhague, na condição de observador parlamentar da Alerj. Dos eventos em que tomei parte e do que assisti nas reuniões entre chefes de estado e de governo, vi muita discussão, palavrório e nenhuma decisão. O mundo saiu frustrado da Dinamarca, apesar do bom papel desempenhado pelo presidente Lula e alguns de seus parceiros de outros países.
A assinatura de um novo acordo que substitua o Tratado de Kyoto ficou para a reunião do México, em novembro e dezembro deste ano. Teremos novidades? Duvido. Os países-membros da ONU – para usar uma linguagem popular – só discutem abobrinhas e jogam os problemas para uma nova reunião...
publicado por André Lazaroni em 17.4.10
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