Andre Lazaroni

domingo, março 14, 2010


Estamos combinados? Tá agendado? Estão avisando parentes, amigos e quem mais for? Quarta-feira tem a passeata de todos nós, “Contra a covardia, em defesa do Rio”! A concentração vai ser na Candelária a partir das 4 da tarde, seguindo depois pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde haverá um belo e gigantesco ato público. Tenho certeza disso! O movimento é um protesto à aprovação, na Câmara dos Deputados, em Brasília, da emenda Ibsen Pinheiro à proposta do governo federal para um marco regulatório da exploração petrolífera na camada de pré-sal.

Ontem, o governador Sérgio Cabral garantiu, durante coletiva, que o estado não vai deixar de lutar pela justiça na distribuição dos royalties e principalmente pela democracia. O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e representantes do governo capixaba estarão de braços dados na luta. A emenda prejudica a receita dos estados produtores de petróleo: São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. No Rio, o prejuízo será de cerca de R$ 7 bilhões, sendo R$ 2 bilhões para os municípios e R$ 5 bilhões para o estado.

Disse o governador, coincidentemente com exemplos iguais aos meus, aqui ontem: “o Rio não aceita essa violência contra o seu povo. Esse estado foi o que liderou a campanha “O Petróleo é nosso”, liderou a campanha da redemocratização, foi o mais inquieto contra a ditadura militar. Esse estado não fica cabisbaixo e não vai aceitar essa covardia. Somos 16 milhões de habitantes, recebemos cerca de 8 milhões de visitantes por ano, um estado que recebe o Brasil inteiro de braços abertos. Vamos mostrar ao Brasil, o valor do povo, o valor da nossa indignação e do nosso compromisso da mobilização dos fluminenses”.

O nosso estado recebeu, em 2009, em royalties e participações especiais, mais de R$ 4 bilhões e pela nova lei passa a receber R$ 100 milhões. Isso acaba com o estado. No Rio, os recursos vão todos para a previdência pública e 5% são destinados ao Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam), todos aplicados no meio ambiente e no saneamento básico. Cabo Frio, que recebe R$ 350 milhões/ano, passará a receber R$ 1 milhão. Macaé, onde há todo o teatro de operações do petróleo, recebe cerca de R$ 600 milhões/ano e terá apenas R$ 2 milhões.

publicado por André Lazaroni em 14.3.10



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