Andre Lazaroni

quinta-feira, março 11, 2010


Grave. Peço a sua atenção. Mais de 800 mil litros de agrotóxicos, estocados na fábrica da empresa alemã Basf, em Guaratinguetá, São Paulo, foram interditadas, terça-feira, dia 9/2, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Informou a Anvisa que, durante fiscalização realizada no dia 5, foram encontradas várias irregularidades, como uso de substâncias com prazo de validade vencido ou sem data de fabricação ou validade. A agência de vigilância comunicou mais, em nota, que a Basf não conseguiu comprovar o controle de qualidade, nem a rastreabilidade das pré-misturas usadas na fabricação dos agrotóxicos.

O diretor da Anvisa, José Agenor Álvares, declarou: “verificamos que a data de fabricação das pré-misturas utilizadas na elaboração do produto acabado eram mais recentes que as do produto final”. O agrotóxico Opera, usado nas culturas de amendoim, aveia, banana, café, cevada, milho, soja e trigo, e o mais vendido pela empresa, está entre os produtos interditados. A fiscalização da Anvisa na fábrica da Basf foi feita em três dias e também encontrou 2 mil litros de substâncias desconhecidas nos lotes de agrotóxicos.

De acordo com o diretor da Anvisa, a empresa alemã tentou dificultar o trabalho dos fiscais, apagando as luzes, parando as máquinas e se negando a assinar alguns documentos. A operação teve o apoio da Polícia Federal, em Cruzeiro, e da Vigilância Sanitária de Guaratinguetá. Ele afirmou ainda: “agrotóxicos são produtos com alto risco para a saúde e o meio ambiente. Por isso, problemas na produção aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos à saúde, como câncer e toxicidade reprodutiva em trabalhadores rurais e consumidores”.

O site EcoDebate, que divulgou a informação, denunciou que esse tipo de irregularidade não é novidade. Para aumentar o caos venenoso, ainda há quem adultere a formulação de agrotóxicos autorizados, como ocorreu em 24 de setembro de 2009, quando a fiscalização da Anvisa apreendeu um milhão de litros de agrotóxicos adulterados na Bayer. Mas este foi apenas mais um caso, porque, em agosto daquele ano, a Anvisa já havia apreendido 950 mil litros de agrotóxicos adulteradose interditado a linha de produção de cinco agrotóxicos da empresa Iharabras S/A Indústria Química, integrante de um conglomerado japonês.

Antes disso, operação simultânea da Anvisa e Polícia Federal apreendeu 2,5 milhões de litros de agrotóxico adulteradoe interditou a linha de produção de cinco agrotóxicos da empresa Milenia Agrociencias S/A, filial do grupo israelense Makhteshim Agan. O EcoDebate conclui, com propriedade: observem, nestes casos mais recentes, que não estamos falando de laboratórios clandestinos ou ‘empresas de garagem’, mas de grandes multinacionais. Por aí imaginem o que se produz e se adultera em estabelecimentos clandestinos.

Eu, André Lazaroni, assino em baixo!

publicado por André Lazaroni em 11.3.10



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