sábado, janeiro 30, 2010
Por que São Paulo sofre tanto com as chuvas?
Os paulistas já tiveram melhores motivos para apostas. Durante todo o dia de ontem, eles ficaram à espera de a cidade de São Paulo bater o recorde histórico de chuvas no mês de janeiro, de acordo com previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Janeiro de 1947 foi o mês mais chuvoso da história, com 481,4 mm. Na manhã já havia sido registrado o total de 474,6 milímetros de chuvas. Apostas e humor negro à parte, a situação ambiental continua crítica na capital paulista. A Defesa Civil registrou 68 mortes desde o final do mês de dezembro. Por que a cidade sofre tanto?
Um dos culpados é o acelerado ritmo de impermeabilização, que cresceu mais de 50% do ano 2000 até agora. É muito concreto e asfalto. Segundo especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo, os governantes escolheram a linha mais cara para enfrentar o problema ambiental: remediar em vez de prevenir. Segundo o professor de ciências atmosféricas da USP, Augusto Pereira Filho, a verticalização da capital é muito grande. No dia 31de dezembro, radares detectaram nuvens com 10 km de altura. Na tarde do dia 1º, elas chegaram aos 18 km de altura, claro indício de muita água no céu.
O competente trabalho de jornalismo investigativo da Folha de S. Paulo foi mais longe em sua análise: onde antes havia terra, grama ou árvore agora há cimento e asfalto. Isso cria calor. Ou seja, sem novas áreas verdes, a cidade vai continuar turbinando as chuvas que se formam sobre ela. E, neste ano, o El Niño faz a sua parte. Chuva forte e concentrada é alto risco na certa. A água, por causa do solo muito impermeável, não chega aos lençóis freáticos. O sistema de drenagem, dimensionado para um volume de águas menor, é ineficiente. O processo termina nos alagamentos constantes. Assim, a crise ambiental continua sem sérias medidas de controle à vista.
Um dos culpados é o acelerado ritmo de impermeabilização, que cresceu mais de 50% do ano 2000 até agora. É muito concreto e asfalto. Segundo especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo, os governantes escolheram a linha mais cara para enfrentar o problema ambiental: remediar em vez de prevenir. Segundo o professor de ciências atmosféricas da USP, Augusto Pereira Filho, a verticalização da capital é muito grande. No dia 31de dezembro, radares detectaram nuvens com 10 km de altura. Na tarde do dia 1º, elas chegaram aos 18 km de altura, claro indício de muita água no céu.
O competente trabalho de jornalismo investigativo da Folha de S. Paulo foi mais longe em sua análise: onde antes havia terra, grama ou árvore agora há cimento e asfalto. Isso cria calor. Ou seja, sem novas áreas verdes, a cidade vai continuar turbinando as chuvas que se formam sobre ela. E, neste ano, o El Niño faz a sua parte. Chuva forte e concentrada é alto risco na certa. A água, por causa do solo muito impermeável, não chega aos lençóis freáticos. O sistema de drenagem, dimensionado para um volume de águas menor, é ineficiente. O processo termina nos alagamentos constantes. Assim, a crise ambiental continua sem sérias medidas de controle à vista.
publicado por André Lazaroni em 30.1.10
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