Andre Lazaroni

sábado, fevereiro 20, 2010


Isso aconteceu no Brasil! Aplausos! Uma cientista do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) desenvolveu um importante trabalho que objetiva promover a reintegração de uma área potencialmente contaminada por metais pesados a partir do uso de plantas. O estudo de Wilma de Carvalho Pereira Bonet Guilayn se dedica à pesquisa de tecnologias de controle e recuperação ambiental do solo, tornando-o novamente produtivo e útil para a sociedade. A informação foi publicada no Portal Ecodebate Cidadania e Meio Ambiente.

Lembrou a pesquisadora que a poluição do solo e da água por metais pesados é grave problema que tem atraído considerável atenção pública nas últimas décadas devido aos danos causados à saúde do ambiente como um todo e do ser humano em especial. O projeto teve início em 2001, com estudo do resíduo proveniente do passivo ambiental da extinta Companhia Mercantil e Industrial Ingá, em Itaguaí (RJ), com uma proposta para a solução de problemas causados por acúmulo de rejeitos contendo metais pesados, principalmente cádmio, chumbo e zinco, e também resíduos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) com características alcalinas.

Após a caracterização do material, a cientista passou a fazer experimentos de recuperação gradativa a partir dos resultados obtidos experimentalmente de disposição dos resíduos, acrescidos de argilominerais especiais. Uma nova etapa foi uma sucessão vegetal acelerada. Isso se fez introduzindo matéria orgânica a partir de biossólido, o solo de área de empréstimo e o uso de material alcalino. A sucessão vegetal foi a sequência de desenvolvimento natural de comunidades de seres vivos num ecossistema.

O solo se torna produtivo novamente, não para a alimentação, mas destinado à indústria. Um exemplo disso é o plantio de espécies vegetais como a mamona, para aproveitamento como biodiesel, e mandioca, para a produção de etanol, entre outras. A vantagem é que a produção do etanol pode ser feita em usinas de pequeno porte e em pequenas unidades-piloto.

A pesquisadora Wilma de Carvalho Pereira Bonet Guilayn lembrou que não há indústria sem resíduo. O Rio já foi uma região bastante industrializada e, agora, tem que voltar a lidar com o resultado dessa industrialização de maneira adequada. A população já sofreu muito com a disposição inadequada no estado, como na Cidade dos Meninos, em Caxias, e na Ilha da Madeira, em Itaguaí.

Agora, o estado tem que se preparar. A destinação do resíduo é um aspecto importante a ser definido, e a recuperação da área é uma necessidade para a sociedade. É nesse último aspecto que o trabalho da cientista brasileira se insere na reintegração de área visando à saúde ambiental e consequentemente à saúde humana.

publicado por André Lazaroni em 20.2.10



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