Andre Lazaroni

sábado, setembro 04, 2010




Sou um defensor da Amazônia Azul, como deputado estadual, há mais de cinco anos. Ainda em meu primeiro mandato presidi uma audiência pública, na Alerj, defendendo essa grande causa da nossa Marinha e, como não poderia deixar de ser, da sociedade brasileira como um todo. Ontem, para minha satisfação, encontrei, num corpo a corpo, uma pessoa que também é defensora entusiástica da Amazônia Azul. Trata-se do seu Lázaro Orlandini Viana, “um velho marinheiro”, como ele mesmo se classificou.

Seu Viana pediu mais informações sobre essa nova parte do território nacional. Lembrei que o Brasil reivindica, junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental da Organização das Nações Unidas (CLPC), o reconhecimento internacional para aumentar a dimensão do nosso mar territorial em mais 238 mil km², área equivalente ao tamanho do estado do Ceará. Em 2007, a CLPC havia confirmado a soberania brasileira entre 712 mil km² e 950 mil km² (superiores às áreas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná juntas).

Assim, em breve teremos um Brasil com quase 13 milhões de km². Como é esta nova Amazônia? É um território submerso de milhões de quilômetros quadrados, repleto de riquezas biológicas e minerais, que vai da fronteira com a Guiana Francesa até o Rio Grande do Norte e do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul. Desde 2004 o Brasil, principalmente com a ação permanente da Marinha, defende a soberania sobre a Amazônia Azul, argumentando que a plataforma continental é o prolongamento natural da massa terrestre de um estado costeiro como o Brasil.

A defesa da Amazônia Azul se torna cada vez mais atual, pois além da importância econômica, ambiental, científica e de defesa para o país, há, agora uma notícia intranqüilizadora: a ação da IV Frota da Marinha dos Estados Unidos, depois de 58 anos de inatividade. Posicionada na Flórida, essa parte da Armada americana fará o patrulhamento da América do Sul, América Central e Caribe, tanto pelo Oceano Atlântico quanto pelo Pacífico, o que pode ser visto como ato intimidante.

E por que surge a cobiça sobre o nosso mar territorial? Há uma continuada descoberta de petróleo na costa brasileira, o que exigirá uma nova delimitação da plataforma continental no campo da indústria do petróleo, antes restrita a 200 milhas. Ademais, como lembrou o contra-almirante José Eduardo Borges de Souza, um dos conferencistas na audiência da Alerj, levantamento superficial na Amazônia Azul descobriu duas áreas a 400 metros de profundidade com hidratos de gás em volume 150 vezes superior ao das bacias terrestres brasileiras.

Os campos recém-descobertos são apenas parte de nova província petrolífera em toda a camada de pré-sal, com 800 km de extensão e 200 km de largura, que vai do Espírito Santo a Santa Catarina. Com ela, poderemos superar a marca de 100 bilhões de barris em reservas de petróleo, abrindo um capítulo novo na história dos combustíveis fósseis. Temos que defender o que é nosso, não é mesmo, seu Viana? Um grande abraço!

publicado por André Lazaroni em 4.9.10



0 Comments:

Postar um comentário



<< Voltar


Sobre este Blog
Blog do Deputado Estadual. Opine, vamos fazer o meio ambiente ser preservado
 
 
Últimos Posts
Arquivos
 
Amazônia Azul

faça o download do PDF



Powered by Blogger